31. Kiss Cam

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Eram seis e meia quando eu decidi tomar um banho me arrumar para o jogo de basquete. Saí do banho vestindo um conjunto de roupas íntimas. Pus meu short jeans negro, uma blusa de mangas compridas creme, afim de me proteger do forte ar condicionado do local onde o jogo aconteceria, terminei calçando meus tênis e escondendo as imperfeições do meu rosto.

Peguei meus pertences enquanto colocava um pouco de perfume, desci as escadas e vi meu pai esperando-me na sala. Despedi-me de minha mãe e segui meu pai até o carro na garagem. Entramos no automóvel e eu chequei para ver se o ingresso estava ali  junto da minha carteira e meu celular.

— Você já foi em um jogo de basquete, pai? - Perguntei enquanto ele saía da garagem tomando o rumo até a arena indicada no ingresso.

— Já fui algumas vezes com sua mãe, mas os jogos nunca me encantaram. - Ele deu de ombros e eu assenti.

Peguei meu celular e me distraí até que nós chegássemos enfrente à arena bem iluminada e movimentada por culpa do jogo de semifinal que ocorreria naquela noite. Virei-me para o meu pai e o abracei me despedindo.

— Obrigada por me trazer, te ligo na hora de ir embora, tudo bem? - Falei e ele assentiu destravando as portas.

— Juízo e aproveite o jogo! - Ele sorriu e eu agradeci outra vez saindo do carro e batendo à porta atrás de minhas costas.

Suspirei e caminhei enfrente me deparando com uma placa que indicava a entrada da arena para aqueles que eram do setor B, agradeci aos céus, pois eu sabia que se me perdesse naquele local imenso, eu nunca mais acharia meus pais. Ri do pensamento e segui até entrar numa fila que dava acesso à entrada.

O homem recebeu meu ingresso e fez sinal para que eu passasse agradeci e passei por uma mulher com crachá que fez uma revista em mim. Fechei minha bolsa e caminhei um pouco mais até chegar ao acesso final à arena.

Era gigantesca, torcedores de ambos os times ocupavam as cadeiras desde as mais perto da quadra até às últimas lá no alto, uma música alta deixava o local com um clima bom e energético, as cores de ambos os times coloriam as arquibancadas e nos quatro telões centrais passavam comerciais de patrocinadores.

Percebi que minha boca se encontrava em um perfeito o e balanceei minha cabeça focando meus olhos no ingresso. Fileira D, procurei pela minha fileira e a encontrei logo achando minha cadeira também. Sorri satisfeita e me sentei na cadeira guardando meu ingresso na bolsa e pegando meu celular.

Mandei uma mensagem à Victoria perguntando-a como estava e nós começamos uma conversa. Faltavam dez minutos para o jogo se iniciar, eu respondia uma dúvida que Tori tinha sobre a matéria de matemática dada na sexta, quando eu ouço uma voz chamar meu nome em meio àquela música.

Jane Lewis?

Me virei para a direita no objetivo de encontrar a fonte da voz e meus olhos encontraram Mark enfrente à cadeira ao meu lado, com um refil de coca-cola em mãos e um sorriso divertido no rosto.

— Esse é o lugar mais improvável que eu poderia te encontrar. - Ele riu e se sentou na cadeira ao lado da minha.

— Meu pai me deu o ingresso, não pude rejeitar, e eu não tinha nada para fazer hoje mesmo. - Dei de ombros e ele assentiu correndo amado pelos cabelos bagunçados. — Você veio para realmente assistir o jogo, não é?

— Mais ou menos, assim como você, eu ganhei o ingresso do meu pai, o chefe dele distribui para todos os funcionários. - Ele bebeu um gole de sua coca. — Mas eu queria ver essa semifinal, faz tempo que eu não assisto um jogo numa arena.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanWhere stories live. Discover now