47. Can You Stop?

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J A N E

Eram aproximadamente sete da noite, Jackson havia recebido um telefonema de seu pai avisando que nós poderíamos ficar mais um dia na casa porque não haveria aula na segunda feira. Por culpa das fortes tempestades que estavam tendo na cidade, o circuito elétrico da escola foi parcialmente danificado, então o diretor decidiu cancelar as aulas da segunda feira para resolver os problemas elétricos.

A tarde passou rápida, jogamos alguns jogos de tabuleiro, terminamos algumas amizades durante o UNO com a cartinha +4, tive dois filhos e me tornei uma médica bem sucedida no jogo da vida - só no jogo da vida mesmo -, e compartilhamos dos dois controles do PS4 para jogar algum vídeo game na sala.

Havíamos terminado de jantar um macarrão com queijo divino que Jinyoung e Lia haviam feito e estávamos todos reunidos na sala, alguns encarando o teto, os outros mexendo em seus celulares.

— Por favor, vamos fazer alguma coisa. - Youngjae reclamou já cansado de contar os cristais no lustre pendurado no teto.

— Podemos ir à um bar de karaokê aqui perto, eu e Lin sempre fomos lá desde que éramos pequenas. - Lia sugeriu e todos prestaram atenção.

— Me parece uma boa ideia, faz alguns anos que eu não vou à um karaokê! - Bambam disse animado e Youngjae sorriu assentindo.

— Isso! Esse bar fica a cinco quarteirões daqui, podemos ir à pé, aproveitando que a chuva parou. - Jackson comentou e todos assentiram.

— Claro, vai ser divertido! Sinto saudades de ir à um karaokê. - Eu ri e dei um high five em Bambam, que se sentava ao meu lado.

— Ótimo, troquem de roupa e peguem suas carteiras, a cantoria é de graça, mas pra beber tem que pagar! - Lin brincou e todos se levantaram aos risos.

— Que bom! Hoje à noite eu só vou cantar. - Falei esticando meus braços.

Segui caminho junto de Bambam para nosso quarto, entrei primeiro no banheiro, tomei um banho rápido e sai do cômodo encontrando Bambam mexendo em seu celular sobre a cama. Ele sorriu e logo entrou no banheiro, dando-me tempo para me trocar. Vesti uma saia solta preta é uma blusa de mangas compromissos branca, calcei meus tênis, que um dia  já foram brancos e envolvi meu pescoço com uma gargantilha dourada que eu havia trago junto com um par de brincos de brilhantes, cujos quais coloquei.

Pus um pouco de maquiagem e um pouco do meu perfume antes de sair do quarto, deixando-o livre para Bambam se trocar. Segui para a sala e encontrei a figura de Mark sentada no sofá, de costas para mim, mexendo em seu celular. Caminhei até o sofá e me sentei ao seu lado ajeitando minha saia durante a ação.

— Bom perfume, Jane Lewis. - Ele disse e eu virei meu rosto em sua direção percebendo que ele me analisava dos pés à cabeça.

— Obrigada. - Falei e ele se aproximou afastando meu cabelo para o lado, expondo meu pescoço, e enterrou o rosto ali inspirando forte sobre a minha pele, me fazendo fechar os olhos por alguns segundos e sentir o toque de seus lábios acidentalmente em meu pescoço. — Mark, por favor, para, alguém pode nos ver assim.

— Perdão, você às vezes, é apenas tão irresistível. - Ele sussurrou e eu me afastei de seu corpo pulando uma almofada para o lado. — Ah não, eu prometo que não faço nada, volta aqui.

Neguei com a cabeça e ele grunhiu deslizando pelo sofá e se posicionando ao meu lado novamente. Meu Deus, Mark Tuan! Suspirei e me levantei do sofá me sentando noutro de frente para o que Mark estava. Cruzei minhas pernas e braços, ele fez o mesmo apenas com os braços e passou a me encarar, desviei meus olhos dele ouvindo barulhos no andar de cima, mas ainda sentindo seu olhar percorrer pelo meu corpo.

Suspirei pesado e virei meu rosto de volta olhando para Mark, que passava a língua pelo lábio inferior me secando com um sorriso maroto no rosto. 

— Você pode parar? - Perguntei baixo e ele riu fraco ainda de braços cruzados.

— Não. - Ele respondeu revirando os olhos e voltando seu trabalho visual sobre meu corpo. Suspirei e peguei uma almofada pondo-a sobre meu colo desviando meu olhar outra vez do garoto.

Então, vi Jackson aparecer no corredor junto de Youngjae e Jaebum, os três se sentaram no sofá quebrando aquela situação quase que desconfortável entre eu e Mark. Meus olhos encontraram Youngjae por acidente, foi quando eu o vi encarando Jaebum enquanto este conversava com Jackson. Abaixei meu olhar e o vi entrelaçar e desentrelaçar os dedos, em um movimento nervoso, ele está bem? Cerrei o cenho levemente, Jaebum moveu os olhos até Youngjae, e o menino desviou o olhar para o colo no mesmo instante. Foi quando eu percebi que algo estava errado. Muito errado.

A presença de Bambam desvencilhou minha atenção da ação estranha de Youngjae, o tailandês se sentou ao meu lado e eu deixei minha cabeça cair sobre o estofado. Voltei à minha posição normal após sentir um desconforto, então, me aproximei da orelha de Bambam e perguntei:

— O que há com Youngjae?

Bambam olhou para o sujeito cujo qual eu me referia por alguns instantes e veio a me responder que não sabia.

— Tem algo de errado com ele? - Bambam perguntou.

— Tem, e é em relação à Jaebum. - Respondi encarando Youngjae, que repentinamente havia normalizado-se.

Alguns minutos depois as irmãs haviam chegado na sala junto de Yugyeom e Jinyoung.

— Vamos? Estamos num bom horário para ir. - Lia disse e todos sentiram se levantando de seus lugares.

Jackson guiou-nós até a saída da casa e logo em seguida fechou a porta, seguimos condomínio a baixo, conversando e rindo alto, como uma normal saída em amigos. Eu conversava com Bambam sobre a escola e as provas finais, quando senti a mão de Mark envolver minha cintura.

— Vai cantar alguma música pra mim hoje? - Ele sussurrou perto da minha orelha e eu ri fraco, mas ainda sim alerta vendo se ninguém estava nos olhando.

— Sim, Estupido Cupido. - Repondi e ele riu.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanOù les histoires vivent. Découvrez maintenant