Amor psicopata

Capítulo 25-Perguntas e mais perguntas

     

        Estava andando pelas ruas pelo meu caminho diário para casa. Não quis a companhia do Gary novamente, por enquanto não quero que os dois se conheçam,é melhor assim.
       Prefiro tornar o Jason um pouco mais associável, talvez assim nos damos bem.

       Paro por alguns segundos. Pego meu celular. Fico na dúvida se ligo para ele,por uma parte foi bom ter pegado o número dele(depois de um século),o problema é se devo ou não ligar , talvez  ele esteja trabalhando, ou matando alguém, bom se ele estiver matando é bom que salvaria uma vida!
       Ah,dane-se. Disco a merda do número. Aguardo enquanto chama.
         Demorou mais do que imaginava,já iria desistir se não tivesse ouvido sua voz grossa e um pouco rouca do outro lado da linha.
        —Oi,quem me pertuba?
        —Ah,oi Jason! Sou eu ...
        —O que você quer hein ruivinha?
        —Temos que conversar, aonde está?
        —Droga! Na minha casa deitado com uma dor de cabeça insuportável!
       —Você pode ir na minha casa?
       —Por acaso acabou de sair da escola?
         —Sim, estou à umas duas quadras da minha escola!
         —Fica ai que eu já vou!
         —Ta bom!
   
      Ele desligou o celular,me sentei  em um muro baixo inacabado. Bem que eu poderia sair correndo e deixar ele aqui feito um idiota, porem seria maldade,tanto para ele e para mim.

       Fiquei um bom tempo lá sentada ouvindo música. Só isso para me acalmar mesmo.

      Está tudo calmo. De repente sinto mãos frias tocarem meus braços descobertos. Retiro os fones e vejo Jason. Ele estava com uma camiseta preta com detalhes vermelhos e uma calça jeans escura, seus cabelos bagunçados como sempre.
        Ambo estende suas mãos me ajudando levantar.

        —Oii! Como vai?
         —Mal! Minha cabeça parece que vai explodir, exagerei na bebida ontem!
        —Ôôô que pena!—Afirmo irônica rindo de sua desgraça.
        —O que quer hein?
        —Eu queria ter um tempo com você! Precisamos nos conhecer!
        Encaro ele que me olha com uma cara do tipo:"Eu vou te estrangular". Apenas dou um sorriso de lado. Jason revira os olhos. Coloca as mãos no bolso de sua calça e diz:

       —Vamos,vou te levar para minha casa!
       —O que?!
      —Uai,por que ficou assim? Somos amigos não é princesa!
       —Droga! E verdade! Ok, vamos então!

        Fomos andando para sua casa.Hoje ele parece estar melhor. Será que já está fazendo efeito? Tomara que sim!

        Sua casa não ficava muito longe.Algumas quadras acima do colégio. Até que ele estava mais normal,com suas provocações e filosofias assassinas, devo dizer que está tudo bem então.

         

              **************

       —Chegamos!
      Olho a frente e vejo uma casa extremamente grande, pintada toda de branco e um vasto jardim do tipo bem cuidado. Me pergunto por que uma pessoa como ele vive aqui tão solitário.

        Entro logo depois dele. Logo vi a sala,ampla com um sofá grande e uma cor neutra,Jason passou na minha frente e deitou no sofá despreocupado. Ainda não consigo entender,sera esse o  Jason que conheço?
  
       —Ei,quer beber algo?
        —N-não!Obrigada!
        —Senta aqui!—Ele se levanta e mostra um lugar bem ao seu lado. Sento ao seu lado. Fito seu rosto enquanto ele olha para a televisão ligada.—Então, o que faremos hoje?
         —Conhecer um ao outro melhor !
          —Sei,então como irá funcionar?
          —Irei te fazer algumas perguntas e você terá que me responder com total sinceridade, tudo bem?!
          Ele volta sua atenção à mim, sorri e abaixa o volume da TV.
         —Pode ser então!
         —Ótimo! Posso começar?! —Pergunto e ele balança sua cabeça em sinal positivo. —Ok,essa é bem básica. Nome, porem completo!
        Jason ri assim que termino.
        — Droga! Fazer o que eu concordei em ser sincero. Charlie Michael Williams  Peterson!
       —O que?! O seu nome não é Jason?
        —Não apenas um apelido! Anda prossiga!
         Engulo à seco , nunca imaginei que ele não se chamasse Jason, até que Charlie é legal.
        —Ai que fofo o nome dele,sabe  me lembrei de uma pessoa!— Ele arqueia as sombrancelhas curioso.—Parece até Charlie Chaplin! Não concorda?
          —Não, nós somos totalmente diferentes ! Dá para continuar logo?
          — Está bem, como quiser! Idade?
          —21!
           De novo levo outro susto. Não acredito que ele tem 21 anos, nem parece. Volto a ler , algo me diz que hoje vai ser um dia completamente cheio de descobertas.
          —O que gosta de fazer nas horas vagas... além  de matar?
          —Simplesmente gosto de me trancar no meu quarto e ficar desenhando qualquer merda que passar pela minha mente, por isso recomendo não ver meus desenhos!
            —Ta bom... qual seu gênero musical preferido?
            —Rock! De preferência metal!
             —Sei,quando era mais novo, qual era o desenho que mais gostava?
              —Eu tenho que responder isso mesmo?
              —Sim, ou está com vergonha de me dizer? Por acaso você via Barney e seus amigos? —Provoco ele morrendo de rir com a sua expressão brava.
             —Mas é claro que não, odeio Barney,o único desenho que assisti foi do tipo nenhum!
             —Sei,vou fingir que acredito está bem Charlie?! —Fito seus olhos recebendo um sorriso dele. —Você gostaria de conhecer algum outro pais?
           —Não tenho interesse!
           —Algum arrependimento?
           —Ter nascido!
      Nossa que triste,dá até pena. Mentira!
           —Cor preferida?
           —Preto!
           —Qual o seu  gênero de filme preferido? E filme também!
          —Terror! E o meu filme preferido é Halloween!
          —Que merda. Odeio Halloween!
          —Mas por que ? É um filme muito bom!
          —Sei, por culpa dele peguei trauma de ficar no meu quarto sozinha,sempre imaginava que aquele assassino estava escondido me observando no seu silêncio mortal.

         Ele ficou rindo de mim igual à um trouxa,bufo irritada.
         Antes que perguntasse outra coisa ele me interrompe:

       — Por quê não paramos por aqui hein ruivinha?
         — Mas já? Eu nem terminei!
        —Sério?! Irei resumir então; me chamo Charlie, tenho 21 anos, gosto de ouvir rock de preferência, uso drogas de vez enquando,acho a façanha de matar pessoas ótima e revigorante. E gostaria de mandar todo mundo se foder! Satisfeita?!

         —Nossa... deu um pouquinho de medo agora!Bom,já que é assim, tudo bem então!
           —Ótimo!

         Ele suspira aliviado. Me fita por alguns instantes e sorri.
         —Sabe de uma coisa ...Eu deveria ter te matado!
         —E por que não fez isso?
         — Não sei!
         —Você é muito estranho!

         Ele ri de minha afirmação. Pega em minha mão e me guia até a porta. Saímos da casa e fomos parar no jardim. Charlie sentou no chão e me puxou junto.
       Um silêncio constrangedor tomou conta do clima. Não sabia se eu deveria dizer algo. Talvez ele queira ficar em silêncio mas minha vontade de saber mais sobre ele me devora interiormente. Quero apenas alguma coisa fútil e tosca só para puxar assunto e ouvir sua voz novamente.
        — Nunca imaginei que você aceitaria ser meu amigo!— Ai que bosta.
         —Nem eu! Não sou do tipo de pessoa que curte amizades, prefiro a solidão!
          —Eu não entendo, como é que consegue viver nessa casa tão grande sozinho?
          — Eu não moro sozinho!

          —É sério? Quem é o outro demente que mora com você?

           — Ah é o meu ...—
De repente ele dá uma pausa e encara entrada da casa. Faço o mesmo e vejo um homem entrar com um carro branco. —Falando nele!

         O homem sai. Usava uma roupa social, alto,porte atlético e loiro,com certeza deveria trabalhar em escritório ou algo do tipo. O estranho é o fato dele se parecer com o cérebro de rato,o mesmo olhar e sorriso.
         —  Meu pequeno ...
         —Não ouse completar a frase!—Charlie exclama interrompendo o homem.
         —Hum,tá nervoso só por que está com a sua namorada?! Afinal,desde quando tem namorada? Pensei que você era gay!
          Acabo rindo, Charlie bufa me cutucando para que calasse a boca, mas era impossível, sua feição de revolta é muita engraçada.

         —Chris, cala a boca! A Holly é ... minha amiga!
         —Sério Charlie? Nossa que desperdício, só amizade!
         —Idiota! Ruivinha, esse é o meu adorável irmão mais velho, Christian!—Afirma irônico
         Nunca havia me passado pela cabeça que ele tivesse um irmão, isso explica a semelhança.
         —Oi,sou a Holly!— Christian sorri em resposta.

         Ele cumprimenta seu irmão e bagunça seus cabelos e depois entra para dentro.

         —Eu não sabia que tinha um irmão!
         —Está sabendo agora. Já vou te dar um conselho; fique longe dele!
         —Mas  por que?
         —Imagino que não irá querer ser mais uma para lista de conquistas dele certo?!

         Acabo ficando um pouco sem graça. Havia achado tão
simpático.
          Era o de esperar. Um assassino e outro mulherengo! A dupla dos irmãos Peterson!

        Acabei ficando um bom tempo lá com ele. Minha vida se tornou o assunto entre nós, já que ele não gostava muito de falar de sí mesmo eu resolvi falar sobre mim. Até que ele é um bom ouvinte.

         Charlie. Jason. Parecem tão diferentes,será a mesma pessoa?

       Hello my people!! E ai oq acharam do capítulo, se gostaram não se esqueçam de votar ☆, eu sei que esse capítulo não foi uma maravilha, minha intenção era apenas que conhecessem o
Charlie, apenas isso por isso se quiserem me estrangular eu deixo. É isso adeus e até o próximo capítulo.
          K. Uzumaki♥