Capítulo 18-Caça à presa entre tumbas

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          Estou aqui feito uma louca correndo para me salvar de outra estupidez do Jason.
          Merda será que ele nunca se cansa? Eu preciso de paz,não aguento mais essa merda de viver com medo do que ele possa vir fazer comigo.
    
         Já não sou muito boa em correr,piorou em lugar cheio de obstáculos. Esses malditos túmulos só estão atrapalhando. Toda hora tenho que desviar deles e ainda algumas esculturas de brinde para piorar o caminho. Hoje tudo está contra mim, primeiro foi o Gary que não pode me acompanhar por que ao contrário de mim ele tem pais vivos. Quando precisa daquele coveiro dos infernos ele não está aqui,agora que preciso dele a desgraça some,maldição!
         Como se não bastasse aquela praga do Jason ainda revela que matou meus pais e corre atrás de mim com um bastão de ferro querendo me espancar. Que merdinha de vida que fui ter hein!

          —Verminha,será que não se cansa de ser uma fracassada e fugir te mim ?—Zomba  correndo logo atrás à uma pequena distância. Dou uma pequena espiada e o vejo quase próximo à mim. Acelero os passos mas assim que volto a olhar para frente esbarro em uma estátua estúpida do que parece ser um anjo.

         Em consequência de minha distração caio no chão batendo minha cabeça com força.
      —Quem diria… além de inútil é uma desastrada! —Olho para cima e o vejo inclinado olhando diretamente em meus olhos apoiando seus braços no ferro que está por cima de sua costa.
        —Cala a boca seu idiota, pare de me  chamar de inútil antes que eu arranque suas bolas e faça você engolir!
       —Ha, bela piada verminha! Por um momento pensei que estava falando sério mas vi que não! Você não é capaz de me ferir querida! Apenas sou eu que machuca aqui nesta história!
        Ele retira o ferro de suas costas, prepara o ataque. Porém,antes que fizesse algo virei pro lado desviando de seu golpe. Me levanto mas antes de correr ele  acertou minha cabeça.
        Foi uma pancada muito forte. Tudo começou a girar, a dor ia se intensificando cada vez mais. Mesmo assim continuei correndo com dificuldade. Dessa vez toda hora esbarrava no que estivesse em minha frente, enquanto corria ele continuava atrás de mim sedento por mais dor. A saida ainda estava muito longe ainda.A única forma de acabar com tudo isso seria sair daqui. Porem tenho certeza de que Jason não iria permitir que minha fuga fosse tão fácil.
     
     Minha pernas estão cansadas, eu preciso me esconder, tenho que dar um tempo para   recuperar minhas forças além de ter que acalmar minha respiração ofegante e falha.
       Fico atrás de  um túmulo tentando pensar em uma maneira de escapar logo.
       Não posso ficar aqui para sempre, uma hora ele irá me achar. E para piorar eu me escondi, isso significa que serei "castigada "de acordo com as leis do Jason. Estúpido!
        Olho ao redor, o portão de saída está um pouco longe ainda. Levanto aos poucos,olho em volta mas nenhum sinal dele.Depois de vários minutos criando coragem voltei a correr em linha reta me desviando dos obstáculos no meu caminho.
         A brisa fria bate em meu rosto,o céu está fechado, com certeza irá chover, maravilha! Mais uma coisa para estragar o meu dia.
         Correndo feito uma louca desvio de tudo. Faltava poucos metros, se não fosse a minha pressa claro. Acabei escorrendo em algumas pétalas caídas de um buquê, mais uma vez caí, só que dessa vez bati em algo meio bambo, era uma porta, assim que meu corpo se chocou nela amba abriu me levando junto para o interior de uma pequena casa ou algo do tipo. Desço rolando pelas escadas que havia, por fim bato com tudo na parede.
         Minha cabeça volta a doer de uma forma latejante insuportável. Minha visão fica turva no meio da escuridão que mergulhei. Tudo gira igual à um carrossel desgovernado. Levanto com dificuldade, meu corpo está um pouco dolorido.
  
        No meio daquela escuridão uma risada maligna se estala pelo local. Arrepios sobem pela minha pele.
    

        —Inútil, desastrada, burra,medrosa e mesquinha! Então senhorita Campbell, possuí mais alguma qualidade que desconheço? —Maldito Jason!        —O que você está fazendo aqui hein?        —Caso não se lembre nós estamos em um jogo, e você ain...

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        —Inútil, desastrada, burra,medrosa e mesquinha! Então senhorita Campbell, possuí mais alguma qualidade que desconheço? —Maldito Jason!
        —O que você está fazendo aqui hein?
        —Caso não se lembre nós estamos em um jogo, e você ainda não saiu daqui!
       —Me deixa em paz seu demônio! —Grito me rastejando pelo chão frio.
       —Hum, paz? Se quer paz terá que morrer verme, é a única maneira de te-la,por que a morte purifica a alma e apaga nossos erros, é o antídoto que elimina o doença dos humanos! A doença de serem frios e egoístas! —Ele se abaixa e puxa meu pé o segurando firme.—Enquanto estiver viva você continuará sofrendo!
         —Errado! Enquanto você estiver vivo eu irei sofrer!
         —Faz parte da vida princesa!
    
     Tento me soltar mas não consigo, ele continua segurando meu pé. Merda dos infernos. Por mais que tente não dá para me soltar.
        —Eu não sei por que você ainda insiste em fugir! Será que não se cansa de ser tão insignificante?
        —É melhor ser insignificante do que um monstro igual à você!
       —Ai que se engana querida,é melhor ser um monstro do que um fracassado, será que não intende que pessoas iguais à você sempre são pisadas e deixadas de lado?!
        —Eu não preciso dos conselhos de um filósofo assassino! Me deixa,não conseguiu o que queria?
         —Não! Eu quero você! —Fico pasmada com sua resposta. —Quero você ao meu lado,saber tudo o que o seu coração guarda, os medos e sonhos que sua mente abriga! Ser o seu dono!
       
        Fico sem reação. Não sei exatamente o que devo dizer ou fazer.
        O mais estranho foi o modo que ele havia me dito e me encarado. Foi uma maneira diferente de antes. O que me deixa mais confusa ainda.
         —Serei o seu dono! —Aquele sorriso macabro se instala em seu rosto. Ele gira meu pé até torcer o meu tornozelo. Solto um grito de dor. O maldito larga meu pé. Pega novamente o ferro e começa a me espancar.—Você será a minha verme!

       Recebi vários golpes.Perdi até a conta de quantas vezes minha cabeça foi nocauteada.
       Tudo está girando.Tenho uma terrível ânsia de vômito, sem contar os meus osso que estão detonados.
        Jason dá uma curta pausa. Com um pouco de dificuldade apoio meu corpo em meus braços me rastejando para trás. Ele percebe minha ação e ri com deboche.
       Ignoro e continuo me rastejando tentando sair daqui. Porém Jason pisa em  cima do meu pé machucado provocando uma dor intensa. Para a tristeza dele seguro meu grito de dor acabando com suas esperanças de me ver sofrendo em sua frente.

       —Olha só verminha, você está começando a usar a cabeça!—Debocha novamente rindo de mim.
       Apenas continuo em silêncio.Acabo ficando espantada no momento em que ele se abaixa e fica em cima de mim apoiado pelo seus braços em  cado lado me prendendo à ele.
      Novamente aquele olhar cheio de malícia se perdendo pelo meu corpo o avaliando. Engoli a seco ao ve-lo agindo dessa maneira. Calafrios percorrem a minha espinha. Ambo inclina seu rosto perto ao meu deixando apenas uma pequena distância.
       —Deixe-me possuia-la!—Antes que respondesse ele me beija. Uma parte de mim não queria isso,mas outra gritava pelo seu beijo. Sentir seu gosto doce de morte e maldade misturado com sedução. Aquilo me causava delírios. Ele separa nossos lábios lentamente.

       —Eu não te intendo,por quê fez isso?
      —Isso é apenas um jogo gatinha, aprenda a jogá-lo se não ira se machucar!
       —Quer dizer que tudo isso é apenas...
        —Shhh,apenas aprenda à jogar! É a única coisa que lhe digo!

        Permaneci  quieta, não acredito que esse idiota disse isso. Que dizer que era apenas um jogo? Maldito! Deveria suspeitar. O empurro e me levanto apoiando sobre as paredes. Procuro a merda da saída. Não quero ficar aqui mais nenhum segundo. Ignoro o meu pé torcido e subo as mesmas  escadas que desci rolando.

        —Hey,aonde é que você vai?
        —Me deixa em paz!
      —Hum, coitada, ficou ofendida!
       Nem liguei para a sua zombaria e continuei andando enquanto ele permanecia sentado no chão imóvel rindo da minha cara.  Logo a luz atravessa meus olhos fazendo eles arderem, tinha conseguido sair de lá.Uma chuva moderada caía em minha cabeça, nem havia percebido que estava chovendo. Ainda conseguia ouvir as risadas do Jason junto com suas  ordens para que voltasse.

        Andando apressada me apoio sobre os túmulos. A uma certa distância vejo o portão da saída. Nele estava o coveiro. Quando preciso ele não está aqui.
        Passo pelo portão  ignorando seus cumprimentos à mim.
        

         Eu só quero fixar minha mente em outra coisa. Está tudo bagunçado, tudo está uma total desordem. Está tudo uma completa merda,como sempre.

Amor psicopataOnde as histórias ganham vida. Descobre agora