Capítulo 20

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Victor estava embalado em um sono profundo quando ouviu longe o barulho do seu celular. Relutando em atender, ainda com os olhos fechados, tateou até achá-lo na mesinha. Não olhou no visor, apenas atendeu:

_Alô?
_Pela voz ainda devia tá dormindo né?
_O que você quer Leo?
_Esqueceu que combinamos de gravarmos hoje? Já tá todo mundo aqui. Pula dessa cama e vem logo.

Victor desligou o celular sem responder mais nada, permaneceu com os olhos fechados e quase pegando no sono novamente. O corpo quente de Priscila próximo ao seu, a mão dela repousando em seu abdômen o fazia ter mais preguiça de se levantar. Lembrou-se da gravação, que combinara com alguns da banda e prometera chegar cedo. Fez um movimento brusco, sentando na cama. 

_Tô atrasado! 

Priscila acordou assustada e também sentando. 

_O quê?
_A gravação. Combinei de estar lá às oito e meia... – Pegou o celular para olhar a hora – E já são nove!
_Calma! Corre para o banheiro que eu vou preparar seu café. Dá tempo.

Correu para o banheiro, Priscila foi até a cozinha, Geane já estava por lá. Após o banho, Victor trocou de roupa, passou a mão no cabelo, não estava com a menor paciência para penteá-lo e saiu do quarto. Aproximou-se da cozinha, ouvia risos de Priscila e Geane. Olhou para a esposa, ela estava na ponta do pé, tentando pegar algo na parte de cima do armário, sua camisola estava subindo. Aquilo estava sendo torturante para ele, quanto mais tentava se afastar mais ela lhe provocava. Priscila virou-se e percebeu que Victor estava sentado no banco próximo ao balcão, lhe olhava estranho e um pouco sério. 

Como se não bastasse, Priscila sentou no banco ao seu lado e assim como ele, fez seu desjejum. Aquela boca ele não parava de encarar, os gestos dela estavam o deixando louco. Tomou o café rapidamente, em seguida levantou-se, mas antes de sair da cozinha olhou para ela: 

_Priscila, quando você terminar seu café, vai lá no quarto. Quero ter uma conversa com você. 

Ela observou ele sair. Várias coisas passavam em sua cabeça, o que fizera de errado para ele ter usado aquele tom de voz? Olhou para Geane. 

_Sinto que estou bem encrencada.
_Até eu tive medo desse tom de voz do Victor. Boa sorte.

Terminou o café e logo foi ao quarto, ele estava saindo do banheiro. 

_O que quer falar? Eu fiz algo, Victor?

Não tinha mais como se segurar. Em passos largos Victor fechou a porta, segurando forte um dos braços dela, jogou-a contra a porta recém-fechada. Priscila olhou assustada com medo daquela ação. Sem pensar em mais nada, Victor jogou seu peso contra ela e beijou-lhe intensamente, não estava preocupado com o mundo lá fora, apenas queria fazer aquilo. Afastou os lábios, olhando cada detalhe daquele rosto assustado na sua frente, sem pensar em mais nada, jogou-a na cama para logo em seguida deitar sobre ela. 

_Victor, você está atrasado!
_Eles podem esperar.

Priscila ainda estava assustada com tamanha atitude que Victor tomara. Em seus pensamentos estava sem entender como uma pessoa tem tanto altos e baixos como aquele homem. Os lábios dele foram até o ouvido, sussurrando: 

_Já pensou que Geane pode abrir essa porta a qualquer minuto? Ou minha mãe?

Ela se assustou, empurrou-o e sentiu o rosto queimar de tamanha vergonha. 

_Você tem razão, alguém pode nos pegar no flagra.
_Priscila, eu falei isso para te deixar com mais adrenalina e ficar excitada.
_Impossível Victor, não vou conseguir pensando nisso.

Com um pouco de paciência ele beijou-lhe o pescoço, descendo mais e por cima daquela camisola que fora o motivo de tamanho devaneio deixou uma marca com uma leve sugada que deu no mamilo. Priscila ficou inquieta, ele ainda teria que lhe excitar mais para ficar a vontade, mas sabia que não dava tempo. Victor ficou de joelhos ainda em cima dela, desabotoou a calça. 

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