Os dilemas de Alice (DEGUSTAÇÃO)

O Nosso Fim!

Oliver:
Após uma rotina de dois ou três shows seguidos todos os dias durante cinco dias, eu finalmente consegui dormir algumas horas.

Quando acordei, eu estava me sentindo um pouco zonzo,e enjoado. O cansaço e muitas noites de sono perdidas, sempre me causavam isso.

Tomei um banho, depois desci para tomar um pouco de café,e minha mãe estava jogada no sofá coberta por a fumaça de um cigarro, e bêbada pra variar!

- Oi bebê da mamãe! - Ela disse sem olhar na minha cara.

- Vai se tratar! - Bufei.

- Isso não é jeito de falar com a sua mãe, Oli! - Disse levantando - se do sofá, cambaleando pela casa. - Eu cuidei de você com tanto amor, e você só me trata mal! - Gritou chorando.

Depois, teve um ataque de riso.

Revirei os olhos.

A ajudei a ir até o banheiro, dei - lhe um banho, depois a levei para o quarto, ela tomou os seus remédios, e logo adormeceu.

Algum tempo depois...

A campainha tocou, fui atender, e era o meu pai.

Ele me abraçou, e me entregou o meu celular que havia ficado com ele na noite passada.

- Putz! A Alice! Nossa, não falo com ela há muitos dias! Ela deve está uma fera comigo! - Falei com um certo desespero.

- Esqueceu a namorada? - Meu pai perguntou rindo.

- Claro que não, que idéia! - Bufei.

Tentei ligar o meu celular, e eles estava sem bateria.

- Desde quando o meu celular está sem bateria? - Perguntei irritado.

- Não sei, quem era para saber disso era você! - Deu de ombros.

- Que merda, velho! Não custava nada ter trocado a bateria do meu celular! A Alice deve ter me ligado horrores! - Reclamei.

Saí correndo, pus outra bateria,e assim que o meu celular ganhou "vida" novamente, recebi um turbilhão de mensagens vindas do número da Alice, e ligações.

Tentei ligar, mas sempre dava que o número não existia.

Sendo assim, deixei o meu pai cuidando da minha mãe, e corri para a casa dos avós de Alice.

Para quem não sabe,os meus pais são separados. E  o meu pai, é  meu empresário.

Entrei no meu carro, e saí em disparada.

Mas, chegando lá percebi que já era tarde demais! Alice havia voltado para o Brasil.

- Mas que porra! O que ela foi fazer lá? - Perguntei louco, andando de um lado para o outro.

- Nem todos os pais acham seguro a exposição de seus filhos na mídia, rapaz. - Dona Olívia disse.

- E agora? Como iremos namorar? - Perguntei com as mãos na cabeça.

- Se você a amar de verdade, irá procurá-la no Brasil. - Comprimiu os lábios. - Ela me pediu para te entregar isto. - A Senhora simpática disse me entregando um pedaço de papel.

Nele, Alice deixou alguns números de telefone, e endereços.

- Eu não posso ir para o Brasil! A minha vida é aqui! A minha carreira, as minhas fãs, até a minha família,que eu pouco me importo,estão aqui! - Suspirei. - Ela ainda volta para os Estados Unidos? - Perguntei.

- Provavelmente, não. - Respondeu - me.

- Que merda! Eu perdi ela de vez, então! - Berrei dando socos contra a parede.

- Olha, rapaz acho melhor você ir embora! Você está muito exaltado,e se o meu esposo perceber, as coisas podem não acabar bem. - A avó de Alice disse franzindo o cenho.

- Tudo bem, me desculpe! - Falei, e saí enlouquecido.

- Por quê, Alice? Por quê? - Eu gritava enquanto dirigia.

Chorei, me senti um nada, impotente, e depois cheguei a uma conclusão.

- Infelizmente, é o nosso fim.. - Uma lágrima dolorida percorreu o meu rosto.