61. Seven Is a Lucky Number

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Era a noite do jogo. Era a primeira partida do campeonato estadual, a escola estava eufórica, os ingressos esgotaram em horas e o local, que seria o ginásio do nosso colégio, havia sido decorado com as cobras de ambas escolas. Nosso rima estaria jogando em casa, nenhum lugar melhor para ganhar do que em casa, dizia Mark.

Os garotos estavam confiantes, treinavam arduamente durante as aulas de educação física, incluíram treinos extras depois das aulas e estavam se dedicando para começar uma boa temporada, e terem um final melhor que o ano passado. Ainda me lembro da semana depois da final contra East High, rivais da nossa escola, o clima de perda rondava pelos corredores. Esse ano, o time não permitiria aquilo.

Eu terminava de colocar meus pertences dentro da minha bolsa quando parei enfrente ao espelho e analisei minha vestimenta. Um short jeans, uma blusa cinza curta com o número 7 estampado na parte fronteira e traseira, uma jaqueta de couro e um par de botas de salto do mesmo material. Suspirei e pus um pouco de perfume antes de sair do quarto e rumar para a sala, onde meus pais viam televisão sentados no sofá.

— Vai para o jogo? - Meu pai perguntou e eu assenti.

— Sim, depois vou para a festa na casa de Mark, prometo não voltar muito tarde. - Informei e ele assentiu me pedindo para levar a chave de casa.

— Deseje aos garotos boa sorte por mim. - Minha mãe se levantou do sofá e caminhou até mim com um sorriso sincero no rosto. Deixou um selar em minha bochecha direita e me guiou até a porta. — Vamos, Gray Foxes!

Ela torceu e eu ri dando-a um abraço.

Pode deixar, até mais tarde. - Ela abriu a porta e eu vi o carro do uber parado enfrente à casa. — Vamos, Gray Foxes!

• • •

A torcida vibrava, o jogo ainda não havia começado mas as líderes de torcida do time adversário já entravam no auditório para fazerem seu número. Eu era uma estranha para aquele local, nunca havia ido à um jogo sequer da liga de basquete da minha escola, aquele era meu primeiro. Então, procurei por uma face familiar na arquibancada dos torcedores da North High, foi quando encontrei Victoria no primeiro nível, sorri aliviada e caminhei até ela.

— Jane, você veio! - Ela disse animada com as bochechas riscadas de lápis negro, fazendo referência aos bigodes de uma raposa – a raposa cinza era o mascote da nossa escola –, ri fraco e ela continuou. — Pensei que não gostasse de vir aos jogos da escola.

— Decidi dar uma chance à esses jogos que causam uma tremenda comoção no colégio. - Ri fraco e ela me deu espaço para me sentar ao lado dela.

A dança das líderes de torcida da escola rival começou, fazendo os torcedores de tal escola se levantarem vibrando o auditório. Victoria reclamava sobre como elas pareciam desorganizadas e apostava que nossa coreografia estava muito melhor elaborada. Nenhum dos times estava na quadra ainda, mas os treinadores conversavam com o juiz no canto direito da quadra. Movi meus olhos para a entrada do vestiário dos garotos e vi que não havia ninguém na porta, quero falar com Mark, antes desse jogo começar.

— Tori, segure minha bolsa, eu vou no banheiro e já volto. - Ela sentiu e eu deixei a bolsa sobre seu colo. — Prometo que volto antes do jogo começar.

Caminhei pela lateral do campo passando, pelas líderes de torcida, em tal posição de espera para sua vez no centro do auditório. Me esgueirei por trás dos bancos dos reservas sem chamar a atenção dos treinadores e pedi à Deus que ninguém me visse entrar ali. Empurrei uma das portas duplas do vestiário masculino e adentrei no local, no mesmo instante as vibrações se tornaram externas e meu ouvido foi invadido por uma séria de risadas masculinas.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu