Os dilemas de Alice (DEGUSTAÇÃO)

A infância.

Alice:
Quando o meu irmão nasceu, eu ainda era bem pequena. Portanto, a nossa vida mudou um pouco com a chegada do Luigi.

Mas, o fato de ter alguém para dividir a atenção dos meus pais nunca me incomodou.

Até por quê, nunca senti que eles estivessem me deixando de lado em momento algum.
Talvez por eu ter sido a primeira filha, ou por ser menina, simplesmente.

Sempre fui muito apegada ao meu pai, e sempre disputava o amor dele com o meu irmão, mesmo tendo praticamente toda a atenção dele para mim.

Quanto á minha mãe, ela sempre me deu muito amor, mas de qualquer forma, estava mais "presa" ao Luigi por ele ser o mais novo, e precisar de uma atenção maior.

Tive uma infância tranquila, mas nunca entendia o por quê de meus avós maternos e paternos ficarem brigando por mim o tempo inteiro.
Era como se eu fosse um troféu muito disputado! E isso me deixava confusa!

Quando mamãe e papai iam viajar, e não podiam nos levar, sempre havia briga da parte de vovó Helena que queria que eu ficasse na casa dela, e vovó Olívia que sempre saía chorando pois eu acabava nunca ficando em sua casa.
E como prêmio de consolação, e meio de acabar com o estresse, papai e mamãe deixavam o Luigi com os meus avós maternos.

Eu adorava passar os fins de semana na casa da vovó Helena, pois a tia Catarina sempre me levava para um lugar legal, me dava doces, ou simplesmente me presenteava com a boneca que eu queria no momento.

Mamãe sempre reclamava para o meu pai que a família dele estava me mimando demais,fazendo todos os meus quereres,e isso não era nada bom, pois eu me tornaria uma garota mimada no futuro.

Para o papai,isso pouco importava. Ele queria apenas me ver sorrindo sempre. Mesmo que para isso, ele tivesse que enfrentar o mundo inteiro.

Aos três anos de idade, o meu irmão ficou com pneumonia, e quase não resistiu.
Ele passou um bom tempo hospitalizado, e a família inteira se mobilizou pela doença do Luigi.

Na época, eu não entendi nada e cheguei a pensar que havia sido abandonada, já que meus pais passaram a quase morar no hospital quando o Luigi estava doente,e me deixavam com a tia Catarina.

E assim, eu fui crescendo,me desenvolvendo, mas sem entender o por quê de muitas atitudes de meus familiares.