Amiga?

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Alice:

- Para onde nós iremos? - Perguntei.

- Bom, na verdade eu tenho um show hoje. Quer ir comigo? - Oliver perguntou.

Franzi o cenho.

- E se alguém nos ver? - Perguntei pensativa.

- O que tem? Você é minha amiga! - Deu de ombros.

Amiga...

Baixei a cabeça.

- Meus avós não sabem onde estou,lembra? - Arfei.

- E daí? - Revirou os olhos.

- E daí que eu não mando em mim? - Bufei.

- Se quiser, eu ligo para eles e digo que você está comigo. - Sugeriu.

- Não precisa! Dane - se! - Bufei.

- É impressão minha, ou você ficou "irritadinha" de uma hora para outra? - Riu.

- Cala a boca! - Dei um soco em seu braço.

- Ai! Ogra! - Fez careta.

- Idiota! - Fiz cara feia.

- Agora te prepara,que nós iremos sair do carro o mais rápido possível, e que os meus fãs não te vejam! - Disse.

Olhei através da janela do carro.

Vi milhares de fãs enlouquecidas, aos berros, e a imprensa em peso aguardando a saída de Oliver daquele carro.

- Tá de brincadeira com a minha cara né? É lógico, e evidente que vão nos ver! - Berrei.

Ele gargalhou.

- Eu vou ficar aqui! - Cruzei os braços com a  cara amarrada.

- Ah não vai, não! - Oliver Drake abriu a porta daquele carro, agarrou com força em minha mão, e me arrastou por uma espécie de "passarela" da fama.

- Sorria para a foto! - Disse entre dentes.

- Morre, garoto! - Respondi.

Fomos para o camarim dele onde ele ouviu poucas e boas,e após algum tempo, ele foi para o palco fazer o show dele,e eu fiquei assistindo de camarote com uma vontade imensa de ir embora.

Acho que de alguma forma, o fato de ele ter me chamado de "amiga" me incomodou um pouco.

Eu não tirava aquilo da minha cabeça!

Enchi o saco, peguei a minha mochila, e fui embora pelo mesmo local que entrei.

Alguns repórteres me pediram entrevista,e claro eu não dei a mínima!

Entrei em um táxi, fui para casa, e ao chegar lá, vovó me esperava de braços cruzados.

- Vai brigar comigo? - Perguntei.

- Estava com aquele rapaz! Estou certa? - Ela respondeu - me com outra pergunta.

- É,mas ele não vale a pena! Só ilusão. Só amigo, na verdade! É! amigo! - Tentei me explicar.

- Ele te decepcionou? - Me olhou.

- Não. - Baixei a cabeça.

- Decepcionou? - Insistiu.

- Tá, eu acho que estou gostando dele, mas ele me ver só como amiga. - Falei virando de costas.

- Como tem tanta certeza? - Vovó pôs as mãos sobre os meus ombros, fazendo uma leve massagem.

- Ele me chamou de "AMIGA". - Bufei.

- Ah, meu anjo! Não vá esquentar com isso. Ele aparenta gostar muito de você, mas não como uma simples amiga. Acredite! - Disse docemente.

- Não quero outro Martin em minha vida,vovó! - Fiz uma pausa. - Vou tomar um banho, e dormir. Boa noite, e obrigada por não me deixar de castigo. - Dei um beijo em seu rosto, e fui para o meu quarto.

- Ele não é para mim! - Suspirei, e me joguei na cama.

Os dilemas de Alice (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora