18. Trust Me

9.3K 1.2K 953
                                    

Acordei sentindo meu rosto ser aquecido pelos raios de sol que transluziam pela janela que eu havia deixado aberta na noite passada. Grunhi contra o travesseiro e me revirei na cama encarando o teto, cocei meus olhos e me espreguicei.

Dirigi meus olhos até meu relógio e vi que eram onze da manhã. Talvez eu realmente precisasse de uma noite de sono bem dormida depois da noite de ontem. Dei de ombros por ser sábado e me levantei da cama pondo minhas pantufas e rumando para fora do quarto.

Desci a escada e vi meus pais na sala assistindo ao noticiário. Ambos vestiam roupas casuais como se fossem sair de casa, cerrei o cenho recebendo um bom dia dos dois. Segui até a cozinha e comecei a preparar meu café da manhã.

— Filha, nós vamos na casa do Reynold hoje, ele nos chamou para um churrasco, você quer ir conosco? - Meu pai perguntou e eu apertei a caixa de leite entornando uma boa parte na bancada. Xinguei e ergui meu olhar para os meus pais.

— Não estou muito no clima, mas obrigada. - Falei procurando um pano para limpar aquela bagunça.

— Tem certeza? Reynold disse que Mark vai chamar alguns amigos. - Minha mãe comentou. Encontrei uma flanela e sequei a área suja enquanto rejeitava o convite outra vez.

Terminei de fazer meu café da manhã, que consistia em duas torradas e uma caneca de achocolatado e me sentei na mesa ao lado da minha mãe. Dei uma mordida na primeira torrada percebendo que minha mãe me olhava, virei meu rosto para ela ainda com a torrada em minha boca.

— Teve uma boa noite? - Ela perguntou e eu assenti terminando de morder a torrada. Minha mãe sorriu fraco e eu voltei minha atenção à minha refeição.

— Sandra, vamos indo? Temos que passar no mercado para comprar as cervejas ainda. - Meu pai disse se levantando do sofá e desligando a televisão, minha mãe assentiu e pôs uma das mãos sobre meu ombro.

— Teu almoço está na geladeira. - Ela disse. — Se mudar de ideia você sabe onde é a casa de Reynold, não sabe?

— Sei, sim. - Concordei e ela sorriu se levantando da cadeira. Deixou um beijo em minha testa e foi até meu pai, que já se encontrava destrancando a porta. — Se divirtam.

— Direi à Mark que você mandou beijos. - Minha mãe soltou uma risadinha e eu ergui uma sobrancelha

— Não diga. - Forcei uma risada e ela cobriu a boca.

— Até mais filha, juízo. - Meu pai disse e eu acenei para ambos, que saíam da casa me deixando sozinha.

Terminei meu café da manhã levando os utensílios usados até a cozinha, lavei-os e me dirigi ao meu quarto. Liguei a televisão e fechei as cortinas, me deitei na cama a peguei o controle a procura de algum filme. Encontrei um romance que parecia bom e dei play.

• • •

Eram por volta das duas da tarde quando eu ouvi a campainha de casa ecoar pelos cômodos acordando-me do meu cochilo profundo. Cocei meus olhos percebendo que havia perdido o final do filme pois os créditos subiam pela tela. Suspirei e ouvi a campainha novamente, xinguei quem quer que fosse o impaciente na porta da minha casa e me levantei da cama.

Saí do quarto descendo os degraus e chegando até a porta, corri minha mão direita pelos meus cabelos nada arrumados e destranquei a porta. A abri e, naquele momento, eu juro que meu coração quase saltou para fora do meu peito.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanOnde histórias criam vida. Descubra agora