The Attraction Of Imperfection 》 Mark Tuan

73. The Lovely Bettany Hilton

BETTANY

O pequeno espelho de bolso em minha mãos refletia o par voluptuoso de lábios que contribuíam para meus traços faciais, sobre a carne naturalmente rosa eu aplicava uma camada de gloss. Sorri satisfeita, checando se minha maquiagem e cabelos estavam em ordem. Suspirei e encarei a porta, depois o relógio de pêndulo embaixo da escadaria de mármore.

No momento que eu ouvi o soar da campainha eu sabia que era ele. Me levantei do sofá deixando a revista de lado, caminhei até a porta e abri-la. Um riso fraco escapou dos meus lábios disfarçadamente. Os olhos de Mark se cruzaram com o meus e eu sabia que ele iria abrir a boca naquele momento.

— Hey Bett. - Ele disse e eu deixei meus lábios se curvarem em um sorriso doce.

— Que surpresa agradável, meu amor! - Falei unindo minhas mãos abaixo do queixo e olhando-o por baixo de meus longos cílios. — Você podia ter me avisado que viria, eu teria me arrumado.

Pressionei meus lábios dando espaço para ele entrar. Meus olhos o acompanharam de canto de olho. Eu conseguia sentir pela expressão dele do que se tratava aquela súbita vinda.

— Preciso conversar com você. - Ele anunciou e eu parti os lábios, franzindo o cenho e fitando-o com falsa preocupação. — Pode ser lá fora?

— Claro, amor. - Assenti.

Nos dois rumamos até a área da piscina, o sol se punha no horizonte, reluzindo sua luz nas leves ondas da cristalina piscina. Meus braços cruzados e olhos azuis envidraçados aguardavam as primeiras palavras de Mark. O pobre coitado encarava o chão, buscava palavras para começar, criava coragem, nervoso e duvidoso.

Depois de um mórbido silêncio, ele foi direto:

— Não posso mais continuar com isso. - Arregalei meus olhos pondo uma das mãos sobre os lábios, expressando surpresa. — Bett, não posso continuar com nosso relacionamento.

— Você... - Eu falei encarando as orbes castanhas dele, que transbordavam de preocupação e certa dor. — Você tá terminando comigo, Mark?

— Bettany, é o melhor para nós dois. - Ele explicou suspirando enquanto eu pensava em todas as coisas mais tristes do mundo afim de derrubar uma lágrima ao menos. — Meu amor por você se dissipou com o tempo, eu não sinto mais o que sentia por você antes, entende?

— Oh, Mark... - Eu soltei correndo as mãos pelas minhas longas mechas loiras. — Foi algo que eu fiz?

Óbvio que não. Os olhos de Mark fitava-me meu rosto pateticamente, como se ele quisesse fugir daquela situação de qualquer maneira possível. Foi quando ele se aproximou, envolvendo meu corpo em um abraço apertado.

— Não Bett, nunca foi você. - Ele sussurrou.

Sempre foi ela. Eu sibilei sentindo os braços dele envolta do meu corpo. E por um momento eu me lembrei da noite em que meu corpo ficou nas mãos dele, e um arrepio desceu pela minha espinha. Meus olhos estáticos encarravam as águas da piscina diante deles e uma descarga de ódio eletrizou meu corpo.

— Você ao menos deveria ter me contado a verdade, Mark Tuan. - Eu sussurrei.

Eu devia ter perguntado se ele gostou de me foder ou apenas seguiu as ordens da minha madrasta antes de empurra-lo na piscina. Mas quando eu vi era tarde demais, e eu já estava dentro de casa, estilhaçando as louças inglesas da minha mãe e arremessando as pratarias contra os espelhos da sala.

— Eu vou arruinar você, Mark Tuan!

JANE

— Então vocês estão namorando, - Eu falei cerrando o cenho na direção de Youngjae e Jaebum sentados do outro lado da mesa com uma casquinha grande de pistache com calda de chocolate e duas colherzinhas diante dos dois. — só por curiosidade, quanto tempo eu dormi?

— Dois meses. - Youngjae ergueu dois dedinhos da minha direção e eu movi meu olhar na direção de Bambam que, sentado ao meu lado, parecia nem um pouco chocado com a notícia.

— Mais precisamente desde quando Jaebum era hétero. - Bambam riu descendo a barra de mensagens no écran de seu celular. — Minha thread not Twitter provando que o Youngjae é a causa gay tá finalmente completa graças ao Jaebum.

— Idiota. - Jaebum rosnou e minhas risadas se misturaram com a de Bambam.

Bambam voltou os olhos ao celular e de súbito o sorriso em seu rosto se desmanchou em um par de sobrancelhas cerradas. Ele virou o rosto na minha direção e olhou novamente para a tela.

— Você conhece alguma Victoria? - Ele perguntou e eu assenti.

— Sim, ela é minha amiga... bom, nos éramos melhores amigas mas nos afastamos um tempinho... - Falei abaixando meu olhar e me sentindo levemente culpada por ter deixado Victoria de lado durante todo aquele drama que vinha acontecendo na minha vida durante os últimos meses. — Por que?

— Acho que você devia dar uma olhada nisso... - Bambam disse e me entregou seu celular.

O aplicativo do Twitter estava aberto em um Tweet específico.

ＶＩＣＴＯＲＩＡＫＩＭ
@vickykim
Tá na hora de alguém expor as merdas que vadia da Jane Lewis vem fazendo, não é mesmo?

Meus olhos ergueram do écran e encontraram os olhos preocupados de Bambam. Arregalei os olhos confusa e surpresa com a colocação de Victoria. Pressionei meus lábios e desci meu olhar para a superfície da mesa.

— Te expor, Jane? - Bambam perguntou cerrando o cenho na minha direção.

— Ela sabia. - Sussurrei chegando a conclusão mais óbvia. — deve estar furiosa.

Levantei rapidamente da mesa atraindo os olhares de todos ali presentes. Corri a mão pelos cabelos e Bambam levantou logo atrás de mim.

— Jane?! O que ela vai expor? Jane, quem é essa menina? - O garoto perguntou preocupado.

— Uma amiga, ela era apaixonada por Mark, Bambam. - Falei preocupada. — Agora que tudo veio à tona ela deve estar furiosa comigo.

— Ela quer se vingar? - Youngjae perguntou e eu desci meus olhos até o garoto, assentindo levemente.

— Provavelmente. - Suspirei e Bambam pressionou os lábios apreensivo.

— Ela disse que vai te expor, mas pode ser blefe. - Jaebum disse gesticulando de cenho cerrado. — A não ser que tenha algo que ela possa usar contra você, tem?

Por um momento eu fixei meus olhos no horizonte tentando me lembrar de algo que eu tenha dito á Victoria, que poderia se voltar contra mim nesse momento, mas nada me vinha á memória. Nos sempre fomos boas amigas, confidentes mas eu nunca tive segredos de Estado que eu tenha dito á ela.

Talvez não propriamente dito.

Meu Deus. Cobri minha boca com as mãos e os meninos se entreolharam.

— Meu diário.