Amor psicopata

Capítulo 46-Meu amor

Charlie-

Depois eu que sou o bipolar da história! Uma hora fica me arranhando enquanto geme meu nome e outra hora tens atos infantis, tão idiota!

Logo depois de sua saída termino de me alimentar e saio de casa. Quem sabe assim eu possa encontrar algo interessante. Mas na verdade, mesmo que consiga achar algo que me prenda à atenção, isso não irá resolver nada,quando se tem uma vida vazia e confusa igual à minha,nada pode prender sua atenção,absolutamente nada!
Sem que percebesse deixei que minhas pernas me levasse à um parque, um pouco desgastado, os brinquedos já velhos, enferrujados pelo tempo, alguns arbustos rebeldes tomando conta do ambiente. Com certeza nenhuma mãe atenciosa seria louca de deixar sua criança brincar aqui para deixa-la adoecer.

Mas acontece que conheço muito bem esse lugar, foi aqui,há alguns anos atrás, aonde passei momentos preciosos e felizes ao lado da minha mãe, foi aqui aonde eu me senti inteiramente feliz...

[...]

-Charlie cuidado para não cair!-O grito desesperado da mulher loura vaga ao ver seu filho tentando dar suas primeiras pedaladas na bicicleta sem as rodinhas traseiras, -Vai filho, é só pedalar!
-Mas eu tô com medo mamãe... -A voz leve saiu em um tom de choro mostrando o quanto o garoto estava com medo.-E se não conseguir, se eu errar e me machucar mãe? O papai diz que eu sempre faço tudo errado!
-Não diga bobagens, você consegue! E se você se !machucar... -Ela se abaixa colando sua testa na do seu filho -Não se preocupe, eu estarei ao seu lado e te ajudarei!
-Vai mesmo mamãe?
-Vou sim! Para sempre meu pequeno!

Elisa deposita um beijo na testa do garotinho o incentivando a pedalar. Aos poucos, assim que ele se acostumou, ela soltou a bicicleta, vendo seu filho andar sozinho. Era lindo vê-lo feliz, aos poucos conseguindo controlar o equilíbrio da bicicleta, sua risada gostosa conforta o coração de Elisa. Como ama ele,um amor tão grande que nem cabe no peito. Ao longe, vê Charlie parar e descer da bicicleta que era gigante pra ele, que tinha apenas cinco anos de idade, jogando a bicicleta no chão ele vem correndo em direção à sua mãe sorridente,Elisa, já prevendo o que ocorrerá, se abaixa,agarrando seu filho o abraçando os dois ficam rodopiando alegres.

-Eu consegui mamãe! Eu consegui!
-Mas é claro meu amor, você é o melhor! Meu amor!

"Meu amor..... Meu amor..."

[...]

Fechando os olhos com força sinto uma lágrima solitária descer de meus olhos. Não dá pra ser forte o tempo todo, pode não parecer, mas isso está me matando, me sinto quebrado. Às vezes falta forças pra continuar, uma escuridão é o que preenche o vazio de minha alma, só queria parar de fazer tudo errado, eu queria mudar, mas esse maldito demônio do Jason não me deixa em paz. Eu só queria poder agarrar a luz que encontrei, mas não dá! Monstros não tem misericórdia, isso é o minimo do que eu mereço.
É uma dor insuportável, a saudade e arrependimento me castigam, mas eu não posso fazer nada,eu não Tenho mais solução!

Seco as lagrimas que descem de meus olhos.
Já chega! Isso foi sua culpa Charlie! Então pare de agir feito um bebê chorão! Pare! Pare! Seu verme inútil
Chorar não irá trazer o que destruí, não irá trazer tudo que perdi!

E ai amores, perdão pela demora, problemas e afazeres. Capítulo meio depressivo né?! Pois é, na verdade hoje eu me sinto igual ao Charlie e acabei expressando um pouquinho aqui, desculpem, mas eu precisava desabafar! Espero que tenham gostado, bye ♦