cap 43

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Sou despertada por um balde de água fria, grito com o gelo da água, estava jogada num colchão no chão sujo de excremento humano e sangue, minha vista começa a se acostumar com a única lâmpada acesa num cômodo escuro, sem janela, olho ao redor e vejo Boris no canto com o balde na mão, e de repente Franciz sai das sombras, todo de preto, com uma calça preta, e uma camiseta de manga longa preta também é luvas de borrachas nas mãos. Seus olhos não tinham mais amor, na verdade nem ódio, não era mais o Franciz que eu conheci, ele inclina a cabeça pra direta me observando curioso,estreita os olhos e diz.

- Traz ela - ele sai do cômodo por uma porta que eu não tinha notado ainda.

Boris se aproxima e me puxa pelo  braço. Não diz nada.

- A quanto tempo estou aqui?- Pergunto baixo.

- 2 dias - ele responde seco.

Andamos por um corredor, longo, acho que esse lugar é subterrâneo, começo escutar gritos de um homem, conheço essa voz, era a voz de Hermes.  Chegamos em outra porta de ferro e os gritos vinha de dentro. Franciz a abre, e eu sou empurrada pra dentro.

Terêncio queimava a pele do braço de Hermes com um maçarico, Hermes pendurado pelas mãos por correntes no teto.

- Haaaaaa - Hermes gritava.

- Por favor pare com isso - eu peço aos prantos. Franciz passa por mim.

- Sempre pensando nos outros não  é Zoe - ele diz sarcástico. - Prende ela.

Franciz ordena, e eu sou amarrada a uma cadeira, olho no rosto de Hermes ele parecia cansando, seu corpo sem camisa estava todo roxo e com cortes, cheio de sangue

- Muito bem, vamos começar - Franciz diz sentando num branquinho de rodinha ele tinha uma faca nas mãos. Francis roda o banco e chega perto de mim. - Sabe Demônio, eu pensei bem e decidi te dar a chance de se explicar,  - ele ergue as sobrancelhas debochando - Dependendo se eu acreditar o seu cavaleiro de armadura brilhante aqui atraz pode ter uma morte rápida.  - Engulo seco, isso estava me cheirando a armadilha.  - Mas eu quero toda a verdade, entendeu?

-  Sim - eu digo sentindo o peso das minhas lágrimas.

- Ótimo- ele sorri parecendo um psicopata  - Vai fala começa - ele crusa os braços.

- Bem eu... - Olho pra ele e depois pro Hermes pendurado.  - Me perdoe - é o que eu consigo dizer chorando. - Não era nada disso que eu queria, eu juro.

- E o que você queria?, o que pretendia trazendo esse homem tão perto.

- Não,  eu não o trouxe, voce sabe ele chegou com vocês. Eu até assustei quando o vi.

- Sim mas não disse nada.

- Não

- Porque?

- Porque? - digo aflita - Olha onde estamos, tive medo.

- Medo por ele?

- Sim, e por mim, e... por você também

- Por mim?

- Sim Franciz,  eu não o queria magoar.

- Haha sem mentiras Zoe

- Mas é verdade, eu tinha acabado de decidir ficar e tudo isso aconteceu e depois ele apareceu e você o admirou falando que ele salvou sua vida, o que eu ia fazer, minha família prescisava ...

- Ah entendi você o acobertou para nós ajudar vocês.

- Não, quer dizer também é que...

- Zoe querida seja mais  específica. - Ele aproxima a faca perto do pescoço de Hermes.

ANIMAL PETROVA 2 FRANCIZ Onde as histórias ganham vida. Descobre agora