63. Betrayal

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M A R K

Era noite de casa cheia. Tal como todas as festas pôs jogos que aconteciam na minha casa, eu não reclamava, gostava de ter aquela casa, que parecia tão vazia, cheia. As luzes coloridas e os efeitos halográficos faziam me sentir chapado, mesmo que não tivesse consumido nenhum tipo de droga. Eram uma e meia da manhã, uma hora de festa rolava solta, algumas garotas rebolando na pista de dança improvisada, outras se pegando com outros homens nos quartos, ou fofocando pelos cantos da casa. Alguns garotos se embebedando na cozinha, outros fumando maconha no jardim. Era uma típica festa.

Virei uma dose de vodka, sentindo a aguardente descer queimando minha garganta. Era  minha quinta dose, e eu ainda não havia criado coragem de fazer o que eu tinha de fazer naquela noite. Meus olhos acompanhavam o corpo de Jane dançando na pista, junto de sua amiga. Seu corpo era tentador, mal sabia ela do quanto mexia comigo apenas com um movimento de quadril, mal sabia ela, do desejo que eu tinha de arrancar aqueles shorts e rasgar aquela blusa. Ah, merda, desejava tanto que tivesse de ser quem eu tinha de foder hoje à noite.

Meus olhos se moveram a contragosto até Bettany sentada na escada, conversando com Jaebum e rindo de algo que ele dizia à ela. Ele parecia tão apaixonado, talvez era esse olhar que Youngjae via nos meus olhos, quando se fixavam em Jane por muito tempo. Jane, eu não tinha o direito de mantê-la em segredo, eu sabia que isso a  machucava, e o que estava prestes a fazer a machucaria mais ainda.

Não é porque eu quero, eu não tenho a maldita escolha. Coloquei o copo de vidro com força sobre a bancada e corri as mãos pelos meus cabelos sentindo a preocupação e o álcool se misturarem em minhas veias. Você vai fazer sexo com ela nessa festa, Mark. Não questione. Fechei os olhos com força lembrado daquelas palavras ácidas direcionadas à mim. Uma dose de ódio intoxicou meu corpo e eu abri meus olhos cerrando o cenho e rumando até Bettany. Talvez ódio era o sentimento que eu precisava para criar coragem.

Peguei na mão da loura sentada na escada, fixando meu olhar para frente, e continuei subindo os degraus, ela se levantou desentendida, mas me seguiu. Guiei-a pelo corredor até encontrar a porta do meu quarto, tirei uma chave do meu bolso e abri a porta puxando Bettany para dentro e batendo à porta com força em seguida. Vamos acabar logo com isso. Encaixei meus lábios nos dela, pressionando seu corpo contra a parede e a pegando de surpresa, inclinando meu corpo sobre o dela, forcei minha língua por entre seus lábios.

— Eu preciso de você, preciso agora, Bet. - Menti entrelaçando meus dedos nos seus.

J A N E

Meu corpo se movia de acordo com o ritmo sexy da melodia de hip-hop. Victoria dançava comigo, acompanhava meus movimentos, assim que ela disse que pegaria uma bebida, veio Yugyeom. As mãos do mais novo entrelaçando minha cintura por trás e uma risada divertida escapou dos meus lábios.

— Ya, eu já disse que não sou papa-anjo, Yug. - Falei e ele riu fraco apertando seu toque envolta da minha cintura.

— É apenas uma dança, Jane. - Ele sorriu entrando seu corpo em harmonia com meu. — Não pode dançar comigo? Por que? Seu namorado está aqui? Ele é muito possessivo?

— Você faz muitas perguntas, e sabe a resposta para todas elas. - Rebati e ele me virou de frente continuando a dançar. — Mas, sim, é, ele é muito possessivo.

Você, não tem ideia o quanto, Yug. - A voz de Bambam ecoou por trás de Yugyeom e eu ergui meu olhar vendo o garoto parada atrás do mais novo, que sorriu fraco e se virou se desvinculando seu corpo do meu. — Me permite uma dança com essa gatinha?

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanWhere stories live. Discover now