Otávio sorriu, estava animado com a empolgação de Priscila.
_Ótimo. Precisamos conversar melhor, com mais calma sobre os detalhes, claro que não agora porque pelo o que estou vendo daqui a pouco sairão tiros e facadas por causa do mau humor de certo alguém – olhou para Victor. – Até mais.
Priscila ainda não havia quebrado a troca de olhares com Victor. Os olhos dele demonstravam pura raiva, observando bem até pareciam tochas de fogo. Ouviram o carro do empresário ir embora e foi ali que ele aproveitou:
_ESTÁ SATISFEITA?!
_Primeiramente, não grita. Não pense que sou suas vadias que pode fazer o que bem quer. Exijo respeito!
_Respeito vindo de uma pessoa que sequer teve o mesmo por mim – sentou-se.
_Só porque não pedi sua opinião sobre esse contrato? Pasmem Victor – rolou os olhos.
_Antes fosse isso! – Alterou a voz – Pensa que não estou engasgado com a história do cartão de crédito?
_Você achou que pra ficar lindinha e sendo sua boneca eu gastaria o pouco que tenho? Você é muito inocente, rapaz.
Priscila era a pior mulher que ele já havia visto. Não se calava e falava o que pensava, até machucava. Sua copia em uma versão feminina._Não vou ficar batendo de frente com você... – Levantou-se indo em passos largos, parando na metade. – Saiba que se você quer entrar nessa de contrato, ok, depois não venha chorando e pedindo para sair. Sou pior do que pensa.
Bateu a porta com tanta força que Priscila sobressaltou assustada. Estava tremendo da cabeça aos pés. Ao concordar com o contrato sabia que estava assinando sua sentença de morte, afinal, discussões como aquelas seriam o que mais aconteceria durante aquele ano juntos. Teria que criar forças, se preparar para o que estaria prestes a acontecer, não seria fácil. Victor era um adversário muito forte no jogo, não queria aquele contrato e faria de tudo para derrubá-la.
"Antes que me derrube, eu te vou te domar, Victor. Tenho um ano inteiro pela frente."
Iria fazer de tudo para amansar a fera, sabia como conquistá-lo e se é que já não havia feito isso.
Passou o dia inteiro trancada no quarto, não queria cruzar com ele pela fazenda e ouvir mais palavras que com certeza teria que responder à altura. Já estava pegando no sono, o livro já estava na metade quando ele abriu a porta bruscamente e em passos largos se aproximou dela:
_Faça suas malas, amanhã te levo de volta pra casa dos seus pais.
E saiu sem deixar mais nada. Priscila ficou boquiaberta por alguns minutos. Achou que aquela raiva de Victor passaria, mas não, ele continuava sem querer olhar para ela. Chegou a sorrir enquanto olhava para um canto do quarto, então ele sentia raiva e não a suportava? Mal sabia que isso só iria piorar. Dormiu cedo e logo pela manhã já estava pronta, esperando ele acordar para decidir qual hora iriam sair.
Victor passou boa parte do dia cavalgando, tentando de todas as maneiras esquecer aquele assunto e Priscila, a pessoa que não o estava deixando dormir. Naquele momento estava bolando um bom plano, teria que fazê-la sofrer conforme avisou na sala. Em certo momento, parado e deitado na grama, se pegou sorrindo ao saber que iria ajudá-la já que ela havia sido demitida por sua causa. Indiretamente estaria ajudando-a. Pela noite ainda pensou em chamá-la para sair, jantar em um restaurante, mas bastou Otávio lhe mandar uma mensagem para lembrar-se daquele maldito plano. Entrou como um furacão pelo quarto dela, informando que iria levá-la no dia seguinte para casa.
A noite mal conseguiu dormir, quando finalmente o sono veio ouviu barulhos na casa e já imaginando que era Priscila. Levantou-se e foi tomar uma ducha para despertar. Achou-a na sala, mais uma vez estava de mau humor e aproveitando o momento para tratá-la mal:
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Nosso Destino Traçado [Completo]
FanfictionVictor, um dos cantores mais charmosos e no auge da sua fama era um homem prepotente, frio e calculista que sempre achou estar por cima de tudo e de todos, mas teve um choque de realidade ao ver tudo ao seu redor desmoronar e como se não bastasse, a...