Decepções de Adolescente!

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Alice:
3 anos depois...
Certamente, os meus treze anos foi uma das fases mais complicadas de minha vida.
Não havia mais o que fazer a não ser, aceitar que meu pai era Ettore e não Eliéser,e aceitar também que Martin não tinha olhos para mim.

Mas.. A maldita esperança que ele plantou em mim anos atrás, perdurou por muito tempo. Até hoje, na verdade! Ainda me pego suspirando pelos cantos, e pensando nele.

Invés de eu ter me afastado, conforme os anos foram passando,foi ele quem me ajudou a digerir melhor a história do meu pai biológico.

Por termos passado por situações parecidas de certa forma, nós criamos um laço muito forte. Para ele, irmãos de coração talvez. Mas para mim, a lembrança do selinho que lhe tasquei anos atrás, nunca foi apagada.

Eu até conheci alguns garotos legais, e quase cheguei a namorar com o Noah (um menino do colégio). Se a irmã da Glorinha não tivesse o roubado de mim covardemente.

Sinceramente, acho que aquela menina e toda a família dela foi criada especialmente para ferrar com a minha vida.

Ah, mas eu tinha apenas quinze anos! E o que muda, se hoje eu tenho dezesseis? Mas até que aos meus quinze (ano passado), eu me dei bem. Tirando o fato, de terem  roubado o meu futuro namorado, eu venci uma olimpíada de matemática no colégio, e em recompensa pelo meu esforço e boas notas, meu "pai" me deu uma viagem para a Disney,já que eu não quis fazer baile de debutante nem que me pagassem!

A viagem foi perfeita sabe? Mas, quando voltei ,me deparei com um jantar romântico na casa da tia Catarina em comemoração aos três anos de namoro do Martin, com a Glorinha (nojentinha),com direito á aliança de compromisso e tudo.

- Vão casar? - Revirei os olhos.

- Agora não! É apenas aliança de namoro. - Ela respondeu cínica.

Sem dizer mais nada, entreguei os presentinhos que havia comprado para Martin e tia Catarina com tanto carinho, virei as costas,e fui embora com a cara no chão.

Pensando em esquecer completamente essas decepções imbecis de adolescente, aos quinze anos anos ainda eu comecei a tentar saber mais a respeito do meu pai.
E foi depois que descobri exatamente tudo á respeito dele, que resolvi me matricular na mesma escola de ballet que ele estudava.

Eu não sei, por quê! Mas eu precisava fazer algo que ele fez, para de alguma forma me sentir realizada, ou até mais perto dele.

Dona Mariela ainda era dona da escola, mas seu filho Julian era quem dava as aulas, e cuidava de tudo,deixando para a sua mãe apenas a parte financeira.

Para mim, fazer ballet foi uma escolha um tanto tosca! Além de não ter jeito para ser bailarina, eu não faço o estilo clássico.
Sou um tanto desajeitada, e sempre xingo quando os meus pés doem.

Com seis meses de aula, eu não consegui sequer fazer o básico no ballet.
E não desisti, por vergonha de minha mãe que estava toda orgulhosa dizendo para todo mundo que eu estava seguindo os passos de meu pai.

De saco cheio de mais uma aula frustrante, eu me retirei daquela escola,sentei - me em um local qualquer por perto dali, e cheguei a conclusão de que : ISSO NÃO É PARA MIM! A quem estou querendo enganar? - Suspirei, levantei - me, ergui a cabeça e fui embora.

Os dilemas de Alice (DEGUSTAÇÃO)Место, где живут истории. Откройте их для себя