17. Fxxk It

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3:27 AM

Tac... Tac... Tac. Revirei-me na cama ouvindo o som de algo se chocando contra o vidro da minha janela várias vezes. Cerrei o  cenho tateando a mesinha de cabeceira, procurando, naquela escuridão do meu quarto, meu despertador. Encontrei e apertei seu botão, então ele mostrou-me que eram três e meia da manhã.

Tac! Ouvi outra vez e esfreguei minhas mãos contra meus olhos olhando para a fresta da janela que deixava a luz da lua transpassar e causar um pequeno filete de luz que se destacava do resto do quarto que mantinha-se em escuridão total.

Tac! Xinguei baixo e me levantei ainda cambaleando um pouco, me aproximei da janela e me espreguicei bocejando. Ajeitei meus cabelos e abri a janela. Abaixei meu olhar procurando o que me atazanava àquela hora da noite, mas não era algo, e sim alguém.

— Jane Lewis! - Mark gritou feliz largando um punhado de pedrinhas em sua mão direita enquanto segurava um copo vermelho de festa na mão esquerda. — Você apareceu!

Ele não está sóbrio e não pode estar falando sério. Mark cambaleou um pouco abrindo os braços na minha direção me lançando um sorriso engraçado. No entanto, eram três da manhã, eu riria se fossem três da tarde.

— Vá para casa, você está bêbado. - Eu falei coçando minha nuca e ele fez biquinho pondo as mãos na cintura. — Anda, vai embora.

— Você está me expulsando da sua residência? - Ele perguntou pondo uma das mãos sobre o peitoral fingindo se sentir ofendido. — Por que? Ainda está brava comigo?

— Por que você está gritando e vai acordar os meus pais. - Falei me apoiando sobre a superfície de madeira da janela e Mark riu.

Eu preciso de ter, meu fechamento é você mozão! Não preciso mais beber e nem fumar maconha... - Ele cantarolou alto e eu cerrei o cenho preocupada com meus pais que podiam acordar à qualquer momento. — A sua presença me deu onda, o seu sorriso me dá onda...

— Mark! Cala a boca! - Eu o repreendi tentando não falar muito alto e olhando para a janela do quarto dos meus pais, que permanecia fechada. Voltei meu olhar para Mark, que continuava cantarolando e dançando desengonçado por culpa da bebida. — Vai pra casa! Mark, por favor!

Então, ele parou de cantar e ergueu seu olhar até mim, virou na boca o resto do líquido que ocupava espaço no copo e limpou os lábios com a manga da jaqueta encarando-me.

— Desça aqui e me obrigue. - Ele disse num tom sério me encarando com um olhar desafiador, abrindo os braços como se esperasse alguma resposta da minha parte.

Era perigoso. Era um desafio perigoso. Se eu fosse flagrada pelos meus pais, eu nunca mais poderia ver Mark e pegaria, no mínimo, cinco semanas de castigo. Entretanto, caso eu não descesse, Mark continuaria a cantar e gritar mais alto, o que com certeza acordaria meus pais e eles o expulsariam dali criando problemas para nós dois. É, avaliando as minhas opções, eu prefiro correr o risco. Quem não arrisca não petisca...

Eu desço, só cale a porra da boca! - Respondi não tão alto tomando cuidado com o  volume da minha voz. Recebi um sorriso feliz do garoto e voltei minha atenção para o quarto.

Vesti um casaco que cobrisse minha blusa branca e disfarçasse meu short rosa claro do pijama, pus minhas pantufas de gatinho que se encontravam perto da porta e ajeitei meu cabelo. Saí do meu quarto acomodando o casaco que sobrava nas mangas e vinha até a metade da minha coxa.

The Attraction Of Imperfection 》 Mark TuanWhere stories live. Discover now