Capitulo Trinta e três

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Lindsay

Estamos todos reunidos ao redor da bela mesa preparada pelos funcionários contratados pelo Gabe, com o auxilio da Bah é claro, ela é muito eficiente no que faz, tudo em que coloca as mãos fica magnifico. Eu olho para todos ao meu redor e sinto uma enorme emoção, eu não sei explicar a sensação que estou sentindo por ter todos que amo aqui reunidos para celebrar uma data tão especial como o Natal.
O Gabe está vendendo saúde e isso me deixa imensamente feliz, eu passei o inferno quando ele ficou naquele hospital demonstrando uma fragilidade nunca vista por mim, sua recuperação foi surpreendentemente rápida. Eu o amo tanto que às vezes tenho medo desse sentimento, eu não sei explicar esse amor que toma conta de todo meu ser, é tão intenso que me assusta um pouco, porem saber que é reciproco me torna a mulher mais feliz do universo.
Quando saímos do hospital a imprensa caiu matando em cima da gente, querendo saber detalhes do meu sequestro, do nosso envolvimento com a Melissa e com os bandidos, entre outras perguntas, ficaram no nosso pé até pouco tempo atrás. Eu estou afastada do trabalho por causa do meu braço e voltarei depois das festividades, isso está me deixando maluca, eu não gosto de ficar sem fazer nada. Depois da minha exposição, meu nome ficou conhecido na cidade de NY, não só pelas fotos, afinal meu sequestro repercutiu em todo o país, ver meu rosto estampado em revistas e jornais se tornou frequente, além de namorar uma figura importante para os negócios nacionais e internacionais do país.
Eu fixo meu olhar em seu sorriso largo, ele conversa com o avô e sorri de algo que seu Renato lhe diz, eu estou tão absorta em seu belo rosto que não ouço o que ele diz, na verdade não escuto ninguém, só tenho olhos para o homem ao meu lado, ele me pega o observando e sorri segurando minha mão sobre a mesa, ele a leva até sua boca depositando um beijo terno nos nós dos meus dedos.
- Apreciando a vista senhorita Williams? Ele alarga o seu sorriso e me olha do jeito que me afeta mais do que deveria.
- Sempre meu amor. Eu me aproximo dele e deposito um beijo casto em seus lábios. Mas minha vontade é de agarrar seu pescoço e esquecer que temos convidados. Controle-se Lee.
- Vocês são meu casal favorito. Olho para Hanna ao meu lado sorrindo de orelha a orelha. - Eu quero ter um amor assim como o seu Lee. Eu olho para o Gabe e seu sorriso ilumina o ambiente, sempre tão lindo.
- Eu espero que você encontre alguém assim como o Gabe, eu tenho muita sorte e desejo de todo meu coração que você também possa ter. Ele aperta minha mão e eu sinto todo o carinho transmitido por esse simples gesto.
- Obrigada Lee. Seus olhos se enchem de lágrimas e meu coração se comprime no peito.
- Ei... Eu aliso seu belo rosto e ela sorri de um jeito terno. - Não fique assim ou me fará chorar também.
- Desculpe Lee, eu estou muito sensível, só de pensar que estou indo embora daqui a alguns dias me deixa chorosa. Ela funga limpando uma lagrima que teima em cair.
- Não me lembre disso hoje, ok? - Senão irei chorar mesmo. Seu sorriso se alarga. - São seis meses, passará bem rapidinho. Ela assente com um leve balançar de cabeça.
- É verdade, deixemos para chorar depois das festas. Um aperto no peito me embate, mas eu não permito que ela perceba, eu sentirei tanto sua falta, por mais que ela ficará somente seis meses fora, mas para mim será uma eternidade.
- Parem já com isso. Jesse nos reprime, ela está sentada em nossa frente, a mesa está bem distribuída e eu não poderia estar em melhor companhia, na cabeceira da mesa está o Gabe porque seu avô fez questão que ele se sentasse na ponta mostrando a todos quem é o homem da casa, seu avô está do seu lado esquerdo e eu do lado direito, Hanna está ao meu lado e Jesse ao lado do seu Renato matando o homem de tanto rir, estou até um pouco preocupa, vai que o homem não aguenta se esforçar tanto, Deus me livre, não gosto nem de pensar.  
- Desculpe mamãe. Hanna a provoca e caímos na risada.
- Você anda muito abusada mocinha, estragamos a Hanna, Lee. Ela faz finge espanto.
- Oh não. Coloco minha mão no peito parecendo preocupação.
- Calem a boca. Rimos ainda mais e ela nos acompanha.
- Pessoal. Gabe se levanta chamando a atenção de todos. - Primeiramente eu gostaria de agradecer a presença de todos vocês aqui em minha casa nesta data tão especial, para todos que já me conhecem há tantos anos sabem que depois que meus pais faleceram, eu nunca mais comemorei este dia, não tinha vontade, mesmo passando o dia vinte e cinco com a família Collins, e eu os agradeço por isso. Mariza sorri e lhe sopra um beijo. - Nunca mais foi a mesma coisa, mas hoje está sendo diferente, é diferente porque eu tenho meu avô mais uma vez ao meu lado, por todos meus amigos estarem reunidos, exceto o Dylan. Todos riem. - E para completar eu tenho essa mulher na minha vida, que me completa e me fez inteiro novamente, eu estava quebrado e nem sabia, ela veio e me completou, deixando tudo ao meu redor mais colorido. Meus olhos se enchem de lagrimas e meu peito transborda amor por esse homem incrível que entrou na frente de uma bala por mim, tem como não ama-lo? Todos emitem um oh e minhas bochechas devem estar em uma tonalidade bem avermelhada.
- Eu te amo. Falo sem emitir nenhum som, ele sorri e continua.
- Eu quero fazer um brinde à amizade e a tudo que ela representa. Todos se levantam e erguem suas taças.
- A amizade. Todos nós dissemos em uníssono.
- A família. Seu Renato levanta seu copo de suco e todos nós falamos juntos.
- A família.
Depois de sentarmos novamente, nós continuamos a beber, comer e conversar sobre vários assuntos aleatórios, é tão bom estar com quem amamos e partilhar momentos como este, minha vida mudou completamente nos últimos meses, mas eu não me arrependo de nada, ter conhecido o Gabe foi a melhor coisa que me aconteceu e eu só tenho a agradecer a todos os deuses, santos e anjos por isso.

Inesperada PaixãoWhere stories live. Discover now