Capítulo 7-"Me mate então"

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      Jason-
 
   Aqui estou eu agora andando pela casa  procurando a Holly. A imbecil resolveu sair correndo e se esconder. Isso pouco me importa, sei que logo à acharei mesmo. Vou para os andares de cima. Vi quatro portas fechadas. Com certeza alguns desses cômodos abriga a fugitiva. Entro no primeiro, vasculho por todo o canto mas nem um sinal da ruiva. O segundo, ai que percebo que é o seu quarto. Pro meu azar ela também não está aqui, o terceiro, algo me diz que é aqui, a porta está encostada, entro devagar, ando por todos os maldidos cantos. Passo pelo guarda roupas, o encaro, até que puxo a porta e vejo Holly sentada com o seu corpo encolhido.
    —Te achei verminha!
    —Fica longe de mim!—Ela me chuta e sai correndo. A persegui e a agarro antes que entrasse em seu quarto.
   —Aonde  pensa que vai hein mocinha?
   —Me solta!
  —Está bem, seu desejo é uma ordem princesa!
     Jogo seu corpo no chão. Amba se arrasta para trás entrando em seu quarto. Ela se levanta ficando a uma certa distância de mim.
    —O que foi hein? Não vai me dizer que está com medo! Sua tola fracassada!
    —Vai se ferrar seu demônio!
  Holly pegou um vaso e jogou em minha direção. Consegui desviar rapidamente deixando o vaso bater na parede espalhando os cacos de vidro.
     —Nossa quanta violência Holly! —Acabei rindo do seu ataque de fúria.
     —Cala a boca, se não... —Ela faz uma pausa analisando o que irá falar.
    —O que foi? Vai fazer o que ?
   —Eu vou te matar!
    Por um breve momento fico sério. Por mais insano que pareça estou sendo ameaçado de morte por uma idiota, não consigo me controlar e começo a rir. Ela me fita furiosa.
   —Por que tá rindo, eu não contei nenhuma piada para você rir!
   —Não?! Nossa pareceu,nem tinha percebido que era uma ameaça!
    —Retardado! Quero ver você rir depois que tiver morto!
    Então é isso...ela também quer participar desse joguinho, se é assim darei uma chance à ela, como sou legal à deixarei se divertir um pouco. Pego duas facas que havia trazido e as estendo em sua direção.
    —Toma aqui! Pode pegar as duas!
  —O quê? Eu não entendo...
   —Hum, você não tá planejando me matar com as suas unhas não é?
    Holly me encara por alguns minutos pensativa, se aproxima lentamente e pega as facas. As olha confusa sem saber o que fazer.
    —Então não vai me matar?
   —Eu não sei se...
   —Anda sua verme inútil, me mate então! Ou não é capaz?—Seus olhos são tomados pela raiva em resposta a minha provocação, avançando para cima de mim.

      Por incrível que pareça ela é rápida, tenta  me acertar mas consigo me desviar de seus ataques. Quase que tive meu braço cortado, a minha sorte é que desvie rapidamente de seus golpes. Ela é meio desajeitada. O que facilita para mim.
    —Até quando você vai continuar com isso hein? —Pergunto.
   —Até eu te matar!
    Acabei rindo da sua "ameaça". Até que está um pouco divertido, mas já cansei de me desviar de seus ataques. Seguro uma de suas mãos, pelo canto dos olhos vejo a outra vindo em minha direção, sem pensar direito ponho minha mão livre na frente da faca. Um corte profundo é feito em minha mão, é doloroso mas não irei demonstrar dor, não em sua frente.
     —É uma pena mas suas chances acabaram, agora é a minha vez princesa!
     —C-como você fez isso? Eu não...—Pergunta olhando paralisada para o sangue que escorria do meu corte e caia no chão.
    —O quê foi? Isso é só corte qualquer!

        Pego minhas facas novamente de suas mãos, a merda do  machucado  não para de sangrar, dane-se, vou mostrar para ela que sou quem manda nessa merda

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        Pego minhas facas novamente de suas mãos, a merda do  machucado  não para de sangrar, dane-se, vou mostrar para ela que sou quem manda nessa merda.
     —Agora é a minha vez de jogar querida!—Cravo a faca em seu braco esquerdo à despertando de sua distração. Holly recua para longe de mim apavorada.—O que foi, por quê está fugindo? Eu não fiz isso!
      —Não me compare com você idiota!
      A raiva consome a minha alma, uma insanidade percorre minha mente. Não consigo me controlar, agarro seus cabelos aproximando nossos rostos.
    —Sua verme insignificante, sabe o que faço com pessoas igual a você?... Eu piso em cima delas!
    Novamente a feri fazendo outro corte em sua pele lisa e fria. Puxo seu cabelo com mais força,  chacoalhando o seu corpo.
   À jogo contra a parede brutalmente. Ela olha para mim assustada, sangue descia de seus lábios rosados.
        __________*___________

     Holly-

    Sou jogada contra a parede violentamente. Todos os meus ossos doem, o idiota puxou meu cabelo com tanta força que estou meio zonza. Eu não sei mais o quê fazer ou que esperar dele.
     Novamente ele se aproxima de mim. Sereno mas ainda com aquela expressão sombria em seus olhos. Me levanto com dificuldade, meu corpo treme, o desespero toma conta de mim, não sei o que irei fazer, estou perdida.
       Jason agarra meu pescoço me levantando por completo do chão, pressionada contra a parede sou sufocada. Meus batimentos cardíacos aceleram, falta ar aos meus pulmões, se continuar assim terei somente poucos minutos de vida. Tento parar isso mas foi tentativas em vão, só me sobra uma alternativa; a súplica.
     —Jason... —Minha voz sai abafada praticamente como um sussurro —Eu desisto!
      Ele ri de meu desespero, era o de se esperar dele.
    —Você é uma fracassada mesmo hein Holly, não aguenta nem sem quer um jogo.
     Ele solta meu pescoço, deixando meu corpo cair de uma vez no chão. Minha respiração volta ao normal lentamente, meu pescoço doe por causa da força usada por ele.
      Jason se abaixa, neste momento nossos olhares novamente se cruzam, ele sorri de lado, acaricia meu rosto e depois de alguns minutos me observando finalmente fala:
        —Sabe de uma coisa, eu gosto de você, sua inutilidade e medo me divertem! Holly você é uma verme interessante, ao contrário de outros!
        Suas palavras me deixaram confusa, por que ele disse isso, eu não entendo. Que droga de assassino ele é agora? Só está me deixando confusa isso. Ao terminar a sua fala ele me beija. Foi algo confuso e novo para mim, não tive forças para interromper e continuei, deixei me levar por seus lábios que ardiam juntos aos meus, um momento tão fútil e estranho em minha vida mas também caloroso. Jason para a sua ação e se afasta calmo. Abri a porta e antes de sair e desaparecer olha para mim novamente:
     —Até a próxima minha verme!—Diz irônico
 
         Isso foi extremamente estranho. Não sei por que isso foi acontecer. Abraçando minhas pernas repouso minha cabeça sobre os joelhos. Nem ligo para a dor que sinto, eu só quero refletir e digerir tudo o que acabou de acontecer...

Amor psicopataOnde as histórias ganham vida. Descobre agora