16. Do You Know Him

9K 1.1K 281
                                    

Eu já estava na mesa com Victoria, ela falava da festa que aconteceria na casa de Jackson e choramingava pelo fato de não ter sido convidada. Enquanto eu fingia que prestava atenção, me preocupava com os meus próprios problemas.

— Entende o que eu estou falando, Jane? - Ela perguntou, mas eu me mantive olhando fixamente para as grandes janelas da cafeteria vendo a movimentação dos alunos. — Ah! Você nem está prestando atenção!

Ela me chacoalhou e eu pisquei rápido, virando meu olhar para ela, um pouco assustada pelo susto que ela me dera. Esfreguei meus olhos ouvindo ela grunhir por eu não tela ouvido nos últimos dez minutos. Então, me levantei.

— Estou com sede por você, vou comprar um suco. - Falei e ela disse meu nome em tom de repreensão. Ignorei e comecei meu caminho até a bancada de atendimento da cafeteria.

Até que ouvi meu nome ser chamado, mas não fora por Victoria.

Me virei procurando pela fonte da voz e encontrei Bambam acenando para mim numa mesa não tão longe. Movi meus olhos e vi Mark sentado ao lado de Bettany junto com os outros meninos. Não sabia que não-estudantes podiam comer na cafeteria do colégio.

Suspirei e me aproximei da mesa recebendo um sorriso de Bambam, que logo disse:

— Jane! Por que não senta conosco hoje?

Olhei para Mark, que continuava de cabeça baixa, encarando a superfície de madeira da mesa à sua frente. Voltei meus olhos para Bambam que expressava um olhar esperançoso.

— Não posso, mas obrigada pelo convite. - Disse simplista e os olhos de Bettany encontraram meu rosto. Então, um sorriso simpático surgiu em seu rosto e ela cutucou Mark chamando-lhe a atenção.

— Foi ela que me ajudou a encontrar sua sala, Mark. - Ela falou feliz e Mark ergueu a cabeça olhando-me, desviei meu olhar para Bambam que parecia singelamente desconfortável e Bettany direcionou o seu até mim. — Você o conhece?

Não. - Olhei para Mark e forcei o maxilar percebendo os garotos se entreolhando. — Enfim, eu tenho que ir, Victoria não gosta de esperar.

Forcei um sorriso e agradeci à Bambam mais uma vez, me despedi e continuei meu caminho até a bancada da cafeteria. Corri as mãos pelos cabelos e balancei a cabeça negativamente. Infantilidade, eu sei, não pude evitar. Respirei fundo. Merda.

• • •

Eram três da tarde de uma sexta feira e eu estava em casa. Victoria havia me perguntado se eu não gostaria de uma companhia, pois os pais dela chegariam tarde naquele dia, mas eu estava cheia de ouvi-la falar sobre Mark, e a pessoa cuja qual eu gostaria de evitar falar sobre, era Mark.

Decidi fazer meus deveres de casa para a próxima semana. Me sentei em minha escrivaninha e peguei meus materiais, comecei por história, depois terminei geografia e por último comecei os exercícios de matemática.

Eram cinco questões, poucas, porém complexas. Fiz as três primeiras e me vi presa na questão número quatro. Larguei minha caneta após checar meu relógio e ver que eu estava empacada na mesma questão por dez minutos consecutivos.

Suspirei e decidi dar uma pausa, talvez eu precisasse de um tempo para espairecer meus pensementos. Me levantei e caminhei até minha janela, me apoiei sobre a superfície de madeira sentindo, de olhos fechados, os raios solares tardios nutrirem minha pele.

Abri meus olhos ouvindo algumas risadas e vozes masculinas. Desci meus olhos do céu azul até a quadra de cimento. As vozes vinham dali e os donos jogavam uma amistosa partida de basquete.

Eu via Jackson rindo e driblando Jinyoung enquanto Bambam o chamava. Ri fraco enquanto apoiava minha cabeça sobre minhas mãos. Youngjae fez a cesta e parte dos garotos comemoraram, Jaebum anunciou uma pausa para a água e meus olhos se direcionaram a Mark.

O garoto limpava o suor que escorria pelo seu rosto com o pano da blusa que vestia e bagunçava os cabelos levemente úmidos enquanto arfava pelo exercício realizado. Ele abaixou a blusa e seus olhos encontraram, inevitavelmente, minha presença na janela.

Jane... Li seus lábios. Ele oscilou o olhar para o chão e meu rosto, então eu abaixei o meu olhar me afastando da janela e puxando ambas as cortinas ao mesmo tempo, quebrando qualquer tipo de contato visual com Mark.

Voltei para a minha escrivaninha deitando minha cabeça sobre meus braços na superfície de madeira clara e fechei os olhos com força. Por que tem que ser assim?

•      •      •

Eram oito da noite, decidi que me recolheria cedo naquela noite. Terminei o jantar e me despedi dos meus pais, mesmo recebendo olhares desconfiados de ambos meus pais, eu segui caminho até meu quarto. Era sexta feira, eu deveria estar fofocando com Victoria até altas horas da noite, dormindo na casa dela ou ouvindo música alta até as duas da manhã.

Entretanto, naquela noite eu queria apenas dormir, dormir e esquecer. Entrei em meu quarto seguindo para o banheiro, me livrei das peças de roupa pelo caminho, cheguei no chuveiro e deixei que a água quente esquentasse meu corpo.

Abaixei minha cabeça deixando a temperatura quente relaxar meus músculos e acalmar meus pensamentos. Foi apenas uma semana, e olhe o tudo o que aconteceu. Corri a mão pelos meus cabelos molhados sentindo a água bater em meu rosto e escorrer para o meu corpo. Éramos felizes amigos, e agora eu o evito. Pus ambas as mãos sobre os azulejos do banheiro e fechei os olhei com força. Por que Mark? Por que tem que ser assim? Abri os olhos encarando a parede que mantinha pequenas gotículas por culpa do vapor. Por que você tem que ser igual à eles? Eu pensei que você fosse deferente.

Com aquele pensamento eu pus minha cabeça no travesseiro naquela noite e fechei meus olhos desejando nunca ter conhecido Mark Tuan.

From make up to break up.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanWhere stories live. Discover now