Capitulo Vinte e Um

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Lindsay


Eu estou aqui, nervosa pra caralho para conhecer o avô do Gabriel. Primeiro, porque eu tenho magoa dele, por tudo que fez ao Gabe, segundo, porque eu sei que ele está morrendo e isso deixa seu neto triste e terceiro, eu tenho medo dele não gostar de mim, afinal é o único parente dele vivo, merda.
Nós acabamos de entrar no quarto e o corpo grande do Gabe me cobre por inteira, ele me puxa para a frente do seu corpo para que eu possa vê-lo, assim que coloco meus olhos nele, meu coração se quebra em mil pedacinhos. Lá está um homem que deve ter sido muito bonito no passado, porém, hoje está muito debilitado em cima dessa cama. Eu não preciso ser medica para perceber que ele perdeu peso, cabelo e outras coisas. Nós nos aproximamos dele, eu percebo que está dormindo, sereno, o Gabriel é muito parecido com ele e antes que eu perceba lágrimas escorem pelo meu rosto, eu limpo rápido para que o Gabe não veja.
- Vô? Ele chama e o homem abre seus olhos, meio aturdido.
- Oi meu filho. Ele sorri para o Gabe, eles são muito parecidos mesmo, me pego sorrindo também.
- Como está se sentindo hoje? Ele ajuda seu avô a se sentar.
- Um pouco enjoado, mas estou bem. De repente ele percebe minha presença. - Quem é esta linda moça? Seu sorriso aumenta e eu estou derretida por este senhor.
- Esta é Lindsay, minha namorada.
- Olá querida, aproxime-se. Eu vou até ele, que pega minha mão e deposita um beijo terno.
- Oi. Ele ainda é muito bonito.
- Ela é uma boneca. Pisca para o Gabriel que sorri, eu devo estar vermelha como um pimentão, minhas bochechas estão pegando fogo.
- Ela é perfeita.
- Gabe! Ele sorri e me da um selinho. Droga, eu fiquei mais vermelha.
- Não esquenta amor, meu avô sabe o que é um beijo. Ele fala baixinho para que somente eu ouça. Idiota.
- Então me conte Lindsay, como fez para fisgar meu neto? O quê? Mil vezes merda.
- Eu não fiz nada.
- Eu acredito, você não precisaria fazer muito mesmo. Ele pisca e sorri para mim, igualzinho o Gabe faz.
- Vocês se parecem. As palavras saem antes mesmo que eu possa impedi-las.
- Todos dizem isso. O Gabriel fala orgulhoso, fico feliz em saber que ele perdoou o avô, isso só mostra o quanto seu coração é enorme, ele é muito melhor do que eu.
Eles começam a falar de negócios e eu fico lá sentada, ouvindo, sem entender nada, mas ver a interação entre eles me agrada muito. Seu avô apesar da aparência debilitada, parece estar lidando muito bem com tudo que está passando. É muito triste saber que alguém que você ama se vai em pouquíssimo tempo. Não que todos nós não possamos ir a qualquer momento, mas com data marcada, me parece mais doloroso. Gabriel e eu saímos do hospital ao cair da noite, eu devo admitir, passar um tempo com eles foi incrível, depois que pararam de falar de negócios, relembraram como foi à infância do Gabriel, como ele era arteiro quando criança. Nós rimos muito, é uma pena eles não terem convivido mais, algumas decisões podem afetar mais do que gostaríamos, a do seu avô, prejudicou a ambos. O Gabe e eu seguimos para sua casa, eu quero muito dar um abraço na Bah, ela é muito querida por ele e agora por mim, ela cuidou dele com muito carinho e isso só me faz admira-la.
- Lee? Acordo um tanto perdida, eu acabei adormecendo no trajeto até a casa do Gabe.
- Acho que eu estou cansada. Ele sorri de lado.
- Eu também acho, veio babando a maior parte do tempo.
- Ei, eu não babo. Faço cara de ofendida.
- Não mesmo amor. Ele vem e deposita um beijo nos meus lábios. - Só aqui no cantinho.
- Idiota. Abro a porta e saio do carro e ele sorri.
- Eu estou brincando amor. Ele vem atrás de mim.
- Nem vêm Gabe. Ele segura meu braço antes que eu passe pela a porta adentro, ele me encosta na parede e me prende com seu corpo.
- Ei princesa, não fique brava. Ele beija meu pescoço e eu me derreto nos seus braços, eu não estou brava de verdade.
- Você não foi nada cavalheiro. Ele sorri e me beija.
- Desculpe.
- Vou pensar se você merece. Sorrio de forma maléfica e saio por baixo do seu braço e entre em casa, ele me alcança e me abraça por trás.
- Diaba. Ele sussurra no meu ouvido
- Boa noite. Ela sorri, mas não atinge seus olhos.
- Boa noite Bah. Ele fala sorrindo e não me solta, sinto sua ereção no meu traseiro.
- Oi Bah. Saio do seu abraço e vou até ela. - Como está? Digo a abraçando, ela retribui meu abraço de forma carinhosa.
- Eu vou ficar bem querida, obrigada por perguntar. O Gabe está tentando esconder sua ereção e eu estou me segurando para não rir, afinal, a Bah acabou de perder a irmã, isso não seria nada educado da minha parte.
- Tenho certeza que sim. Pisco para ela e sigo para o quarto, escuto o Gabriel falar algo com ela e seguir para o quarto ao meu encontro.
- Você é uma diaba mesmo.
- Por quê? Pergunto fingindo inocência, ele se aproxima mais de mim e dou alguns passos para trás, mas logo ele me alcança.
- Você me deixou na sala com a Bah e uma puta ereção?
- Eu não sabia. Coloco minha mão na boca fingindo espanto.
- Ah Lindsay, o que eu faço com você? Ele semicerra os olhos e me encara.
- O que você pretende fazer? Pergunto fingindo espanto e começo a rir, ele fecha a cara, eu adoro quando ele faz isso, transparece imponência, me excita.
- Tenho algumas coisas em mente. Ele me aperta e roça sua ereção na minha pélvis.
- Estou ansiosa para isso.
- Antes, vamos tomar banho e jantar, a Bah preparou algo para nós e eu tenho certeza que você vai adorar.
- Não podemos brincar nem um pouquinho? Pergunto passando minhas unhas nas suas costas.
- Não me tente. Ele morde meu ombro e um gemido me escapa.
- Ah...
- Vem minha diabinha.
O Gabe não estava brincando quando disse que não iriamos fazer amor, ele me torturou no banho e não me deixou ter um único orgasmo, filho da puta. Eu saio do banho um tanto frustrada, mas nada que ele não resolva mais tarde. Nós nos trocamos e vamos até a cozinha para jantarmos, afinal a Bah merece toda a atenção do mundo. Ao adentrar a sala de jantar noto que a mesa está bem posta, não que me importe com essas coisas, mas está parecendo um jantar oferecido por minha mãe, eu faço careta ao lembrar quão sofisticada ela pode ser.
- O que houve, não gostou? Ele pergunta ao notar minha cara de desagrado.
- Adorei amor, estava lembrando da minha mãe, essa seria uma mesa que ela aprovaria.
- Ah... e como vocês estão? Ele pergunta sentando-se.
- Estamos bem, ela disse que vai respeitar minhas escolhas, que não se intrometerá em minha vida novamente, vamos ver se cumprirá sua promessa.
- Você acha que ela gostaria de mim? Ele esta falando sério?
- Amor, ela te adoraria.
- Por que você acha isso?
- Primeiro, porque você é rico e para ela isso conta muito, segundo, você é incrivelmente lindo e me faz feliz e terceiro, você é conhecido na sociedade Nova-iorquina.
- Uau.
- Se com esse uau você quis dizer "nossa, como sua mãe é fútil", então você acertou em cheio.
- Amor, eu não quis ser grosseiro.
- Você não foi, ela é realmente a futilidade em pessoa, nunca gostei das atitudes da minha mãe, ela sempre quis me casar com um rapaz da alta sociedade da Filadélfia, eu até tentei namora-lo, mas não deu certo, naquela época eu queria desesperadamente agradá-la.
- Então quer dizer que além daquele idiota do baile, ainda tem outro ex.? Ele se levanta e vem até mim.
- Ele não foi um ex, na verdade nós saímos algumas vezes, foi quando o Daniel notou minha presença na escola, que o Isaac perdeu totalmente a graça, ele não teve a menor chance. Ele parece não gostar muito da minha confissão. - Ei, ele é passado.
- Eu sei, vamos comer antes que esfrie. Ele me dá um selinho e senta-se novamente.
O Gabriel não gostou de algo que eu disse, ele sabe que o Daniel é passado, eu nunca deixaria o que temos por nada. Ele nos serviu carne assada e salada verde, que por sinal está uma delicia, comemos em completo silencio. Por mais que eu tente puxar assuntos com ele, ele sempre me responde com monossílabas, enfim, eu deixei para lá, afinal, não disse nada demais, eu acho. Depois de tirar a mesa e colocar a louça na pia, vamos para o seu quarto, ele ainda está calado e isso está me incomodando muito.
- Então, você vai me falar o que está te afligindo tanto?
- Não é nada. Ele fala sentando-se em sua cama.
- Se não fosse nada você não estaria me tratando assim, com essa indiferença. Falo cruzando os braços na altura dos seios.
- Desculpe amor, é só meu ciúme falando mais alto, não gosto de lembrar que você esteve nos braços daquele bastardo.
- Você não pode estar falando sério? Ele me olha surpreso.
- Por que não?
- Quer mesmo falar de quantas mulheres já passaram por sua cama?
- Não se trata disso Lee.
- Eu posso saber do que se trata então?
- Eu nunca senti nada além de atração física por essas mulheres, mas você teve sentimentos reais por ele. Ah... então é disse que se trata.
- Gabe, você sabe realmente o quanto eu te amo? Questiono.
- Sim, eu sei. Ele parece confuso aonde eu quero chegar.
- Mas não é o que parece, se soubesse mesmo a importância que tem na minha vida, não estaria com ciúme de alguém que já não faz parte dela há muito tempo. Ele me olha com amor e isso enche meu coração, meu estomago parece ter mil borboletas se debatendo para sair. Eu o amo tanto que chega a doer, isso me deixa muito assustada.
- Desculpe. Ele se levanta e vem até mim, enlaça minha cintura e me beija com como se sua vida dependesse disso. Depois de quase ter acarando minha alma pela boca, ele desgruda nossos lábios a procurar de ar. - Você é perfeita.
- Não amor, eu não sou, tenho até medo quando você descobrir isso. Ele sorri com sua testa colada na minha.
- Você é perfeita para mim, Lindsay Williams.
- E você para mim Gabriel Clark.
Sua mão esquerda sobe até meus cabelos e o segura com força, forçando eu ficar imóvel, sua boca vem de encontro a minha mais uma vez, mas desta vez com carinho e delicadeza. Vindo do Gabe, isso é raro, o homem está sempre com fome. Eu passo minhas mãos por dentro de sua camisa e arranho suas costas, ele geme em minha boca e aperta os cabelos da minha nuca, dói um pouco e me excita ao mesmo tempo, tudo neste homem me deixa a beira de uma combustão. Ele tira sua camisa e na sequencia a minha, eu como sempre não uso nada por baixo, ele sorri satisfeito.
- Tão linda, minha diaba.
Seu olhar parece queimar cada parte do meu corpo, ele me olha com tanto desejo que fico envergonhada, minhas bochechas queimam e ele parece gostar do efeito que tem sobre mim. Ele retira sua bermuda e cueca desfilando até mim com sua altivez. Quando seu corpo está bem próximo ao meu, eu coloco minhas mãos em seu peito e olho em seus olhos, estão negros como à noite e tem o brilho de uma estrela, ele sorri e ilumina tudo a sua volta. Ele segura meu traseiro e me encaixa em sua cintura, cruzo minha pernas ao seu redor, ele caminha até a cama e me deposita lá com tanto cuidado que parece que sou feita de porcelana. Com ele ainda no meio das minhas pernas ele acaricia meus seios e belisca, enquanto saqueia minha boca sem delicadeza alguma, um gemido me escapa, ele abandona minha boca e toma meu seio direito com força, eu me contorço embaixo dele e ele continua com sua tortura, passa sua língua pelo mamilo e morde o bico já sensível, passa para o seio esquerdo e faz a mesma coisa, me deixando completamente molhada, suas mãos passeiam pelo meu corpo e sua mão se infiltra no meio das minhas pernas alcançando minha entrada necessitada por seu toque. Ele me olha assim que constata quão eu estou excitada e muito ansiosa por tê-lo dentro de mim.
- Sempre tão pronta minha safada.
Ele deposita beijos por todo meu corpo e para no meio das minhas pernas, leva seus dedos para minha entrada e começa a brincar com meu clitóris, me arrancando gemidos. Eu não consigo ficar no lugar, então ele da uma palmada forte em meu traseiro e me segura com suas mãos, ele inala meu cheiro e eu sinto sua língua deslizar de leve por meus lábios, provocando-me sem tocar onde eu mais necessito, ele continua me torturando até que sua língua passa por meu clitóris, um gemido alto me escapa, ele chupa meu pontinho com fome, coloca dois dedos dentro de mim e continua me chupando, meu orgasmo se aproxima e ele para, começa suas investidas novamente e quando sente que vou gozar ele para.
- Gabe... Choramingo.
- O que você quer diabinha? O filho da puta gosta de me ver implorando.
- Eu quero gozar, Gabriel.
Ele sorri e continua a me torturar, enfia sua língua na minha vagina e começa a me foder assim, seus dedos fazem movimentos circulares no meu pontinho, enquanto ele me fode com a língua até que eu gozo na sua boca e ele me toma pra si, me deixando completamente mole na cama, sem reação alguma. Isso foi muito erótico, nunca havia feito nada parecido, parece que cada orgasmo que me foi negado, veio com este que acabei de ter, estou sem palavras para descrever o que estou sentindo no momento. Satisfeito com minha reação ele se posiciona no meio das minhas pernas e me penetra sem aviso prévio, me preenchendo por completo. Outro gemido escapa dos seus lábios, ele fecha os olhos e se movimenta devagar, entrando em mim com estocadas fortes, me sacudindo inteira e saindo de devagar, quando finalmente seus olhos encontram os meus, estão em chamas, me mostrando que ele está sentindo naquele momento, me deixando ainda mais extasiada. De repente ele se retira de mim e vai até uma cômoda no canto do quarto e pega um frasco branco.
- Fica de quatro. Ele me pede com aquela voz rouca que não me permite dizer não a ele.
- O que você vai fazer? Pergunto alarmada, ele sorri e vem para traz de mim.
- Hoje eu vou foder esse seu cuzinho gostoso. Meu ar falta nesse momento, mas antes mesmo que eu pudesse pensar em responder, ele joga o liquido do frasco no meu traseiro e começa a massageá-lo. Força seu polegar no meu buraco nunca explorado e faz movimentos circulares.
- Ah... A sensação é diferente, mas é boa.
- Relaxa gostosa, senão vou te machucar.
Ele espalma sua mão na minha coluna e continua sua investida com a outra. Eu tento relaxar como ele me pedi e seu dedo me invadi, no momento só estou sentindo uma pressão diferente, ele retira o dedo e coloca o indicador, depois o dedo do meio, ele gira seus dedos dentro de mim me alargando para receber seu pau, no meu buraquinho que é tão apertado. Eu estou gostando da sensação apesar de estar com medo, porque vamos combinar minha gente, uma coisa são dois dedos, outra bem diferente é o pau do Gabe que não tem nada de pequeno ou fino. Ele retira os dedos e joga um pouco mais de óleo em mim, lambuza toda extensão do seu pau com o liquido e força minha entrada, sinto sua cabeça entrar e uma fisgada.
- Relaxa Lee.
Faço o que ele me pede e seu pau está me alargando a cada milímetro em que entra em mim, sua mão vai para o um clitóris, na tentativa de desviar minha atenção. Ele me invade por inteiro, seu pau passa come se tivesse me rasgando, eu sinto meu canal arder, ele espera um pouco até eu me acostumar, quando me sinto a vontade, eu começo a me mexer para que ele faça o mesmo. Assim ele faz, começa suas investidas devagar, no começo é incomodo, mas logo me acostumo, começo a rebolar no seu pau e ele solta alguns palavrões, seus movimentos aumentam como eu queria, ele aumenta também a pressão no meu pontinho, me deixando completamente louca, não demora muito para que eu goze gritando seu nome. Ele me fode com mais força e goza logo em seguida, caindo por cima de mim, tirando todo meu ar, ele sai de dentro de mim.
- Eu te machuquei? Pergunta preocupado.
- De jeito nenhum, isso foi bem intenso.
- Foi mesmo. Ele sorri daquele jeito avassalador e me beija.
- Eu realmente preciso de um banho.
- Vem princesa, eu vou te dar banho. Ele levanta e estende a mão para mim.
- Proposta irrecusável. Pego sua mão e me levanto com um pouco de dificuldade.
- Você está mesmo bem? Ele questiona quando vê minha careta.
- Estou, só um pouco dolorida. Ele sorri.
- Amanhã quando você sentar vai lembrar-se de mim. Semicerro os olhos para ele.
- Não preciso disso para lembrar-me de você.
Ele me abraça por traz e seguimos para o banheiro, ele liga o chuveiro e me leva junto com ele para o boxe, deixando a água cair por nossos corpos, ele pega a esponja, coloca sabonete liquido e começa a me lavar com delicadeza, causando-me arrepios. De banho tomado, visto sua camiseta e me deito na cama de frente para ele, ficamos nos olhando até que eu adormeço. Acordo com o Gabriel gritando meu nome, correndo para o banheiro, limpo meus olhos e tento me acostumar com a claridade, não estou entendendo nada, fico sentada olhando para o nada e o Gabe aparece na porta e grita.
- Levanta mulher, estamos atrasados.
Ele volta para o banheiro e ouço o chuveiro sendo ligado, pego meu celular e olho as horas, arregalo os olhos a ponto da dor, é oito horas, puta que pariu. Eu me levanto e corro para o banheiro e me junto a ele no banho, diferente de todos que já tomamos, sem provocações, sem caricias, só banho e bem rápido. Nós saímos da casa do Gabe já se passavam das oito e meia, droga, todos esses meses eu nunca tinha chegado atrasada no trabalho, o Gabriel me deixa em frente à revista e segue para o escritório.
- Lee, o que houve? Pergunta a Julie.
- Dormi demais. Ela sorri e eu vou correndo para minha mesa.
- Bom dia Senhorita Williams. Faço uma careta ao ouvi-lo me chamar pelo sobrenome.
- Bom dia Henrique. Ele agi indiferente a mim, achei que iria brigar comigo, afinal é meu chefe. - Desculpe pelo atraso.
- Tudo bem, isso acontece.
Eu me sento sem entender nada, mas também não questiono. Começo a trabalhar em meu projeto, meu prazo final é até amanhã, ele será utilizado na segunda-feira e está incrível, nunca fiquei tão satisfeita com um trabalho. Hoje não saí para almoçar, eu quero compensar a minha hora de atraso, a Julie fez questão de almoçar comigo na copa, pedimos comida chinesa, logo em seguida retomo meu trabalho, perto do horário de ir para casa, ouço meu celular tocar e um rosto muito familiar aparecer no visor, sorrio e atendo.
- Oi grandão.
- Ei pequena, atrapalho?
- Você nunca atrapalha querido. Ele sorri.
- Então... Eu posso vê-lo coçando a nuca sem saber como me pedir o que quer.
- Ei Big, sem essa comigo.
- Ok.
- Fala, o que você precisa?
- Lembra que você e a Valente disseram que poderiam ficar um dia lá no bar para mim?
- Claro e ainda está de pé.
- Pode ser amanhã? Penso um pouco e não me vem nenhum compromisso para amanhã à noite.
- Por mim, fechado, vou falar com as meninas, a que horas é para estarmos ai?
- Pode ser às oito?
- Às oito eu estarei aí grandão.
- Você é a melhor pequena.
- Você que é Tate. Ele sorri encabulado, como pode um homem deste tamanho ficar constrangido com um elogio.
- Tchau pequena, te vejo amanhã.
- Até Big.
Depois de encerrar a ligação eu finalizo o que estava fazendo, arrumo minhas coisas, são seis horas, eu já paguei por meu atraso. Passo por varias mesas vazias, afinal, o horário de expediente já acabou, ainda tem algumas pessoas, a Julie não é uma delas, a recepção está vazia. Aperto o botão para chamar o elevador, ele chega ao meu andar e se abre, quando eu ia entrar, uma mão segura meu braço me impedindo.
- Lindsay.
- De novo não Henrique. Falo sem paciência, o que ele acha que está fazendo?
- Ei, eu vim na paz, só quero conversar com você um pouco, pode ser? Ele solta meu braço e ergue os seus em sinal de rendição.
- Aqui não é lugar para isso.
- Eu sei, nós podemos ir ao café aqui na esquina.
- Eu não sei se é uma boa ideia. Ele coloca suas mãos nos bolsos das calças.
- Por favor, Lee? Algo me diz para eu não ir, mas ele parece tão mal que acabo aceitando.
- Tudo bem Henrique, mas será somente um café.
- É tudo que eu quero, um café. Entramos no elevador e seguimos para a cafeteria da esquina, sentamos e fazemos nossos pedidos, depois que a garçonete sai mais do que afetada pela beleza do homem a minha frente, ele enfim fala.
- Eu pedi transferência.
- O quê? Fico chocada.
- Isso mesmo que você ouviu, só trabalharei nessa sede até semana que vem.
- Por que você fez isso?
- Você realmente não sabe? Nessa hora a ficha cai, droga, é por minha causa.
- Desculpe Rick, eu não queria que as coisas acabassem assim.
- Eu sei Lee, mas eu preciso de um tempo e eu terei esse tempo na Califórnia.
- Dou outro lado do país? Pergunto incrédula.
- Exatamente, eles estão abrindo uma nova sede lá e como eu já conheço tudo sobre a revista, eles me fizeram uma proposta de transferência, na verdade eu ia sair da empresa, tinha feito minha carta de demissão e tudo, mas no fim eu acabei aceitando a proposta deles.
- Eu não sei o que te dizer Henrique.
- Não diga nada Lee, eu só queria te dizer que você é uma mulher espetacular em todos os sentidos, se um dia precisar de mim, saiba que estarei sempre aqui por você, ok?
- Ok. Nosso café é servido e a garçonete esta com os peitos quase pulando na cara do Henrique, ele não deu uma olhada sequer para a pobre moça. - Ela gostou de você. Digo assim que ela sai.
- Paciência, nem tudo é como queremos. Engulo em seco, eu poderia ter ficado de boca calada não é? Meu celular toca e vejo que é o Gabe, ignoro a ligação, falo com ele depois.
- Eu sei. Falo meio sem graça.
Ficamos mais uns minutos conversando e seguimos cada um seu caminho, ele me oferece carona, mas eu não aceito. Assim que eu saio da cafeteria por um milagre de Deus consigo um taxi, passo o endereço ao motorista e me encosto ao acento, fico pensando em tudo que conversei com o Henrique, como ele está mudando sua vida por minha causa, droga, eu não queria nada disso, meu celular toca me assustando.
- Alô.
- Lee, onde você está? Ele esbraveja, o que eu fiz?
- Oi para você também. Falo revirando os olhos.
- Onde você está? Por que ele parece nervoso?
- Estou em um taxi indo para casa, posso saber o por que do interrogatório?
- Eu te liguei mais de cinco vezes e você não me atendeu, eu fiquei preocupado.
- Desculpe, eu não pude te atender.
- Eu posso saber por quê?
- Eu não quero falar sobre isso por telefone.
- Então vem para minha casa.
- Não. Ouço sua respiração pesada, acho que ele está furioso.
- Lindsay, por que você não quer vir para cá? Ele pergunta tentando demostrar uma calma que não me convence.
- Porque eu dormir na sua casa ontem.
- Ok.
Ele desliga o telefone na minha cara, fico encarando o aparelho sem entender nada, foda-se. Vinte minutos depois o taxista para o carro em frente ao meu prédio, pago a corrida e sigo para o elevador, cumprimento seu Rodrigues que sorri para mim, sempre muito simpático, entro no elevador e espero parar no meu andar. Desço procurando as chaves na minha bolsa, que como sempre está uma bagunça, enfim as encontro e entro em casa, a Isa está na mesa de jantar com um monte de papeis espalhados, está tão concentrada que nem percebe minha presença.
- Ei. Ela ergue seu olhar e sorri.
- Oi, estou tão concentrada assim que nem te vi entrar?
- Com toda certeza. Vou até ela e beijo sua cabeça.
- Esse caso está me deixando maluca. Ela faz careta. - Você se lembra daquela moça que foi estuprada na festa de uma das fraternidades da universidade de Nova York.
- Sim.
- Então, o caso dela veio parar em minhas mãos e para piorar, o Gabriel seria o advogado de defesa do acusado.
- Seria?
- Ele se recusou a defende-lo, deve ter descoberto que o cretino é culpado.
- Uau, isso é muito pesado.
- Nem me fala, a moça faz terapia três vezes por semana, você imagina como a cabeça dela está? - Eu não gosto nem de pensar pelo o que ela passou.
- Nem eu, por que existem pessoas assim, cruéis?
- Quem é que sabe minha amiga, eu sei que vou fazer de tudo para esse desgraçado pagar.
- Eu não tenho duvidas quanto a isso. O Interfone toca e eu o atendo.
- Oi seu Rodrigues.
- Senhorita Williams, o senhor Clark está aqui para vê-la. O que o Gabe está fazendo aqui?
- Pode deixar subir.
- Ok. Por que ele não subiu direto?
- Quem é?
- Gabriel.
- Está tudo bem?
- Vamos ver né. E lá se vai minha academia, penso comigo.
- Vocês brigaram?
- Não, ele que me ligou e ficou furioso, o porque eu não atendi. A campainha toca antes mesmo que a Isa diga algo, vou até a porta e abro.
- Oi.
- Oi. Ele não parece bem.
- Entra. Ele passa por mim e cumprimenta a Isa.
- Oi Isabella.
- Olá Gabriel. Ele olha pra mim.
- Podemos conversar?
- Claro. Passo pela Isa e ela fica sem entender nada, na verdade nem eu estou entendendo, entramos em meu quarto e eu fecho a porta.
- O que está acontecendo Lee? Eu realmente não entendi sua pergunta.
- Não entendi.
- Por que você não me atendeu quando te liguei das primeiras vezes?
- Porque eu estava ocupada.
- Com o que, ou com quem? Aonde ele quer chegar com isso?
- Eu estava conversando com o Henrique. Agora ele realmente está furioso, merda.
- Me fala que está brincando?
- Não Gabriel, eu não estou brincando, ele pediu para conversar comigo e eu fui.
- O que aquele bastardo queria com você? Eu respiro fundo para não mandar ele a merda.
- Ele queria me comunicar que está indo embora da cidade. Ele parece aliviado.
- Ótimo. Ele vem até mim como um furacão e saqueia minha boca. Depois de nós dois estarmos sem ar ele finalmente me solta.
- O que é isso Gabriel, ciúme? Ele encosta sua na testa na minha.
- Eu realmente estava preocupado, nós não nos falamos o dia inteiro, quando eu te liguei e você não atendeu, eu liguei na revista e nada, o que você queria?
- Desculpe, não queria deixa-lo aflito.
- E para piorar meu humor, você estava com aquele imbecil. Ele altera um pouco a voz.
- Vai com calma Gabe, o Henrique é um cara legal, ele só se apaixonou pela pessoa errada.
- Exatamente, porque você é minha. Ele coloca sua mão direita na minha nuca e me beija.
- Sua. Gemo em sua boca, ele encosta seu corpo no meu.
- Está vendo como você me deixa? Ele se esfrega em mim.
- Um hum. Desço minha mão até seu pau e aperto de leve, ele geme e segura minha mão.
- Diaba.
- Gostoso.
Eu me afasto dele e começo a tirar minha roupa bem devagar, ele fica me admirando de longe, da um passo em minha direção e eu o interrompo com a mão, ele para e sorri para mim, tiro minhas sandálias e calça. Ele encosta-se a cômoda e cruza os braços, me olha e passa a língua por seus lábios, esse simples gesto me deixa molhada, junto minhas pernas e ele alarga seu sorriso, sabe exatamente o efeito que tem sobre mim. Eu tiro meu suéter e camisa, tudo parece estar em câmera lenta, o Gabe tira seu sapato, mas sem desencostar da cômoda, eu estou somente de calcinha e sutiã, enquanto ele está apenas descalço.
- Vem aqui amor.
Eu tiro meu sutiã eu vou em sua direção, eu me aproximo dele e acaricio seu rosto, ele fecha os olhos para apreciar meu toque, tiro seu paletó e camisa, aliso seu peito e deixo beijos por todo seu abdômen, me ajoelho em sua frente e desabotoou sua calça, tiro seu pau para fora sem nem mesmo me dar o trabalho desce-las, olho para seu membro, lindo, cheio de veias, com a cabeça bem rosinha, minha boca saliva para sentir seu gosto. Com a mão direita seguro seu pau e levo até minha boca, primeiro passo a língua na cabecinha, Gabe segura meu cabelo e geme, eu passo minha língua por toda sua extensão e então enfio tudo que posso na boca, no começo chupo devagar e o masturbo com a mão, depois eu o chupo com força, o seu pau engrossa na minha boca e sua respiração fica pesada, ele está próximo de atingir seu orgasmo, então eu aumento a pressão, logo ele goza segurando meus cabelos e falando alguns palavrões. Depois de limpa-lo com minha língua, ele me puxa para seus braços e me beija, sempre de forma desesperada, como se quisesse me marcar com seu beijo. Suas mãos estão por todo meu corpo, me causando arrepios, sua boca abandona a minha, ele segura meu cabelo pela nuca e expõe meu pescoço para que ele tenha melhor acesso para me morder, chupar, lamber e me deixar completamente louca, minha calcinha está completamente encharcada.
- Você. É. Gostosa. Pra. Caralho. Cada palavra proferida por ele é seguida de um beijo em meu pescoço.
Ele leva suas mãos para os meus seios e os aperta com um pouco de força, me arrancando alguns gemidos, sua boca suga meu mamilo me fazendo contorcer, ele tira minha calcinha, me pega no colo pelo bumbum e me deposita na cama, ele tira sua calça, cueca e vem até mim, pega meu pé esquerdo e deixa rastros de beijos até meu joelho, faz o mesmo com o outro, se enfia nos meio das minhas pernas e beija o lado de dentro de cada coxa, deixando-as vermelhas, passa sua língua próxima a minha entrada. Meu corpo todo estremece, eu posso sentir seu sorriso, ele continua suas investidas até alcançar meu pontinho necessitado por seu toque, eu solto um gemido alto, sem nem me importar se uma das meninas vai ouvir, afinal duas delas não estão aqui mesmo. Ele me chupa, lambe, morde, enfia sua língua dentro de mim e volta a torturar meu pontinho, belisca meus seios e meu orgasmo se aproxima, ele aumenta a pressão com a boca, coloca dois dedos dentro de mim e eu explodo, chamando seu nome, assim que meus espasmos diminuem ele retira seus dedos e os leva até a boca, geme ao sentir meu gosto e os retira fazendo um estalo. Ele se aproxima do meu rosto e me beija calmamente, nossas línguas duelando por espaço, meu gosto está em sua língua e isso é excitante. A cabeça do seu pau está na minha entrada e eu fico ansiosa para senti-lo dentro de mim, sem mais delongas ele me invade.
- Ahhhh. Gememos juntos.
- Sempre tão apertadinha, gostosa.
Ele começa a se movimentar devagar, arrancando-me alguns gemidos, aumentando a pressão a cada estocada, ele morde o lóbulo da minha orelha, chupando o mesmo lugar para aliviar a dor, eu arranho suas costas e cruzo minhas pernas no seu quadril, o trazendo para mais perto de mim, seu pau entra cada vez mais fundo, me levando a loucura, mais um orgasmo se aproxima.
- Goza para mim Lee. Mais bombadas e eu me desmancho debaixo dele.
- Ah...
- Isso gostosa, ordenha meu pau bem gostoso, assim cachorra, ah...
Ele goza com um urro e diminui as estocadas, deixando seu peso cair sobre meu corpo, me tirando um pouco do ar, afinal, o homem é enorme. Ele sai de dentro de mim e me puxa para seu peito, nós ficamos assim na cama, curtindo a companhia um do outro, sem falar absolutamente nada, eu acaricio seu peito, desenho algo invisível com minhas unhas, enquanto ele faz carinho no meu cabelo e assim ficamos por algum tempo, até que ele quebra o momento.
- Lee.
- Oi. Ergo minha cabeça para olha-lo.
- Me promete uma coisa?
- Depende? Ele faz careta e eu me seguro para não rir.
- Me prometa que nunca mais você vai fazer isso, não atender minhas ligações, eu quase morri de preocupação. Não entendo essa preocupação repentina.
- Isso eu posso prometer.
- Obrigado. Ele segura meu queixo e deposita um beijo casto em meus lábios, acho que esse é o momento de comunica-lo que amanhã ficarei no pub do Big.
- Gabe, amanhã eu vou fazer um favor para um amigo, então não nós veremos.
- Que amigo? Ele ergue uma sobrancelha ao perguntar.
- Big Tate.
- E quem é esse? Ele senta-se.
- Um amigo. As vezes ele parece retardado, reviro os olhos.
- Isso eu sei.
- Então? Faço cara de poucos amigos.
- O que exatamente você fará para esse tal "amigo"?
- Eu vou cuidar do bar para ele sair com uma garota. Um sorriso se forma em meus lábios, estou feliz pelo meu amigo, ele nunca tem tempo para si.
- Ah, tudo bem, eu posso ir também?
- Por que exatamente você quer ir? Eu acho que já sei a resposta.
- Para ficar com a minha garota e não permitir que os abutres cheguem perto. Eu solto uma gargalhada e ele estreita os olhos para mim.
- O que eu disse de tão engraçado?
- Nada não, você ciumento é fofo. Isso vai ser bem interessante.
- Posso ou não te acompanhar? Ele fica mais sério.
- Você tem o coração forte? Pergunto divertida, ele fica sem entender nada.
- Acho que sim, por quê?
- Você vai precisar. Pisco para ele e sigo para o banheiro, eu preciso de um banho e algo para comer, esse homem gasta todas as minhas energias, literalmente.

Inesperada PaixãoWhere stories live. Discover now