Capítulo 53

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_Renata com certeza já tem lugar para passar o natal. Será na casa do namorado, mãe.
_Ah não diga que já está namorando? – Marisa olhou um pouco triste para ela.
_Victor! – Renata o repreendeu com um riso abafado – Não estou namorando.
_Ué, não me disse a ultima vez que estava apaixonada?
_Ainda estamos nos conhecendo – baixou o rosto. Voltando a erguê-los novamente – Desculpe Dona Marisa.
_Imagina. – Ela olhou para os dois, em seguida, para Leo que estava quieto ouvindo e vendo a conversa – Bom, vamos deixar vocês em paz. Venha Leo, Tatianna está lá fora.

Victor sentiu uma aflição tomar seu corpo, seu rosto ganhar uma tonalidade vermelha pela vergonha que a mãe o fizera passar. Limpou a garganta com um pigarro para falar: 

_Desculpe, minha mãe às vezes passa do limite...
_Tudo bem Victor. – Fez um sorriso encantador – Adoro esse jeito espontâneo que ela tem.
_Bom, mas caso queira mesmo ir passar o natal conosco, seria uma honra.
_Obrigada. Irei ver se conseguirei ir. Quem sabe não é dessa vez que conheço a Priscila pessoalmente.

Falar na esposa fazia Victor abrir um sorriso largo. A saudade já começava a bater. 

_Você vai gostar dela.
_As opiniões são divididas. Alguns enaltecem a Priscila com elogios, enquanto outros deixam nas entrelinhas que não estão satisfeitos com ela, mas somente eu posso fazer uma análise mais profunda.
_Por favor, não banque a psicóloga.

Riram juntos por alguns segundos. Adorava o sorriso dela, o jeito tímido quando baixava a cabeça. Lembrou-se de Priscila. 

Continuaram conversando sobre outros assuntos, assim foram saindo. Victor já estava cansado, mas ter alguns minutos de conversa com Renata era prazeroso. Ela tinha uma inteligência perfeita, falavam quase a mesma língua e até as piadas eram quase iguais. Acharam Marisa e Paula conversando com Leo e Tatianna. 

_Está de carro Renata?
_Não, Dona Marisa. Peguei carona com uma amiga – olhou no pulso o relógio –, mas acho que ela já foi.
_Victor, dê carona a moça.

Com um olhar, Victor repreendeu a mãe. Até onde iria suportar vê-la jogar a amiga nos braços dele? 

_Imagina – Renata contestou. – Eu posso pegar um táxi.
_Não Renata. Vamos, eu te deixo em casa. – Deu um beijo no rosto de Marisa – Tchau mãe.
_Tchau querido. E leve a Renata em casa mesmo. – Sorriu

Renata despediu-se de todos e entrou no veículo, Victor entrou em seguida. Na saída ainda atendeu algumas fãs bem rápido e seguiu. Durante o trajeto quase não se falavam, talvez por a moça estar tímida ao saber que o segurança dele e o motorista estavam ali. Pararam de frente para o edifício onde ela morava. 

_Juro que não precisava de carona.
_Imagina, eu não iria te deixar voltar pra casa de táxi.

Trocaram olhares com sorrisos. A luz do poste daquela rua iluminava o rosto dela, uma silhueta perfeita. "Ah Renata, se você tivesse aparecido antes..." Pensou. 

_Vou tentar ir amanhã, mas acho praticamente impossível
_Se não tiver como ir de carro me avise, mando o motorista vir te buscar.
_Obrigada, mais uma vez. – Sorriu. – Nos vemos em breve. – Abriu a porta, antes de sair olhou para ele – Foi um prazer revê-lo, querido.
_Igualmente. Abraços.

A porta se fechou e o carro voltou a ganhar velocidade. Victor pensava em tudo o que estava acontecendo em sua vida. O passado voltando, o presente tão firme em sua vida que ele podia planejar um futuro. Na época em que precisou de uma mulher para assinar o contrato e viverem por um ano Renata estava fora do país, especializando-se na área que dedicou sua vida estudando e sendo assim, passaram alguns meses sem manter contato. Ela era uma doce mulher, seu perfume o deixava inebriado, mas era no de Priscila que ele se jogava naquele precipício do amor, da paixão. 

Nosso Destino Traçado [Completo]Hikayelerin yaşadığı yer. Şimdi keşfedin