Eu Tenho Provas!

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Alice:
Com o passar do tempo, eu aprendi que há momentos na vida em que é preciso ser bem mais ousada que o convencional.

Já de saco cheio dessas pessoas que surgem repentinamente dizendo que me conhecem, eu beijei um cara que apareceu na escola de dança falando coisas sem sentido,dizendo ser o meu namorado. Não sei o que deu em mim!Só sei que fiz! E que não senti exatamente, NADA.

Após, fui embora com o Julian o deixando lá, com a maior cara de bobo. Eu até menti! Falei que Julian era meu namorado.

E para a minha surpresa,naquela mesma noite Julian me pediu em namoro da forma mais fofa possível.

Na verdade, já estávamos "ficando" há algum tempo, mas Julian resolveu oficializar pedindo a permissão de meus pais formalmente, e depois fez o pedido para mim.

Eu aceitei, claro! O que eu poderia querer mais? Julian era o namorado perfeito, e que toda garota gostaria de ter.

Fofo, atencioso, romântico, compreensivo, e que me enchia de mimos.

Quase todas as noites, ele mandava um motoboy deixar chocolate, sorvete, flores, urso de pelúcia, ou qualquer outra coisa na minha casa.

O que eu poderia querer mais?

O mais chatinho de tudo mesmo, era as regras que os meus pais "decretaram" para o nosso namoro.

Nós passamos a  nos encontrarmos apenas três vezes por semana. Sendo que, segunda e quinta o Julian poderia ir para a minha casa ás 18:00 horas e ir embora ás 22:00 horas, e aos sábados nós poderíamos sair juntos, mas eu teria que estar em casa ás 21:30 sem atrasos.

Mas,acabava que a gente sempre se via no colégio, e na escola de dança.

O bom de tudo, é a saudade...
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Quarta Feira...
(Na escola de dança)

- Saudades, amor. - Julian disse choramingando.

- Deixa de ser dengoso! Amanhã é dia de você ir para a minha casa. - O abracei.

- Não suporto mais esperar! - Nos beijamos.

- Nada de beijos aqui, hein casal? Vocês estão dentro de uma escola, e deveriam saber que é terminantemente PROIBIDO namoros aqui! - Disse a mãe dele que nos observava de longe. - Alice, você está suspensa por hoje. - Exclamou.

Julian bufou.

- Quê? Por quê, mãe? - Ele questionou.

- Regras são regras, Julian! Não é por quê você é meu filho, que as regras não servem para você e sua namorada! - Explicou com uma cara de poucos amigos.

- Ela não gosta de mim, não é mesmo? - Arfei.

- Não, amor! Não é nada disso! Ela só está estressada. - Julian tentou disfarçar.

- Vou indo! Nos vemos amanhã, então. - Falei sem graça, peguei a minha mochila e saí.

Bastante chateada, segui a pé até o ponto de táxi, e por incrível que pareça, aparentemente não havia táxis por ali.

- Vai uma carona? - Uma pessoa parou o carro.

Me esforcei para ver de quem se tratava.

- Você? - Bufei,e saí andando.

- Alice, meu amor! Eu não vou desistir de você. Sei que você não lembra de mim, mas eu tenho provas de que nós fomos muito felizes! Eu posso te provar que sou o seu namorado! Que te amo mais que tudo! - Ele disse me seguindo vagarosamente.

- Olha cara, para mim, você é apenas um louco querendo me fazer de trouxa, e nada mais! Eu já tenho namorado, e pelo que eu saiba, ele NÃO É VOCÊ! - Exclamei.

- Entra nesse carro, por favor? Sou eu, o Oliver! Eu posso te explicar tudo! - Implorou.

- Acho melhor, você parar de me seguir, ou eu chamo a polícia! Eu vou gritar! Sai de perto de mim, ou eu grito! - Avisei.

- Não, não é preciso! Deixa eu te falar tudo o que eu sei?! Eu não vou te fazer mal! -  Insistiu,saindo do carro.

Eu saí correndo, e parei um táxi que finalmente passava por ali.

Fiquei com muito medo, e cheguei em casa chorando.

Que cara louco!

Os dilemas de Alice (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora