27 | o que os olhos não veem, o coração não sente.

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Bárbara Johnson  — point of viewSan diego, CA

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Bárbara Johnson point of view
San diego, CA

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Os últimos dois dias foram perfeitos. Eu e Victor passamos o final de semana em clima de lua de mel.

Nós ajudamos mamãe com o café, aproveitamos o sol de New Jersey no quintal da minha casa com uma guerra de balões d'água, tentamos colocar em prática algumas receitas antigas da minha avó — apesar de não termos nos saído muito bem — e chegamos a fazer uma maratona de filmes com direito à pizza e sorvete no domingo. Mamãe até convidou seu novo pretendente para se juntar a nós, cujo lance parecia estar indo de vento em polpa. Para a minha surpresa, Victor e Mark se deram muito bem logo de cara, mas acredito que tenha sido o fato de compartilharem do mesmo gosto para filmes ruins.

Eu nem sabia que sentia falta dessa nossa versão até voltar a vivê-la. Era bom estarmos de volta ao nosso normal — mesmo que, agora, com algumas modificações. Na verdade, era o pacote perfeito.

Para a minha infelicidade, a "lua de mel" passa como um sopro e segunda-feira chega e, com ela, a escola. Naquele dia em especial, eu acordei um pouco antes do despertador tocar. Não foi uma noite agradável. Eu estava mais ansiosa que o normal, e sabia o motivo por trás disso. O mesmo motivo que se manteve adormecido pelo final de semana inteiro.

Creed.

Se eu dissesse que não estava nervosa com o nosso "reencontro", eu estaria mentindo. Mais ainda porque eu não fazia a mínima ideia de como as coisas seriam entre nós. Ele falaria comigo ao me ver no corredor ou seríamos aquele tipo de casal que se desconhece após o término? Não que eu tenha alimentado o achismo de que seríamos bons amigos ou coisa do tipo, mas eu não deixei de pensar que seria bom olhar para ele nos corredores e receber nem que seja um aceno de volta, ou até mesmo um sorriso, em nome do que vivemos — mesmo que por um curto período de tempo.

Ou será que eu estava pedindo demais dele?

Abano a minha cabeça, espantando tais divagações importunas, e me foco em colocar meus pertences na minha bolsa.

No entanto, batidas na porta voltam a me distrair do foco.

— Entra. — autorizo para a pessoa do outro lado da porta que, ao empurrá-la, revela ser Victor. A ação de inspecioná-lo é automática. Calça preta, tênis surrados e um moletom surrado verde-musgo. Nada mal. Em maio, o clima de New Jersey oscilava demais entre dias quentes e úmidos e chuvas torrenciais. O final de semana foi ensolarado e quente, mas a semana começou da pior forma: chuvosa. Ele abre um daqueles seus sorrisos de tirar o fôlego, e eu me derreto como um picolé no verão. Está aí algo do qual eu nunca vou me acostumar. — Oi.

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