Capítulo 35- Eu tenho nojo de você

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        Com um pouco de dificuldade Andy abre os olhos. Ela estava jogada no chão gelado, sua cabeça doía, estava suja e confusa.
        Antes que  pudesse dizer qualquer coisa ela vê Charlie, ambo sentado em sua frente,   relativamente calmo e sério. Nenhum esboço de emoção saia de seu rosto.
      Estavam apenas os dois naquele local.

      —Onde estou? O que pensa que está fazendo seu idiota?! —Andy grita furiosa, porém ele não responde nada deixando o silêncio pairar entre eles.—Não vai me responder? Seu filho da puta,eu vou acabar com você!

        Ela se levanta com dificuldade e avança em cima dele que continua imóvel, agarra sua garganta tentando enforcá-lo. Charlie apenas ri, ver Andy tão desesperada para matá-lo só dava mais prazer, sentir a euforia percorrer seu ego enquanto as mãos frias e magras dela apertavam seu pescoço em uma tentativa inútil de tirar seu ar.
      Sem avisos ele apenas perfura o abdômen dela arrastando o corte na horizontal aumentando o escoamento do sangue. A dor toma conta dela que larga o pescoço dele e se afasta tentando de algum modo parar o sangramento.

       — Você me dá pena Andy! Tinha tudo para ter o meu amor,porém me desprezou e me humilhou! — Finalmente diz alguma coisa, ele se levanta e caminha até ela agarrando seus cabelos. — Mas sabe… você acaba de ganhar outra coisa muito melhor, o meu ódio!

        Um riso zombeteiro toma conta de seus lábios. Agarrando a pequena e delicada cabeça da garota ambo aproxima seus rostos, uma troca de olhares, um desejo! Nunca em toda a sua vida ele se sentia tão bem como hoje neste exato momento. Deposita um beijo calmo na testa dela, puxando com mais força seus cabelos. Lágrimas saí dos olhos pesados dela acompanhados de baixos gemidos a cada puxão que seus fios levavam.
     
      —Não chore meu bem,nunca te faria nenhum mal!— Ele afasta seus rostos fitando ela.—Vamos fazer um jogo? É bem legal!
      —Por favor não me machuque,me deixa ir embora!

       —Mas já? Só por que eu queria aproveitar esse tempo livre com você! Vamos fazer um acordo, e te deixo ir embora, mas antes terá que fazer uns pedidos meus, começando por esse jogo! Você aceita?

      —S-sim! —Responde sem nem pensar apenas querendo ir embora logo

       —Ótimo!

      Ele envolve ela em seus braços a levantando até a cadeira, amarra seus pés e braços evitando qualquer tipo de movimento, Andy indaga o por que disso mas ele nada responde.

      —O jogo será o seguinte: te farei algumas perguntas sobre mim, caso responda errado, perderá algum membro seu! Se acertar nada acontecerá! Quero apenas ter total certeza que realmente me conhece!
        —Mas não precisa disso…— tenta convencê-lo aflita.
        —Mas é claro que precisa! Você disse que me ama,passamos alguns meses juntos. Se eu sei sobre você imagino que você saiba também sabe sobre mim não é?!

       Andy procura argumentos para tentar convence-lo de que  isso é uma perda de tempo,mas o jovem não deu ouvido a suas súplicas e começou suas perguntas.

        —Diga-me… quando eu nasci nessa merda de mundo?—Uma breve pausa ocorre. Ele consegue perceber que ela não sabia.

       —Eu… não sei, nunca chegamos a falar sobre isso…

      —Como imaginei,—Charlie envolve o alicate em suas mãos e o fecha entre a orelha dela. Aperta aos poucos enquanto ela grita e se contorce.—Tem como ficar quieta sua vaca?!
       —Por favor Charlie para! Por favor.

      —Não e não, entende que não quero parar? Só mais um pouco e isso já vai acabar! —Ao terminar de falar arranca a orelha esquerda dela fazendo amba gritar profundamente.

       Como aquilo é bom. Ver lágrimas tão tristes e dolorosas saírem de olhos que antes ele contemplava. Era como se aquele encanto que tinha por ela tivesse morrido, todo aquele amor agora estava misturado com o ódio e nojo.

        —Hey princesa,você sabe qual é o lugar que penso conhecer?

         —Canadá?! —Indaga entre soluços, mas recebe apenas um não dele.—Rússia, França, Inglaterra … Japão? Ande me diz,qual desses?

       —Nenhum!—Afirma seco decepcionando ela.— O estado de Iowa sua burra!Eu sempre disse isso você que não percebeu!

        —Isso não vale, não é minha culpa …
         —Sei então é minha por você nunca ter me amado? Vai se fuder sua vadia!

        Agarrando os cabelos dela Charlie troca de arma pegando um machado,antes que ela reclamasse ele corta metade de seu braço.
         A dor se instalava  em seu corpo, Charlie estava fora de controle. Fazia perguntas e mais perguntas, a cada resposta errada um novo membro seu era arrancado. Primeiro a orelha, depois o braço, dedos, uma das pernas. Foda-se os gritos e pedidos de desculpas que Andy emitia. Parecia que Charlie estava surdo, a única coisa que ouvia eram as respostas erradas dela.

       Ambo para por um momento, senta no chão de frente para ela. Sua camiseta estava suja de sangue igual à suas bochechas,parecia aquelas crianças após se alimentarem pela primeira vez sozinha.

       —Hey gata, será que tem como me responder algo com total sinceridade?
       —O que quer seu desgraçado?
        —Por acaso, o que realmente sentiu quando se ofereceu à mim?
     —Nojo! Apenas isso,eu tenho nojo de você, não estou nem aí, pode fazer o que quiser comigo mas não irá tirar a repulsa que tenho de você!
       —Bom saber, digo não por desdenho,mas você geme igual à uma cadela doente!

       Nas circunstâncias que se encontrava Andy não se importa em revidar o comentário.
     Pela última vez ele agarra seus cabelos, faz um corte profundo em seu peito,após jogar a faca para o lado,ambo penetra sua mão na carne aberta, indo mais e mais além

        —O que… está fazendo? —Indaga com dificuldade por causa da dor terrível.
         —Fazendo o mesmo que você fez comigo,roubar seu Coração…—ao chegar no órgão ele fecha as mãos e  o arranca ainda pulsando ensopado de sangue,Andy arregala os olhos espantada ao ver seu coração nas mãos dele — Não se preocupe, eu irei cuidar muito bem dele minha querida Andy!

       —Eu… te odeio!
       Suas ultimas palavras antes de ter seu pescoço cortado. Ao se dar conta do que havia feito Charlie sorri satisfeito. Tinha posto um fim na vida daquela miserável. Segurava firmemente o coração dela, arrependimento cercava sua mente,mas não por tê-la matado e sim por não ter feito isso antes,por não experimentar o outro lado da vida.
        —Quer saber, eu não preciso do seu coração nojento! —Ambo esmaga o órgão fibroso.

        Desamarra ela. E termina de arrancar as outras partes do corpo morto. Ele poderia muito bem dar seus restos à algum animal,mas acontece que ninguém merece comer uma vadia igual ela,nem mesmo um animal merece provar da carne podre dela,por isso para o melhor de todos ele incendiou a merda inteira.

       —Adeus meu amor, foi muito bom te conhecer, por mais que tenha sido irritante foi bom te fuder até os seus últimos momentos!

       
         Foi bom enquanto durou!
      

Amor psicopataOnde as histórias ganham vida. Descobre agora