Capitulo Vinte e Oito

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Gabriel

Estou começando achar que hoje não é meu dia. Primeiro a Vanessa se comportou como uma verdadeira vaca com a Lee, nos deixando constrangidos, eu não sabia como agir, afinal todas as vezes que eu estive em um mesmo ambiente que ela, nós não conversávamos muito, se é que me entendem. Agora para piorar de vez este dia de merda, o primo da Lee está me provocando, esse cara só pode estar de brincadeira, eu estou me segurando para não quebrar sua cara, ele perdeu a total noção do perigo. A Lee e as meninas estão tentando ao máximo apaziguar as coisas, eu por minha vez não estou facilitando em nada a vida delas, a cada comentário ele leva um chega para lá, o cara é um completo idiota, quem aqui quer saber da sua infância com a minha namorada? Que alias, é mais nova do que ele.
- Lee, nós podemos ir para o seu quarto? Falo ao pé do seu ouvido, ela me olha nos olhos e assente.
- Gente está tarde, boa noite.
- Ah, fiquem um pouco mais priminha. Ela bufa.
- Você não está falando sério não é? Seu primo ergue uma sobrancelha.
- Por que não estaria?
- Andrew, você está alfinetando o Gabe desde que chegamos. Ele se levanta.
- Ei, eu só estava lembrando nossa infância, o que há demais nisso? Eu fecho minhas mãos em punho, a Lee sente minha tensão e encosta suas costas no meu peito.
- Já chega ok. Ela pega minha mão e seguimos para o seu quarto, minha vontade é voltar lá e arrancar aquele sorriso de dentes brancos e perfeitos demais, para um cara bonito demais, o filho da puta tinha que ser tão bonito? Inferno.
- Amor, eu não posso mesmo dar apenas um soco nele? Ela joga sua cabeça para trás e solta uma gargalhada gostosa e eu me pego sorrindo.
- Bem que ele está merecendo, mas não gosto de violência, eu não acho que nos leve a algum lugar.
- Você tem razão. Ela pisca e me empurra até minhas costas encostarem a porta.
- Você acha mesmo? Ela passa suas mãos para dentro da minha camisa e arranha de leve meu peito, eu fecho meus olhos sentindo meu corpo todo em chamas.
- Com certeza. Respondo ainda com os olhos fechados, ela abre os botões da minha camisa e a retira sem nenhuma pressa, seus dedos roçam minha pele causando arrepios na minha espinha.
- Você é um homem muito esperto. Ela deposita beijos molhados por todo meu abdômen e eu faço uma força sobre humana para deixa-la fazer o que pretende comigo.
- E você é muito gostosa.
Eu abro meus olhos e as suas safiras azuis me encaram, ela abre o botão da minha calça e alisa minha ereção sobre a cueca, que neste momento está pequena e incomoda. Sua mão delicada abaixa minha calça juntamente com a cueca até minhas coxas e meu pau agradece por estar finalmente liberto. Ela se ajoelha a minha frente e massageia minhas bolas com uma mão e segura meu membro com a outra, meus olhos se fecham automaticamente e minha cabeça pende para trás, eu sinto sua respiração próxima à cabeça do meu pau, eu abro os olhos no exato momento que ela abocanha meu membro, um gemido me escapa da garganta. Ela o engole o máximo que pode, me levando a loucura, seguro seus cabelos e a ajudo com movimentos leves, ela geme e suga com um pouco mais de força, eu estou no limite, ela segura minhas nádegas com uma mão de cada lado e continua sua tortura gostosa, não demora muito e eu gozo na sua boca, ela como a safada que é, me deixa totalmente limpo.
- Porra Lee, gostosa pra caralho. Ela se levanta limpando os cantos da boa com um sorriso lindo estampado no rosto, eu a puxo para mim e esmago sua boca com a minha, mostrando toda minha devoção a esta mulher.
Eu enfio minhas mãos em seus cabelos sedosos e puxo de leve para ter mais acesso a sua boca, minha língua duela com a sua de forma sedenta, eu desço minha boca por seu pescoço e colo, ela geme quando abocanho seu mamilo através do tecido fino da sua blusa, suas mãos se infiltram por meus cabelos me puxando mais para ela.
- Gabe. Ela choraminga me deixando mais excitado.
- O que você quer amor? Eu adoro provoca-la. Passo minhas mãos para dentro da sua blusa e a retiro, abro seu sutiã e os deixo cair no chão, eu admiro seus seios fartos, com os bicos rosados, me aproximo dela mais uma vez segurando seus seios em minhas mãos, vejo o quanto nosso encaixe é perfeito, ela joga a cabeça trás e geme com a pressão que direciono aos seus seios, belisco o bico direito e abocanho o esquerdo.
- Eu quero você. Ela diz entre um gemido e outro.
Eu a levo para cama e a deposito sem muito cuidado, retiro o restante da minha roupa em uma velocidade espantosa, ela observa cada movimento meu com os olhos cheios de luxuria. Eu me livro do restante da sua roupa a deixando somente de calcinha para meu deleite, ela fica absurdamente linda apenas com este tecido minúsculo, na cor vermelho sangue que contrasta perfeitamente com sua pele pálida e seus cabelos negros, ela é tão perfeita. Avanço para cima dela com sede, como se ela fosse minha salvação e ela me recebe com o mesmo fervor, saber que ela me deseja assim com eu a desejo me deixa a porra do homem mais feliz e sortudo do universo. Eu saboreio seu corpo com veneração, eu beijo, chupo e mordo cada pedacinho do seu delicioso corpo, ela é como o meu paraíso na terra. Eu deixei a melhor parte para o final, não toquei na sua bocetinha de proposito, ela tenta esfregar seu sexo na minha ereção a procura de alivio, eu sei que além de torturá-la eu estou me torturando, eu estou com minha boca em sua barriguinha e posso sentir daqui o cheiro da sua excitação, isso está me deixando maluco, desço minha boca até sua entrada e chupo sua intimidade através da calcinha empapada.
- Ahhhh. Ela geme alto.
- Toda molhadinha cachorra. Ela segura meus cabelos com força e me faz encara-la.
- Gabe, pare de me torturar. Sua suplica e me faz sorrir de satisfação.
- Seu pedido é uma ordem amor.
Sem demora eu rasgo sua calcinha com apenas um puxão, ela grita com a brutalidade, mas seu rosto me mostra o quanto ela gosta do meu jeito bruto. Passo meus dedos por seus grandes lábios que desliza com muita facilidade, ela está encharcada, meto dois dedos dentro dela, que ergue seu quadril em resposta, sua entrega a mim é inebriante, passo minha língua de leve por seu clitóris, eu gemo satisfeito com seu sabor, ela é minha perdição. Giro meus dedos dentro dela e continuo chupando e lambendo seu pontinho, não demora muito para ela atingir um orgasmo gritando meu nome e falando alguns palavrões, eu sugo todo seu orgasmo a deixando limpa e me saboreando de seu gosto inigualável.
- Porra Gabe, você quer me matar? Ela fala ofegante.
- Se for de prazer, sim. Sorrio e vou de encontro a sua boca, o beijo começa lento e vai se intensificando.
- Eu te amo tanto. Ela diz com sua boca ainda colada a minha, meu peito infla com sua confissão.
- Eu também te amo diabinha. Ela sorri e cola sua boca na minha mais uma vez num beijo cheio de paixão.
Minhas mãos passeiam por sua pele macia apreciando cada parte do seu corpo com total devoção, ela pega meu pau com sua mão delicada e faz movimentos de vai e vem me masturbando com maestria, me deixando mais ansioso para estar dentro dela, sentindo seu sexo me apertar de um jeito único, ela me enlouquece de uma forma assustadora.
- Gabe! Ela choraminga roçando sua bocetinha molhada no meu pau já dolorido pela espera.
- O que você quer amor? Eu a provoco.
- Você, pare de me torturar homem. Sorrio em seus lábios e beijo sua boca, com todo amor que sinto por esta mulher.
E sem nos torturar mais, posiciono meu pau na sua entrada molhada, passo a cabeça de cima para baixo, mordo seu lábio inferior e me enterro dentro dela sem nenhum cuidado, ela geme com minha invasão e fecha seus olhos me privando de ver o quanto está excitada, eu paro e respiro fundo tentando controlar meu desejo, ela é tão apertada que se eu não tiver um pouco mais de alto controle,  gozo assim que entro nela, gostosa pra caralho. Meus movimentos começam devagar e eu aumento aos poucos, seus olhos se abrem e ela me encara com desejo estampado em suas pupilas, seus gemidos se intensificam a cada bombada e seu orgasmo se aproxima, sinto seu sexo esmagar meu pau e um gemido escapa da minha garganta.
- Ahhh Lee, assim você me mata mulher. Ela me dá um meio sorriso e rebola no meu pau me arrancando mais gemidos.
Eu saio de dentro dela e a viro de quatro na cama, ela encosta seu rosto na cama e empina seu lindo traseiro em minha direção, me dando uma visão magnifica com seu cuzinho rosado e sua bocetinha molhada sedenta por meu pau. Passo dois dedos nos seus lábios encharcados, ela geme e chama meu nome com sua voz sexy e rouca de excitação, eu invado sua boceta com dois dedos e levo sua excitação para lubrificar seu ânus, ela é a porra de uma visão nessa posição, meu pau baba em expectativa. Depois de encharcar seu buraquinho com seu sugo, pego meu pau com a mão direita e passo do seu clitóris até a entrada do seu ânus, brinco com seu pontinho com a cabeça do meu membro e ela choraminga.
- Porra Gabe! Sorrio e a provoco mais, coloco um dedo no seu cuzinho que o esmaga de tão apertado, porra de mulher gostosa.
- O que você quer cachorra, meu pau enterrado nesse seu cuzinho apertado? Ela rebola no meu dedo em resposta.
- Isso amor, me fode logo. Eu coloco meus lábios em sua coluna e deixo um beijo molhado, empurro mais um dedo em seu buraco a preparando para receber meu membro robusto.
Eu retiro meus dedos e a cabeça do meu pau se posiciona na entrada do seu ânus, eu empurro com cuidado para não machuca-la, afinal ela é muito apertada e eu não sou nada pequeno, diga se passagem. Depois de me enterrar até o talo nela, eu espero que se acostume com meu tamanho, seus quadris começam a se movimentarem devagar, eu fecho meus olhos com a sensação de estar dentro dela, tento me concentrar ao máximo para não gozar antes dela, levo minha mão esquerda aos seus cabelos e os puxos de leve a inclinando, movimento meus quadris em um vai e vem lento e gostoso. Ela continua a rebolar me levando a loucura, minha mão direita que antes estava em seu quadril vai até seu clitóris necessitado de atenção, suas pernas falham e eu a apoio com a outra mão a segurando pela cintura, quando seu orgasmo a atinge não demora muito para eu me esvaziar dentro dela. Com as pernas fracas pelo orgasmo delicioso que acabei de ter eu me deito e a puxo comigo, eu beijo seu pescoço e seu corpo se arrepia, me mostrando o quanto ela é sensível ao meu toque, me deixando completamente extasiado.
- Pela primeira vez na minha vida eu tenho que admitir que eu estava amando ser torturada. Eu solto uma gargalhada e ela me acompanha.
- Tudo para te deixar satisfeita amor.
- Disso não tenho dúvidas. Ela se vira para mim e deposita um beijo leve em meus lábios, roça seu nariz no meu de forma carinhosa.
- Eu te amo tanto minha diaba.
- E eu a você.
Lindsay e eu tomamos banho e nos deitamos, conversamos sobre vários assuntos sem muita importância, mas que para mim é incrível, esta mulher me fascina de todas as formas possíveis, como em um papo bobo, ou um gesto simples de mexer nos cabelos quando um assunto realmente a interessa, ou pela forma que seus olhos brilham quando a provoco, eu não sei mais viver sem essa deusa ao meu lado, meus dias não são mais os mesmos quando não a vejo. Ela adormece em meus braços e eu demoro um pouco para pegar no sono. Enquanto o sono não vem, eu fico observando cada traço do seu rosto, seus lábios carnudos bem delineados, seu nariz arrebitado, seus olhos puxados que te dá um olhar sexy pra caralho, seus lindos cabelos negros e longos esparramados no travesseiro, meus olhos descem por seus seios fartos cobertos apenas por uma regata preta, descendo mais meus olhos encontro sua barriga reta, olhando um pouco mais para baixo ela usa uma minúscula calcinha branca que não cobre quase nada, meu pau dá sinal de vida assim que coloco meus olhos em seu lindo bumbum descoberto, balanço a cabeça tentando afastar estes pensamentos indecentes e tento pegar no sono, meus olhos começam a pesar e meu sono enfim me domina e eu adormeço com meu nariz em seus cabelos.
- Amor! Ouço sua voz, seu cheiro invade meus sentidos, mas me recuso a abrir os olhos, à sensação que tenho é que acabei de fechá-los, essa mulher está me deixando preguiçoso. - Gabe acorde, vamos nos atrasar. Eu abro apenas um olho e vejo seu lindo rosto com um belo sorriso direcionado a mim.
- Oi. Ela está tomada banho e pronta para ir ao trabalho.
- Bom dia dorminhoco. Ela roça seu nariz no meu e beija meus lábios de leve, eu a puxo para mim e roubo um beijo de tirar o folego de ambos.
- Bom dia minha gostosa. Ela sorri.
- Deste jeito vamos mesmo nos atrasar
- Eu não me importaria. Mordo seu pescoço e lambo a pele sensível pela minha mordida.
- Ahhhh. Ela geme fazendo meu pau acordar. - Assim fica realmente difícil.
- Me controlar perto de você que não é nada fácil. Ela sorri lindamente.
- Amor, vamos levantar e parar com esta tortura gostosa. Minha vez de sorri, essa cachorra adora me deixar maluco.
- E eu faço o que com essa ereção? Ela olha para o volume na minha cueca e passa a língua nos seus lábios e a minha imaginação flui, vendo-a com sua boquinha gostosa engolindo meu pau todo. Puta que pariu, essa mulher é minha ruina.
- Isso ficará para mais tarde. Ela se levanta antes que eu consiga prende-la, sorri e completa. - Eu te espero para o café. Pisca e sai do quarto me deixando excitado e frustrado, diaba.
Eu me levanto arrumando o pau na cueca e esculachando mentalmente aquela maldita mulher que me deixou aqui com a porra de uma ereção, eu sorrio e vou até o banheiro tomar banho frio para me acalmar um pouco. De banho tomado e já com minhas roupas, eu vou até a cozinha de encontro às meninas, para minha alegria o Andrew já saiu, nosso café foi animado como sempre, a Jesse sendo Jesse, a Isa não me pareceu estar bem  está muito calada hoje, já a Hanna até que estava falante,  eu acho que já se acostumou com a minha presença.
Depois de deixar a Lindsay na revista eu sigo para a empresa com meus seguranças em meu encalço, claro que mesmo se a Melissa não estivesse me infernizando eu teria que contrata-los, afinal de contas eu sou o presidente de uma das maiores empresas de Nova York. Fabbri está em seu lugar habitual e sorri assim que jogo minhas chaves para ele, lhe desejo bom dia e sigo pelo saguão cumprimento a recepcionista que não me recordo o nome.
- Bom dia!
- Bom dia senhor Clark.
Eu aceno com a cabeça e sigo para o elevador, enquanto eu espero o mesmo chegar, o elevador ao lado se abre e uma morena muito bonita sai de lá, quando ela me vê um sorriso se abre em seu belo rosto e eu a cumprimento com um leve balançar de cabeça, ela segue seu caminho e meus olhos acompanham seu balançar de quadril. “Eu estou apaixonado não cego”. Meu elevador enfim chega, desço no meu andar e sigo para minha sala, Dona Rebeca já chegou, mas não está em sua mesa, eu entro em minha sala e quase infarto.
- Porra Eth, o que você faz aqui? Ele também se assusta e quase derruba o copo que está segurando.
- Caralho Gabe, quer me matar do coração?
- Você que está na minha sala. Coloco minha valise na mesa e me sento em minha cadeira com a mão ainda ao peito.
- Foi mau Brow, eu pensei que você estava aqui, sua secretária não estava na mesa dela, então entrei, eu vi que não tinha ninguém me servi de uma dose e me sentei, ai você chegou. Ele bebe um gole do que me parece ser vodca e sorri.
- Por que caralho você está bebendo a esta hora da manhã? Ele faz um careta e respira fundo.
- Você se lembra daquele assunto inacabado?
- Claro. Eu sou a porra de um amigo muito ruim.
- Como eu havia te dito tem a porra de uma mulher me tirando o sono.
- Você está apaixonado?
- NÃO! Ele arregala os olhos. - Você está ficando maluco? Eu dou risada da sua cara.
- Calma Brow, foi só uma pergunta. 
- Mais que porra de pergunta é essa? Ele está falando sério?
- Uma pergunta comum, ora.
- Comum para você só se for.
- Esquece isso, agora me fala logo o que está acontecendo? Ele respira resignado.
- Então, essa encrenca me instiga, mas nunca finaliza. Eu estou meio confuso e com certeza está estampado em minha cara, pois meu amigo bufa e completa. - Ela é a porra de uma mestiça, meu sonho de consumo, além de tudo é toda delicada, isso me encanta em uma mulher.
- Você está obcecado em uma mulher só por que ela é mestiça? Pergunto incrédulo.
- No começo era só por isso, mas a mulher é incrível em todos os aspectos e eu tenho vontade de conhecê-la melhor. Isso é porque ele nem fodeu ela ainda, coitado do meu amigo, está arriado e nem se deu conta.
- Entendi. Ele vira sua cabeça de lado e me encara com se tivesse nascido duas cabeças no meu pescoço.
- Só isso?
- Você quer que eu diga o quê?
- Sei lá Gabe, menos “entendi”.
- Meu amigo, você nem pode ouvir a palavra paixão sem ter comichões, quem sou eu para dizer alguma coisa?
- Porque eu não estou apaixonado caralho. Ele fala passando as mãos por seus cabelos os desalinhando ainda mais.
- Ethan, você pode enganar a si mesmo assim como eu fiz, mas quando você descobrir o que sente, eu espero que não seja tarde.
- Chega deste assunto. Ele levanta e vai em direção à porta.
- Eth? Ele se vira e me olha. - Você precisa ir com calma na bebida, você tem bebido demais. Ele assente e abre a porta dando de cara com a dona Rebeca.
- Me desculpe senhor Evans.
- Não se preocupe com isso. Ele sorri para ela e sai.
- Bom dia senhor Clark.
- Bom dia dona Rebeca.
- Me desculpe não estar presente quando o senhor chegou, mas estava resolvendo uns assuntos com o senhor Quintana.
- Não tem problema, você pode me trazer um café?
- Claro. Ela sorri e se retira.
Eu estou realmente preocupado com meu amigo, eu nunca o vi assim, ainda mais por uma mulher, uma única mulher. Chega a ser assustador, tudo bem que eu também nunca me imaginei apaixonado, até minha diaba aparecer, mas de todos nós, o Ethan sempre foi o pior, ele sempre está com várias mulheres belíssimas ao mesmo tempo e sempre as ignorou sem nenhum pudor. Deixando meu amigo de lado por hora, eu me concentro em meus afazeres, respondo todos os e-mails pendentes, eu faço todas as ligações necessárias e me preparo para a minha primeira reunião com alguns investidores importantes para a empresa. Enquanto eu espero todos chegarem para a segunda reunião meu telefone toca e eu vejo a foto da minha diaba piscar no visor, um sorriso surge em meu rosto automaticamente.
- Com licença. Eu digo aos presentes a mesa me afastando.  - Oi amor!
- Atrapalho?
- Nunca.
- Amor eu não tenho uma noticia muito boa. Meu sorriso morre na hora.
- O que houve Lee?
- Eu acabei de sair de uma reunião e eu tenho que viajar para a Califórnia hoje à noite. Califórnia como assim?
- Por que Califórnia?
- Porque a nova sede será inaugurada lá. Merda, eu tinha planos para nós essa noite.
- Você ficará lá por quantos dias? Ela fica em silencio tempo demais, será que a linha caiu? - Amor?
- Oi, desculpe, eu voltarei na sexta.
- Sexta?!
- Isso mesmo amor, vai passar rápido, quando você pensar em sentir minha falta eu já estarei de volta. Ela está brincando?
- Eu sinto sua falta no primeiro instante em que me afasto de você Lindsay. Falo impaciente.
- Eu realmente te amo, sabia? Essa mulher quer me enlouquecer, eu não consigo nem ficar bravo.
- Eu também te amo princesa e é por isso que eu vou sentir tanto sua falta, quatro dias é muito tempo para ficar longe de você.
- Eu sei Gabe, mas é meu trabalho e eu preciso seguir ordens, no meu contrato está incluso viagens.
- Eu sei amor, eu só queria me despedir de você.
- E você acha que eu também não quero?
- Me desculpe, eu não quero ser um namorado chato. Eu olho para a mesa e vejo todos me olharem impacientemente.
- Eu te entendo Gabe, se eu estivesse no seu lugar eu também não estaria feliz. Como não amar essa mulher?
- Amor eu tenho que ir, tem pessoas me esperando.
- Tudo bem Gabe, eu vou sentir sua falta.
- Eu também princesa, beijo.
- Beijo.
Eu encerro a ligação com o coração apertado, uma sensação ruim se instalou no meu estomago, mas eu ignoro e vou para minha reunião. Depois de conseguir soluções construtivas para a falta de um material essencial na manipulação de um dos medicamentos mais importantes da empresa eu respiro mais aliviado, esse material é importado do Brasil e nós não estávamos conseguindo encontrar com nosso antigo fornecedor, agora encontramos outra empresa que disponibilizará a quantia necessária por mês, com essa constatação nós encerramos mais uma reunião. 
Ao invés de ir para minha sala eu aviso para dona Rebeca que estou saindo para almoçar. Enquanto eu espero meu almoço uma coisa me vem à cabeça, a porra do cara que trabalhava e se jogava em cima dela se mudou para a Califórnia, merda, eu sabia que eu não iria gostar dessa viagem. Eu pego meu celular e ligo para Lindsay na mesma hora, cai direto na caixa postal, merda, eu nem perguntei que horas é o voo dela. Eu tento ligar mais algumas vezes em vão e acabo desistindo, eu tenho que confiar na minha namorada, ela não faria isso comigo não é? Pare de pensar besteiras Gabriel, a Lindsay te ama e não faria nada de errado.
A semana transcorreu bem, eu a Lindsay passamos horas a fio conversando durante a noite, a parte ruim é que eu confirmei que o babaca está mesmo trabalhando ao lado dela. Hoje já é quinta feira e será o dia da inauguração da nova revista na Califórnia, o evento será coberto pela impressa, revistas e sites de fofocas, mas eu tenho certeza que as fotos da Lindsay serão as mais belas, ela é muito boa no que faz. Meu telefone toca na minha cabeceira e o rostinho da minha princesa brilha na tela.
- Oi amor. Ela grita por cima da música alta.
- Oi Lee, você andou bebendo? Ela soluça e ri de si mesma.
- Só um pouquinho. Ela soluça mais uma vez.
- Lindsay Williams, você não está ai a trabalho?
- Sim, mas já fizemos tudo o que tínhamos para fazer e fomos dispensados para curtir a festa como todo mundo. Só de pensar que aquele cara pode estar ao lado dela e eu não, me ferve o sangue nas veias.
- E só por isso você acha que pode encher a cara mulher? Se ela estivesse aqui eute daria umas boas palmadas.
- Eu só estou me divertindo amor, não tem nada demais nisso. Eu respiro fundo e percebo o quanto eu estou sendo um babaca.
- Você tem toda razão Lee, eu estou sendo o namorado chato mais uma vez.
- Você é o melhor namorado desse mundo. Sorrio e ouço alguém chamá-la. - Amor eu tenho que ir.
- Tudo bem princesa até amanhã.
- Até.
Ela desliga e eu fico olhando para o celular com cara de taxo, não vejo à hora de ter minha diaba aqui embaixo de mim, se esfregando e me deixando maluco. Amanhã eu marquei de sair para beber com a rapaziada, ultimamente eu ando sem tempo para nada e isso inclui meus amigos e meu avô, os únicos momentos que tenho passado com ele são pela manhã e à noite quando não chego muito tarde, isso me desagrada muito, afinal não temos muito tempo juntos, a morte pode lhe abraçar a qualquer momento e eu ficarei desolado, eu não gosto de pensar... 
Eu acordo com meu celular tocando insistentemente, pego o aparelho e não reconheço o numero no visor, olho às horas e ainda são seis e meia, merda quem morreu para me ligarem a essa hora, o telefone cessa e torna a tocar e eu muito contrariado decido atender, já estou acordado mesmo.
- Alô. Ouço uma respiração do outro lado da linha, mas a pessoa não diz nada. - Quem é? Nada... Uma respiração pesada e logo em seguida a ligação é encerrada.
Quem é a porra do filho da puta que liga a esta hora da manhã para fazer trote, ir a merda ninguém quer não é? Levanto furioso e quando estava para entrar no banheiro meu telefone volto a tocar, eu olho no visor e vejo o mesmo número, só pode ser brincadeira, só pode ser a porra de um desocupado querendo me infernizar.  
- Quem é porra? Silencio. - Foda-se. Esbravejo e encerro a ligação jogando meu celular na cama e entrando no banheiro, ignorando mais uma chamada.
Eu entro debaixo do chuveiro deixando a água cair, levando todo o desconforto do meu corpo, relaxando meus músculos, me trazendo um momento de paz. De banho tomado e vestindo um terno preto eu vou até minha cama pego meu celular, olhando no visor vejo dez ligações perdidas e duas mensagens, quando eu abro a primeira mensagem e quase caio de cara no chão, a imagem da Lindsay nos braços do Henrique em um canto qualquer me deixa desnorteado. Ele a prende na parede e ela o olha nos olhos, que merda é essa? Na segunda foto ele a beija, beija na boca, suas mãos estão sobre seu peito. Eu jogo meu celular na parede e o vejo cair no chão em vários pedaços, eu esmurro a parede ao meu lado e me sento na cama com as imagens da minha diaba com outro, beijando uma boca que não é a minha. Uma lagrima solitária teima em rolar no meu rosto e eu não faço questão alguma de secá-la, a dor em meu peito é dilacerante, eu não acredito que ela fez isso comigo.
Depois de chorar como um bebê eu me levanto e vou até o banheiro lavar meu rosto, minha cara está péssima, eu tenho que me recompor, eu não posso deixar meu avô nervoso e nem chatear a Bah com meus assuntos. Assim que me sinto menos miserável eu me dirijo à mesa para desfrutar da companhia do meu avô no café da manhã, nossas manhãs tem sido maravilhosas, hoje eu não serei uma boa campainha, mas farei de tudo para ele não perceber.
- Bom dia vovô!
- Bom dia filho. Eu deposito um beijo em sua cabeça e me sento a sua frente.
- Como está se sentindo hoje? Encho minha xícara de café e pego um croissant quentinho, a Bah faz os melhores.
- Estou bem na medida do possível. Seu rosto está mais corado e seus olhos estão brilhosos, isso me deixa feliz, mesmo sabendo que sua saúde está debilitada.
- Que bom seu Renato, eu acho bom o senhor se cuidar para passar o máximo de tempo comigo. Ele sorri deixando seus olhos pequenos e tornando seu rosto dócil, como há muito tempo eu não presenciava.
- Fique tranquilo meu filho, tudo em sua hora. Ele pega minha mão por cima da mesa e sorri mais uma vez.
- Eu sei vovô, eu só queria ter mais tempo.
- O tempo é relativo Gabe, um minuto é pouco tempo para quem quer estar ao lado de quem ama, mas é muito tempo para quem está se afogando.
- Isso é verdade, eu chego a acreditar que o tempo é nosso maior inimigo.
- Para quem sabe administrá-lo ele é um grande aliado, o tempo é sábio, nada acontece por acaso meu filho, tudo tem seu tempo certo.
- O senhor tem toda razão vovô, o tempo é sábio, somos nós que não sabemos como lidar com ele e procuramos alguém ou algo para colocar a culpa de nossas frustrações. Ele aperta minha mão entre as dele.
- E minha neta chega hoje? Sua pergunta sobre a Lindsay me desconcerta e eu tento disfarçar meu desconforto.
- Sim vovô, mas seu voo vai chegar aqui em Nova York tarde, eu não sei se ela irá conseguir vê-lo esse final de semana, nós marcamos de eu conhecer seus pais e amanhã iremos para Filadélfia. Estou tentando disfarçar, mas eu não vou para Filadélfia porra nenhuma, eu não quero mais colocar meus olhos naquela cretina traidora. 
- Ahhhh que pena, quero tanto vê-la. Acho que o senhor não irá vê-la nunca mais vovô, só de pensar nisso meu coração sangra, eu não entendo o motivo dela ter feito isso com a gente.
- Vovô a empresa está indo muito bem, nunca pensei que gostaria tanto de administrar uma. Mudo de assunto porque esse não está me agradando em absolutamente nada.
Eu termino meu café e me despeço do meu avô e da Bah, que eu só vi por ter ido até a cozinha, ela anda meio estranha esses dias, eu também não tenho lhe dado a atenção devida, estou muito relapso, ela não quis tirar as férias que pedi para ela e ainda se recusa a contratar outra funcionária, já discutimos muito essa semana sobre esse assunto e eu tomei a decisão de que contratarei outra funcionária ela querendo ou não, a Bah é uma das pessoas mais importantes da minha vida e se matar de trabalhar não está nos meus planos para ela, quando eu fizer o que está em minha mente ela irá ficar uma fera, mas eu não ligo, eu quero vê-la bem.
Assim que encontro o Logan a minha espera lhe passo o número de quem me enviou a mensagem, eu nunca mais me esquecerei esse maldito número e quando eu descobrir quem foi o filho da puta que está querendo infernizar minha vida, ele vai se arrepender de ter cruzado meu caminho. Eu sei que a Lindsay tem culpa nisso tudo, quem mandou aquela infeliz beijar outro? Minha cabeça vai fervilhando do caminho de casa até a empresa e a única pessoa que me vem à memória é a vadia da Melissa, ela disse que faria de tudo para acabar com nosso relacionamento, mas até ai ela não tem culpa da Lee beijar aquele desgraçado. Eu quero saber onde o Black e Price estavam quando a porra toda aconteceu? Quando eu os encontrar nós vamos ter uma boa conversa, a se vamos.
A porra do dia se arrastou e a única que coisa que não saiu da minha cabeça foi à cena da minha namorada beijando outro cara e para foder a merda toda,  saiu em todas as revistas e sites de fofoca, meu dia não poderia ser pior. Além do meu dia está uma bosta eu deixei o de todos a minha volta tão ruim quanto, eu estou tão insuportável que nem mesmo eu estou-me aguentando, eu não via à hora de sair dessa porra e ir até o pub do Jerry e encher a cara. Eu não fiz questão nenhuma de atender as ligações da Lindsay, ela passou a maior parte do dia ligando na empresa já que não comprei outro celular e só vou fazer isso quando sair daqui, que será logo mais, graças a Deus.
Com um celular novo nas mãos configurado e pronto para o uso, eu sigo para o pub do Jerry, os caras ficaram de me encontrar lá às oito horas, mas eu vim mais cedo, eu estou precisando encher a cara e logo. Assim que adentro o ambiente ouço uma musica do Pink Floyd invadir meus sentidos, olho ao redor e noto várias pessoas sentadas em suas mesas conversando animadamente enquanto meu interior quer explodir e gritar aos quatros ventos o quanto eu estou destruído, mas eu não vou deixar isso me abater, afinal, eu sou Gabriel Clark.
- Oi Gabe. Sam me cumprimenta. 
- Ei, tudo bem? Dou um beijo em sua bochecha como sempre e me sento no balcão.
- Estou bem e você? Seu sorriso é verdadeiro e minha vontade é dizer a ela o quanto estou destruído por dentro, mas não o faço.
- Estou bem, você pode me trazer uma garrafa de uísque?
- Claro. Ela da à volta no balcão e eu me encaminho até mesa no canto do salão e fico a aguardando. - Aqui está, algo mais?
- Por enquanto é só.
Eu começo a beber o liquido âmbar e torço para que ele anestesie meu corpo e minha alma que precisa de consolo, eu realmente estou um caco, que merda de homem que eu sou, que fica assim por causa de uma única mulher? Que pelo jeito não merece meu amor. Quando a garrafa está para acabar e meus sentidos estão inebriados o Henry chega a minha mesa e não parece estar muito melhor do que eu, ele andou bebendo em outro lugar, mas eu não tenho cabeça para saber sobre os seus problemas, no momento não estou sabendo lidar nem com os meus.
- Cara eu pensei que somente eu estava um lixo, mas vejo que tem piores do que eu. Ele não lê revistas e sites de fofocas, por isso ele não sabe, eu só li porque imaginei que estaria estampado em todos eles, me arrependi na mesma hora.
- Oi para você também Henry. Ele se joga na cadeira a minha frente e pede um copo para Sam.
- Oi Gabe, não vou nem te perguntar se está tudo bem, sua cara já diz tudo.
- Posso saber por que está tão amargo hoje? Ele faz uma careta e pega o copo que a Sam oferece a ele.
- Oi Henry.
- Sam... Ele pisca para ela. - Você poderia trazer mais uma? Ele aponta para garrafa agora vazia em cima da mesa, ela assente se retirando e ele volta a me encarar. - Eu realmente prefiro não tocar no assunto.
- Ótimo, porque não tenho cabeça para isso hoje.
- Quer falar sobre você?
- Não! - Eu quero encher a cara e esquecer essa merda toda.
- Então somos dois.
Nós continuamos a beber sem muita conversa com cada um absorto em suas lamentações, algumas mulheres se aproximam da mesa, mas nosso humor as espanta, não demora muito e os rapazes chegam e se juntam a nós, o Brian sabe de tudo e está tentando conversar comigo sobre o assunto e eu não consigo mais racionar,  quanto menos tocar no assunto que faz meu coração sangrar. Com todos os meus amigos presentes pedimos tequila e várias cervejas, o Henry e eu esvaziamos a garrafa de uísque em dois tempos, no momento minha cabeça gira e eu já nem me lembro porque estou bebendo tanto, só sei que estou me divertindo com meus amigos como há muito não fazia.
- Oi. Olho para o lado e vejo uma morena de cabelos lisos e olhos claros, mas não consigo focar em seu rosto.
- Oi. Minha voz sai embolada.
- Qual seu nome?
- Gabriel e o seu?
- Kimberley.
- Nome bonito. Ela sorri e eu aliso seu rosto.
- Você que é muito bonito.
De repente vinha visão embaça e eu a vejo sorrindo para mim, o que essa desgraçada quer aqui? Sacudo minha cabeça tentando clarear as ideias e o rosto da Kimberley surge na minha frente, eu estou começando a ficar confuso, eu quero que essa merda toda se foda. Eu me aproximo da moça e roço meus lábios nos dela, sinto sua respiração ficar acelerada e então mordo seu lábio inferior, um gemido escapa da sua boca, eu fecho meus olhos e grudo minha boca na sua, o beijo começa lento e vai se intensificando, eu sinto que não é a mesma coisa de beijar a Lee e eu realmente não estou me importando com isso agora. A garota enfia suas mãos em meus cabelos e aprofunda ainda mais o beijo, me deixando excitado, eu afasto nossas bocas e a olho nos olhos, um azul sem igual me encara e um sorriso surge em meus lábios, é minha diaba que está em meus braços e tudo não passou de um pesadelo ruim.  
- Lindsay...
- Meu nome é Kimberley docinho.
- Ahhhh Lee, como eu senti sua falta. Eu ataco sua boca novamente e ela me beija com o mesmo desespero.
- Uau, me beijando assim eu sou quem você quiser querido.
- Gabriel Clark! Opa, eu conheço essa voz, quando olho para o lado eu a vejo, ela usa calça jeans escura, suéter vermelho e os cabelos soltos, está uma visão, espera ai, duas Lindsay? Eu olho para a Lindsay nos meus braços e ela sorri, quando olho para a outra ela não me parece feliz.
- Duas diabas?
- Eu não estou acreditando no que eu estou vendo.
- Do que ela está falando? Pergunto para a Lindsay que está do meu lado.
- E eu é que sei. Ela responde tão confusa quanto eu.
- Vai se foder seu idiota. A Lee vai embora e a outra fica aqui comigo, eu nem ligo, eu tenho uma aqui mesmo, não preciso de duas diabas, eu só quero uma.
Assim que eu abro meus olhos minha cabeça parece que vai explodir, por que eu tinha que beber tanto? Merda. Eu tento me levantar, mas tem um braço sobre meu peito, olho para o lado e vejo uma cabeleira negra espalhada sobre o travesseiro, tiro o braço devagar e fico inconformado que eu tenha perdoado a Lindsay tão fácil assim. Eu me sento na cama e foco nos meus pés, forço minha mente para recordar algo da noite anterior e não me lembro de nada depois que os caras chegaram. Olho ao redor e percebo que não estou em casa, alias onde é que eu estou? Olho mais uma vez para a Lee e um palavrão me escapa.
- Puta merda, essa mulher não é a Lindsay. A moça se mexe na cama, eu acredito que seja pelo tom da minha voz que saiu mais alto do que eu esperava.
Eu pego minhas roupas do chão e me visto o mais rápido possível, abro a porta bem devagar para não acordá-la, seja lá quem ela for. Assim que eu me vejo no corredor fico perdido sem saber para que lado seguir, a porra da casa é enorme, eu não me lembro nem de ter entrado aqui, piorou como se sair. Eu ando por vários lugares e me deparo com uma senhora que eu acredito ser uma das empregadas.
- Oi você poderia me ajudar a encontrar a saída? Eu dou o meu melhor sorriso de lado.
- Claro. Ela sorri e eu a sigo no sentido contrario de onde eu estava indo, acho que não conseguiria achar a saída sozinho.
Depois de agradecer a mulher umas dez vezes eu paro no meio da rua e olho de um lado para o outro sem saber onde estou e o que eu fiz na noite anterior? Eu espero que não tenha sido nada demais. Porra eu tinha mesmo que acordar na cama de uma mulher que eu nem me lembro o nome? Parabéns, você se superou não é mesmo? Meu subconsciente me repreende. Meu celular vibra no meu bolso e eu atendo sem nem mesmo olhar.
- Gabe onde você está seu puto?
- Dylan?
- Sou eu, você sabe que está encrencado não é?
- Estou? - Por quê? O que será que eu fiz?
- A Lindsay te viu com aquela mulher ontem.
- Puta merda!  Encerro a ligação sem nem me despedir do Dylan, estou tão compenetrado em meus pensamentos, que se eu parar para pensar direito, ela não tem o direito de falar nada, afinal foi ela quem me traiu. Eu ando mais um pouco e avisto meu carro com o Logan dormindo ao volante, bato de leve no vidro do motorista e entro no banco de trás.
- Bom dia Logan, para casa, por favor.
- Bom dia senhor. E sem mais nenhum comentário ele liga o carro e seguimos para minha residência. Eu sei que não deveria, mas eu estou me sentindo culpado por ter saído com aquela mulher. Foda.

Inesperada PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora