Os dilemas de Alice (DEGUSTAÇÃO)

Caos!

Alice:
Fiquei trancada em meu quarto o dia inteiro, e quando minha mãe foi tentar falar comigo eu a tratei super mal.
Exatamente ninguém conseguiu fazer com que eu abrisse aquela porta.

Mandei várias mensagens de xingamentos para Martin,Glorinha, e até para o Noah,depois
Quebrei o meu computador, celular,
rasguei as minhas roupas, joguei pela janela, e quebrei tudo o que estava ao meu alcance naquele quarto,até transformar o ambiente em um lugar caótico.

Quando já não havia mais nada "quebrável" ali, eu me sentei no chão e ali desabei em lágrimas.

Quando repentinamente...

Papai arrombou a porta do quarto, a fazendo quase cair por cima de mim.

Foi por pouco...

- O que é isso? Querem me matar? - Gritei enfurecida.

- Já chega de palhaçada, Alice! Nós já fomos compreensíveis demais com você,e isso tudo já passou dos limites! - Mamãe gritou.

- Eu perdi o Martin! O mundo pra mim acabou! - Também gritei.

- Alice, aquele rapaz não é a pessoa mais importante do mundo! Você está sendo extremamente infantil, agindo dessa forma! - Mamãe retrucou.

- Eu quero morrer! - Berrei tentando me jogar da janela do quarto.

Rapidamente,papai me agarrou pela cintura, sentou - me em uma cadeira e berrou comigo,me fazendo ficar quieta.

- Já chega disso! Não ouviu a sua mãe dizer? - Perguntou visivelmente alterado.

Mamãe ficou imóvel.

Luigi observava tudo parecendo assustado.

Eu não conseguia responder o meu pai. O respeito que eu tinha por ele ultrapassava o meu atrevimento.

- Você irá morar com os seus avós nos Estados Unidos! - Arfou.

Arregalei os olhos.

- Quê? - Engoli em seco.

- É isso mesmo. Você ficará com o vovô Olavo, e a vovó Olívia por um tempo. - Mamãe afirmou.

- Mas eu não quero ir! - Exclamei.

- Você não tem que querer, ou deixar de querer! Você irá, e ponto final! - Papai disse com dureza.

- Quanto tempo? - Perguntei quase chorando.

- O próprio tempo é quem irá responder essa pergunta. - Mamãe disse sem me olhar diretamente.

- Vocês não me aguentam mais, não é mesmo? Querem se livrar de mim! Deveriam pelo menos me deixar com a vovó Helena que gosta de mim de verdade! Mandem o Luigi pros Estados Unidos! Ele que é um saco, não eu! - Resmunguei.

- Já está decidido, filha! E seus avós te amam muito,sim! Ficar de marra não resolverá nada. Um dia você entenderá que tudo o que nós fizemos foi para o seu bem.  - Minha mãe explicou calmamente.

- Tá bom. Minha vida já tá uma merda, mesmo! Que diferença vai fazer morar com os meus avós que mal conheço? Vi eles há dois anos atrás antes de voltarem a morar nos Estados Unidos, e com certeza não sabem nem quem sou mais!  - Dei de ombros. - Vai que eu vire uma moradora de rua lá? A culpa vai ser toda de vocês! - Resmunguei.

- Pode parar de drama! - Meu pai bufou.
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Quanto aos meus pertences quebrados,rasgados, e acabados...

Meu pai me fez trabalhar com ele, e nos serviços de casa durante algumas semanas para comprar outro celular para mim.
E mamãe também me "escravizou" por alguns dias para em troca, comprar algumas roupas novas para mim.

E neste período de tempo, eu fiquei trancafiada dentro de casa, sem puder sair para nada, e sem ir para a escola, já que meus pais pegaram a minha documentação para mandar pra nova escola nos Estados Unidos.

Um pouco antes de eu ir embora Camila foi me visitar.
Nós fizemos as pazes, e ela chorou muito quando soube que eu iria embora em breve.

Me despedi também de meus avós Helena e Estevão, tia Catarina, e Martin que me procurou, mas meu pai não deixou que ele chegasse até mim.

Enquanto isso,eu continuei sofrendo por culpa dele.

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No dia da viagem...

Meus pais,e Luigi me levaram até o aeroporto, e a despedida foi o pior de tudo!

Mamãe estava se afogando em lágrimas, papai parecia triste, e até Luigi chorou quando fui abraçá-lo.

Mas como eu destesto esses momentos cheios de "mimimi", agi friamente!

Dei um breve aceno para todos e saí correndo para entrar logo no avião .