Á Vontade!

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Alice:

- Onde você está me levando? - Perguntei.

- Shh.. Confia em mim, e não me faça perguntas. - Ele disse sério enquanto estávamos escondidos detrás de uma coluna na escola.

- Ferrou! Tá difícil confiar em um cara que conheci ontem! - Ironizei.

- Shh! Silêncio! - Sussurrou. - Não quero que nos vejam aqui. Agora veste isso! - Me entregou o seu casaco com capuz.

Vesti rapidamente, e depois saímos correndo para um lugar nos fundos da escola, onde o carro dele estava escondido.

- Nossa, que coisa chata viver se escondendo! - Entrei no carro ofegante.

- Você ainda não viu nada! - Deu um sorriso de lado.

Respirei fundo.

- Vai me dizer, que não é divertido? - Riu.

- Tá, é emocionante! Mas se algum maldito paparazzi tiver nos visto, você já sabe! - Revirei os olhos.

- Deixa disso, cara! - Me beliscou.

- Ai seu ogro! Tá doido? - Resmunguei.

- Só queria saber se você é de verdade! - Olhou fixamente em meus olhos.

- Que tosco! - Falei gargalhando, tentando tornar aquele momento menos constrangedor.

- Não, é sério! Você é diferente das outras garotas. Geralmente, eu não tenho amigas, e as minhas namoradas só querem um pouco de fama, dinheiro, ou mandar em mim como se eu fosse propriedade delas. E você, não! É desprendida do que é material, é irrelevante, quando quer fala mesmo, e isso me deixa muito á vontade! - Oliver falou.

- Só não vai ficar nu aqui, de tão á vontade! - Falei sem pensar.

Nossa, isso é coisa que se diga pro crush, Alice ?

Ele ficou vermelho da cor de um tomate.

- Então, vamos? - Perguntei sem graça.

- Claro! Curte alguma coisa específica? - Ele perguntou.

- Eu curto a vida, somente! - Respondi.

- Já sei onde te levar! Você vai ficar "amarradona". - Falou.

- Ooh que fofo, falando gírias! Pára de ser fofo, garoto! - Puxei nas bochechas dele com força.

- Ogra! - Me olhou esfregando um lado do rosto.

Gargalhei.

Passeamos de carro pela cidade por algum tempo, até chegarmos em um lugar.

- É seguro, chegarmos juntos aqui? - Perguntei insegura.

- Sim, tranquilo! Os donos são meus amigos. Não há perigo. - Me passou confiança.

- Tudo bem. - Saímos de dentro do carro na mesma hora.

Parei um pouco, e li a enorme faixada do prédio :
ESTÚDIO DE TATUAGEM.

Oliver segurou em minha mão, nos olhamos rapidamente, e seguimos de mãos dadas.

Os dilemas de Alice (DEGUSTAÇÃO)Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz