Capítulo 30- O anjo sem asas; Elisa Peterson

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     Holly-

         Tão fofo! Macio, cheiroso! Simplesmente perfeito, me sinto completamente apaixonada por ele... É difícil negar, na verdade amo os dois, eles são perfeitos.

       Se eu pudesse passaria o dia inteiro abraçada à eles. É tão difícil escolher entre qual dos dois eu gosto mais. Fica difícil toda vez que olho para essas figuras, pura idiotice minha, apaixonada por dois ursos de pelúcia.
        Solto um riso meio travesso.
        Acabei de chegar da escola. Hoje  o dia foi bom. Gary estava bem contente. Tira só o fato dele ficar a aula inteira reclamando do Charlie que tinha derrubado o seu sorvete no parque.
          Eu estava com medo de que eles se conhecessem, mas depois de ontem esse medo morreu literalmente. Aqui em casa está um completo tédio. A única coisa que melhora um pouco é que terei que fazer um trabalho escolar, por isso passarei a tarde ocupada.
       Para piorar é um trabalho complicado de se fazer e também não estou com muita coragem.
Acho que vou deixar para outra hora. Deito por cima dos meus livros, inclinada fazendo meus braços de travesseiros. Fecho meus olhos cansados pela noite mal dormida.Apenas alguns  minutos, penso comigo mesma e caio en um sono profundo e leve.

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        3 horas depois

        Aos poucos vou sentindo a intensidade do meu sono diminuir. Volto a recobrar a consciência abrindo um poucos os meus olhos vendo meu quarto já sendo tomado pela escuridão da noite. Mas que merda,era só alguns minutos e acabei dormindo por horas!

        Esfrego meus olhos tirando o peso de recém acordada e percebo que estou na minha cama. Que eu me lembre eu não estava aqui,
        —Finalmente acordou ruivinha! Pensei que tinha tido um colapso depois de estudar tanto!
       Gelo instantaneamente. Charlie estava aqui comigo,isso não era tão não ruim assim, a não ser pelo fato dele estar deitado junto comigo. Estava com minha cabeça por cima de seu peitoral. É legal sentir os seus movimentos respiratórios.
         Estico meu braço por cima de mim parando em cima do rosto dele.
          —Você quase perfurou meu olho sabia?—Protesta irônico.
         —Hmm, sério?! Interessante, conte mais por favor!
       — Idiota! —Suas mãos cercam minha cintura levantando meu corpo, fico sentada igual a ele.—Legal a sua maneira de estudar hein verminha!
           —Obrigada! Acabei de inventar e garanto que é ótima!

          Ele sorri. Eu sorrio o acompanhando. Observo o louro levantar da cama e estender a mão à mim, pego em sua mão e ele me puxa tirando-me dá cama.
         —Se quiser pode ir embora! Acho que não irá querer ver eu fazer meu trabalho não é?!
      —Tanto faz! Não tenho nada de importante para fazer mesmo!
       —Legal! Nesse caso você irá me ajudar então!
        Deixo escapar um sorriso de orelha a orelha. Ele me fita indeciso mordendo o lábio inferior enquanto coça a nuca.
          —Está bem então!
Pego meus livros e me sento no chão encostando minhas costas na minha cama. Ele senta ao meu lado. Pega meu caderno de desenho e meus lápis.
         —O que vai fazer? —Pergunto.
          —Desenhar!
          —Oh,impressionante! Espero que faça um bem legal,assim poderei assumir os créditos!
         Ele apenas ri. Volta sua atenção para o caderno. A maneira que ele faz isso é tão encantadora! Seus joelhos levemente encolhidos dando apoio firme para o caderno.      Assustador ver mãos que brutalmente me fizeram chorar de dor se movimentarem de forma tão leve e delicada.
Charlie é tão estanho. Será que ele é mesmo aquele monstro que me tirou os pais? Poxa,será mesmo que ele é assim? As vezes não consigo compreender, uma hora frio, tirano e grosso, outra hora é receptivo, tímido e meigo.
Estanho! Só me deixa mais confusa.

        Volto minha atenção para o meu trabalho. Até que estava conseguindo fazer. Levei menos se meia hora. Retiro meus livros de meu colo os deixando ao meu lado. Olho pro outro lado para ver Charlie. Ambo estava sério.      Fitava o desenho que por sinal já havia terminado. Chego mais para perto dele. Ambo nem nota minha presença.
    Olho para o desenho. Nele contia uma mulher. Traços perfeitos, ela exibia um sorriso deslumbrante, o brilho sombreado de seus olhos.
        Aquele traços transmitiam amor,como sei? Era só ver a forma como ele olhava para os traços.
       Não aguento e acabo perguntando sobre a mulher retratada:

       —Louro demente ...-Ele me fita sereno.—Quem é ela?
Uma breve pausa ocorre. Ele respira fundo meio transtornado.
       —Minha mãe!
       Aquele resposta havia saido de uma forma tão baixa, praticamente sussurrada. Era como se aquilo fosse algo proibido de se dizer.

        —Ah,desculpa! Acho que essa não foi uma boa hora para tocar no assunto!
       —Tem razão! Não quero falar  sobre isso!
Fico sem jeito. Não sei o que devo fazer, justamente em uma circunstâncias dessas não é bom tocar no assunto. Um silêncio constrangedor domina o ambiente. Eu queria apenas falar algo que o ajudasse mas sei que ele não irá gostar. Mas para saber terei que tentar.

     —É doloroso não é? Dói lá no fundo da alma,é uma dor difícil de aguentar, às vezes dá vontade de sair por ai correndo procurando por ela,mas aí depois de varios minutos e horas perdidos você simplismente percebe que aquilo tudo era mentira, que não passava de uma ilusão criada por um mente atormentada pela solidão e dor da perca!

       —O que quer dizer com isso, não sei a que ponto quer chegar!
       —Eu sei muito bem o quê sente,e por isso quero te ajudar!
       —Legal sua atitute mas acontece que realmente não consigo dizer sobre isso, é um assunto que enterrei e não quero voltar e remecher em uma ferida dolorosa.

       Respiro fundo. Repouso minha mão sobre seu ombro. Eu sei que isso não deve ser nada fácil para ele mas se souber talvez possa ajudá-lo,meus pais sempre me dizia o quanto uma atitude simples podia ajudar os outros. Por mais que tenha acontecido tantas coisas eu quero ajudar ele.

        —Por favor ... deixe me ajudá-lo! Depois disso  pode me pedir o que quiser!

      —Se eu te falar você realmente irá cumprir o que disse?
         Respondo sua pergunta balançando minha cabeça em um sinal positivo.

          —Tudo bem então. Te direi sobre a merda da minha vida à sete anos atrás,uma parte de mim que sempre quis matar mas nunca dá!

    Continua...

     Espero que tenha gostado desse capitulo, um beijo na bochecha e aguardem o proximo( quis dar um pouquinho de suspense ) antes de partir queria dar um aviso: tem uma amiga minha que está escrevendo um livro bem legal e diferente com a participação dos leitores, e eu quero avisar para quem acompanha minha história e de alguma maneira(não entendo como) gosta ou acabou gostando de mim☺❤ nesse livro tem uma participação minha aonde conta um pouco de mim, caso queiram conhecer um pouquinho da bruxinha é só ir lá e dá uma lida no livro " Nem te conto" da misteriosa22 .

Amor psicopataOnde as histórias ganham vida. Descobre agora