A Cilada?!

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Alice:
Após muita insistência da Camila, e conselhos do meu namorado, eu resolvi ir para a casa dela para uma noite do pijama, e já levei tudo para passar a noite por lá mesmo.

É,talvez fosse legal ter uma amiga! Apesar de achar, que só o Julian em minha vida já bastava.

Chegando na casa da Camila,me despedi do meu amor (que fez questão de me levar lá junto com o meu pai) com uma "dorzinha" no coração, mas o deixei ir.

Camila me recebeu com muita simpatia, fez um lanche,nós comemos,  me mostrou algumas fotografias de quando éramos crianças, eu ri bastante, depois ela pôs um filme na tv,assistimos, até que uma coisa muito estranha aconteceu.

As luzes da casa se apagaram!

Arregalei os olhos de um susto.

- O que foi isso? - Perguntei assustada.

Mila riu.

- Calma! É um sistema de economia de energia que meu pai instalou na casa! Toda noite ás 20:00 horas, as luzes se apagam automaticamente e nós utilizamos velas. Ele é meio paranóico com esse "negócio"de economia... - Ela riu. - Falando nisso, vou ter que ir na cozinha pegar umas velas. - Disse levantando - se do chão coberto por um  tapete imenso e almofadas onde estávamos sentadas.

- Ué,e eu? - Perguntei.

- Fica aí! Eu volto já! A tv está ligada! Não vai me dizer que tá com medo?! - Riu.

- Tá, vai lá.. - Revirei os olhos.

Ela saiu.

Fiquei vendo tv, quando repentinamente, a tv começou a carregar algo.
Como se alguém estivesse conectando algum dispositivo.

- Só pode ser brincadeira! Mila? - Chamei,e não obtive respostas.

Tomei um susto tremendo, quando naquela maldita televisão começou a passar alguns vídeos,e me assustei ainda mais, quando me dei conta de que eu estava neles!

Não só eu, mas aquele cara estranho que me perseguia dizendo ser o meu namorado.

Havia vídeos nossos fazendo coisas idiotas juntos, fotos nos beijando, prints de sites com a minha foto, e muitas outras coisas.

Aquilo foi me causando uma certa confusão mental.

Até que.. Eu parei, e vi o vídeo onde eu estava em uma cama de hospital, e ele me filmava de longe, ou simplesmente me filmava dormindo.
Ao final do vídeo,eu estava adormecida, ele,o rapaz estranho segurava em minha mão, e falava coisas bonitas. Coisas de amor...

Pus as mãos na cabeça, e comecei a gritar confusa.

- Calma, meu amor! Eu estou aqui! - Uma voz masculina disse, e eu fiquei ainda mais apavorada.

- Quem é você? Me deixa em paz! - Falei chorando.

- Sou eu,Alice. Oliver! O seu namorado. Você não lembra, mas nós tivemos sim uma linda história de amor! Eu nunca amei ninguém em toda a minha vida, como eu amo você! E os vídeos, fotos, prints,comprovam tudo isso! Você acredita em mim? - Perguntou.

- Vai pro inferno! Eu quero sair daqui! - Tentei abrir a porta e estava trancada.

- Me deixa sair daqui, ou eu chamo a polícia! E você vai junto, tá ouvindo Camila? Sua desgraçada! Você nunca foi amiga da Alice de verdade! Amigos de verdade não armam ciladas para os outros! - Berrei furiosa.

Oliver tentava se explicar a todo momento, até que joguei uma cadeira com força contra a porta que era de vidro a quebrando,peguei a minha bolsa, e fugi.

Saí correndo em meio á escuridão, sem fazer a mínima idéia para onde eu estava indo.

Corri o máximo que pude!
Corri até as minhas energias se esgotarem.

••••••••••••••••••••••••••••••••••
Quando fui me dar conta, eu estava em uma rua deserta, onde havia pouca iluminação, e o pior de tudo : Completamente PERDIDA!

Mesmo estando muito cansada, continuei andando, pedindo a Deus que alguém (conhecido de preferência) me encontrasse.

Quanto mais eu andava, menos eu sabia onde estava.

Até que, comecei a ouvir passos atrás de mim.

Engoli em seco.

Eu conseguia ouvir a respiração ofegante.

Aquilo me deixou em pânico de imediato.

Tentei virar o rosto e ver se realmente havia alguém ali, mas...

- Não olha pra trás! Continua andando! Eu tô armado, e não quero te matar. Mas se a mocinha não colaborar, vai ser o jeito! - Uma voz rouca disse.

Aquilo deixou o meu corpo trêmulo,e o pavor escorreu pelo meu rosto em forma de lágrimas e desespero.

- Cala a boca! Não faz nenhum barulho, nem corre! Só continua andando! Vejo que a patricinha tem muita coisa pra mim roubar! - Gargalhou.

Senti o meu celular vibrar no bolso do meu casaco, e sem que ele percebesse, eu atendi.

Era um número desconhecido.

Por um impulso, eu atendi, gritei socorro o mais alto que pude,e saí correndo.

- Eu te avisei pra não correr, vadia! Puta que pariu! - O homem de capuz que consegui ver por curtos instantes berrou, e começou a correr atrás de mim.

Até eu ser atingida por um tiro na nuca.

Enquanto eu perdia a consciência aos poucos,caída no chão ele tirava todos os meus pertences: Bolsa, sapatos, acessórios,o meu casaco enfim,tudo o que pudesse ter algum valor para ele.

- Teve sorte, loirinha! Só não vou te pegar de jeito, por quê não curto transar com defunto!Agora morre vagabunda! - Ele chutou a minha cabeça, a minha visão ficou turva, e tudo escureceu.

Os dilemas de Alice (DEGUSTAÇÃO)Wo Geschichten leben. Entdecke jetzt