71. The World Will Take Us As We Are

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O céu estava azul, a areia morna. Eu me mantinha sentada debaixo do guarda sol enquanto observava os garotos na água. Mark caminhava na minha direção, o corpo e os cabelos molhados pela água do mar. Ele se sentou ao meu lado e pôs uma mecha dos meus cabelos para trás da orelha.

— Pensa em que? - Ele perguntou e eu suspirei erguendo meu olhar para seu rosto, encontrando ali gotícula de água.

Sentindo uma brisa balançar levemente meus cabelos, falei:

— Não quero mais manter isso em segredo, Mark. - Neguei com a cabeça abaixando o olhar novamente. — Sei que o trabalho do seu pai está envolvido, e sei que estou sendo egoísta, mas Bettany não merece isso.

Mark correu a mão pelos fios molhados e moveu seus olhos á mim. Se aproximando devagar e deixando um selar demorado em meus lábios. Se afastando e então dizendo:

— Se é o que você quer, vamos fazer isso.

Ele sorriu fraco e eu recostei minha testa na dele, fechando os olhos e sentindo sua mão serpentear até minha nuca.

— Te amo... - Falei.

— Também te amo. - Ele sussurrou e puxou minha nuca fazendo nossos lábios se chocarem suavemente.

Mark pediu passagem e eu cedi encontrando sua bochecha com minha mão. Senti-o puxar meus fios levemente e me inclinei aprofundando o beijo. No entanto, repentinamente quebrando aquela aura romântica, senti um jato fino de água molhar a lateral do meu rosto. Então me afastei de Mark rapidamente.

— Sem pegação! Isso daqui é praia, não é cinema! - A voz de Bambam ecoou entre nos e logo veio um jato d'água a molhar meu uniforme.

— Bambam! Meu uniforme! - Exclamei me levantando e vendo o rastro molhado que o tailandês ali havia deixado. — Você tá frito!

Eu me levantei correndo atrás do menino tailandês, desviando dos jatos de água que tentavam me acertar. Eu ria sentindo a calor do sol contra minha pele, as gotículas de água refrescando-a e as risadas gostosas dos meninos que eu tanto considerava.

E naquele momento eu esqueci de todas as minhas preocupações. Senti apenas o vento frio correr pela minha pele, vi apenas os raios de sol que iluminavam o céu azul, ouvi apenas a voz dos meus amigos, a risada do meu amor, e o sabor da minha juventude.

O desejo de vivê-la para sempre escorria pela minha pele em forma de suor... Mais tarde então, enquanto éramos batizados pelo por do sol, Mark me abraçou dizendo que éramos infinitos. E eu sabia que éramos, enquanto permanecêssemos juntos.

Ao fim do dia, já de volta no no carro, Mark sentou-se ao meu lado na caçamba. Recostamos nossas cabeças no vidro e sorrimos para a praia, que à medida que íamos nos afastando, ela diminuía, até a perdemos de vista.

Mark pôs a mão sobre a minha e então me virei vendo seus olhos fitarem-me. Meus cabelos se bagunçavam pelo vento que neles batia, escondia meu sorriso, enquanto Mark entrelaçava nossos dedos.

Não foram necessárias palavras para sabermos que um estava lá para o outro. Mesmo com tudo aquilo acontecendo, mesmo com o dilema que vivíamos. Estávamos lá para suportar o peso um do outro, e foi naquele momento que eu descobri o significado da palavra amor.

Felizmente meus pais ainda não haviam chegado do trabalho quando o carro de Jackson estacionou enfrente a minha casa. Mark me ajudou a descer da caçamba e fez o mesmo.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanWhere stories live. Discover now