Capitulo Trinta

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Gabriel

Eu estou aqui parado vendo o carro em que ela está se afastar e não posso fazer absolutamente nada para impedi-la, eu fui um verdadeiro idiota em não questiona-la antes de fazer merda. Pego meu celular e ligo para o Black ir de encontro a ela em sua casa, não quero que fique desprotegida, mesmo não estando mais comigo, eu a quero segura.
Eu quase enfartei quando liguei para o Black querendo saber onde ela estava e ele me disse que ela parecia estar bem ao lado do Big, das meninas e do Andrew, meu alerta de perigo foi acionado, não confio naquele primo dela. Uma parte de mim está muito decepcionada por ela tá curtindo enquanto eu tive um dia de merda, ainda mais com o primo dela no meio da conversa, eu pedi o endereço de onde eles estavam e me dirigi para lá. Ao chegar ao lugar me deparo com uma nova boate, bem interessante por sinal, seu leiaute grego me chamou atenção. Assim que eu terminei de discutir com os seguranças tentando colocar na cabeça deles que eu só quero entrar para pegar minha namorada e sair, eles finalmente me liberaram, andei por todo ambiente a procura da Lindsay, na verdade eu nem sei por que estou aqui, acho que meu ciúme sempre fala mais alto que a razão, o álcool também ajuda.
Quando finalmente eu a encontro o filho da puta do Andrew está com a língua em sua garganta, eu a afasto dele e lhe dou um soco, o filho da mãe também me acerta arrancando sangue da minha boca, na verdade eu não sinto nada, a raiva e o ciúme me dominam e impedem que a dor física me apodere. A Lindsay sai correndo e a parede de músculos do Big não me deixa chegar perto do babaca do Andrew para quebra-lhe a cara, a ruivinha aproxima-se de mim e pega minhas bolas com sua mão direita e as aperta, uma lagrima escorre pelo meu rosto, tamanha a dor que ela me causa, suas palavras são bruscas.
- Eu disse que se a fizesse sofrer eu arrancaria suas bolas, seu imbecil. Seus olhos denotam todo seu rancor.
Minhas bolas ficaram doloridas por um bom tempo, eu nem a questionei, afinal eu tenho amor próprio e pretendo usar minhas bolas um dia. Saio de lá atrás da mulher que atormenta meus dias e encontro o Logan em frente ao me carro notavelmente contrariado, pergunto a ele por ela e ele me informa seu paradeiro, assim que eu a vejo, parada na calçada, eu a devoro com os olhos, seus cabelos estão mais curtos e mais claros nas pontas, seu traseiro está perfeito nesse jeans apertado, meu pau acorda com a simples visão e eu o ajeito na calça, eu sou a porra de um tarado, tento me acalmar, me aproximo e a abordo.
Nossa conversa não foi nada amistosa, mas me serviu para ver o quanto fui idiota, me deitei com outra e nem me recordo de como tudo aconteceu, eu sempre soube que faria merda, só não imaginei que seria das grandes. A Lee nem sabe que me deitei com aquela mulher e já não me perdoa, imagine quando ela descobrir a merda toda, eu perdi a mulher que amo porque sou muito burro.
- Senhor! Logan me tira dos meus devaneios. - O senhor quer seguir o táxi?
- Não, vamos para casa. Ando até meu carro e entro na parte de trás me sentindo o pior dos homens.
Há minha semana tem sido uma verdadeira merda, ela não atende minhas ligações e não me recebe, suas amigas parecem cães de guarda e para piorar a empresa não me dá muito tempo para insistir em ter com ela mais uma conversa e tentar convence-la de que tudo que eu fiz foi porque eu a amo. O relatório diário dado pelos meus seguranças me irrita muito, pelo que eles me informam ela está ótima, não que eu a queira mal, é que ela não está sentindo nossa separação e pelo que me parece já me superou e isso está acabando comigo. Meu avô também está sentindo falta da Lindsay, até ele está cabisbaixo por esses dias e saber que eu sou o causador de seu sofrimento me deixa me sentindo um grandessíssimo filho da puta.
Eu acabei de sair do trabalho e resolvi ir até o pub do Jerry,  hoje já é sexta feira e eu não há vejo desde sábado à noite, a saudade que estou sentindo da minha diaba é tão grande que eu não consigo colocar em palavras, a dor constante em meu peito está me sufocando e me deixando sem animo para minhas obrigações, mas ainda assim eu não deixo de cumprir meus compromissos. Eu adentro o bar e vou até o balcão. Sam está atendendo uns rapazes e sorri assim que me vê, ela termina de atendê-los e vem ao meu encontro.
- Oi Gabe. Ela se inclina no balcão me dá um beijo na bochecha e sorri com seu ar de menina levada.
- Oi Sam. Eu tento não transparecer minha angustia.
- O que vai beber?
- Por enquanto uma cerveja, você pode me levar naquela mesa? Aponto a mesa dos fundos.
- Claro, só um minuto. Eu me dirijo para lá e praticamente me jogo na cadeira. - Aqui está se precisar é só me chamar. Nossa ela foi rápida hoje.
- Obrigado. Ela se retira e eu dou o primeiro gole na cerveja, sentindo o liquido gelado me acalmar um pouco.
- Ei, seu fujão. Olho para o lado e tento me lembrar de onde eu conheço essa mulher. -Sou eu, Kimberley. Merda a mulher da outra noite.
- Oi. Digo sem muita emoção.
- Você ainda está triste por causa da tal Lindsay? Como ela sabe da Lee?
- Como você sabe? Ela senta-se na cadeira a minha frente.
- Você não parou de me chamar de Lindsay naquela noite. Uau, eu sou mesmo um merda.
- Me desculpe. Ela sorri.
- Está tudo bem docinho, porém você poderia terminar o que começou. Ela me dá uma piscadela.
- Que seria? Ela ergue uma de suas sobrancelhas.
- Você não se recorda não é? Eu faço uma careta.
- Me desculpe, eu realmente não me lembro.
- Eu imaginei. Ela sorri sem graça e eu me sinto um miserável. - Nós saímos daqui e fomos para minha casa, chegando lá você se lamentou, muito e caiu no sono, no dia seguinte quando eu acordei você já havia saído. Alivio é o sentimento que me define neste exato momento.
- Então nós não transamos? Ela balança a cabeça em negativa. - Graças a Deus. As palavras saem da minha boca antes mesmo que eu possa impedi-las. - Desculpe-me é que... Ela me interrompe.
- Está tudo bem, eu percebi o quanto você a ama, ela é uma mulher de muita sorte, eu espero que se acertem. Ela se levanta me deixando sem palavras e deposita um beijo no canto dos meus lábios e sai. Uau.
- Fazendo mais merda Clark? A ruivinha assassina de bolas me encara.
- O que eu fiz agora? Ela se senta no mesmo lugar onde a Kimberley estava.
- Me diga você?
- Eu não fiz nada ok. Digo exasperado.
- Se você diz. Ela não se convenceu.
- Como ela está? Ela estreita os olhos.
- Como você acha? Mais que merda, ela não me responde.
- Eu acredito que bem. Ela sorri sarcástica.
- Claro, porque ter o namorado desconfiando dela e depois encontrar ele com a língua na garganta de outra é para deixar qualquer uma bem. Ela não deixa passar uma.
- Jesse, eu sei o que eu fiz e ninguém vai me condenar mais que eu mesmo, o fato de estar longe dela está me matando.
- Fico feliz em saber. Eita mulher ruim.
- Valeu.
- Disponha. Ela pisca e sai da mesa para falar com Jerry, ele acena para mim e eu o cumprimento de volta.
Eu decido ir embora, não sei se foi uma boa ideia ter vindo aqui, mesmo descobrindo que não fui para cama com aquela mulher e que a Lee não está tão bem o quanto aparenta. Eu só queria beber em paz, e paz foi tudo que eu não encontrei aqui, pago minha cerveja e vou de encontro ao Logan, entro no carro e peço para ele me levar para casa, essa noite foi uma merda como todos os dias dessa semana. Eu entro em meu quarto mais uma vez e vejo o quanto ele é grande sem ela, tiro minha roupa e entro no banho, a água escorre pelo meu corpo relaxando meus músculos, assim que eu saio, coloco uma cueca e me deito em minha cama encarando o teto. Amanhã será a exposição da Lee e eu estarei lá para prestigia-la mesmo sabendo que provavelmente ela não quer minha presença, isso não irá me impedir, eu só espero que ela não me enxote de lá que nem um cachorro sarnento.
Eu estou aqui me olhando no espelho a mais de meia hora, já experimentei várias roupas e nada me agrada, no fim eu escolho jeans, camisa social branca, um Blazer preto e um sapato social na mesma cor, eu quero estar elegante, porem de um jeito despojado. Eu ensaio várias vezes como aborda-la, mas a cada frase que sai da minha boca eu me espanco mentalmente, eu tomo minha segunda dose de uísque e saio para o jardim de encontro ao Logan que está ao lado do Peter a minha espera.
- Boa noite rapazes. Eles ajeitam sua postura.
- Senhor. Dizem em uníssono.
- Podemos? Pergunto arrumando meu blazer.
- Claro senhor. Logan abre a porta traseira para que eu entre e se coloca atrás do volante, Peter entra em outro carro acompanhado de um dos novos seguranças, senão me engano chame-se Kennedy, o rapaz é parrudo e já foi do exercito, ele me passa segurança e isso é bom, quando não está cobrindo a folga do Price ou do Black ele está aqui completando a equipe do Logan.
Sigo o caminho todo apreensivo, minhas mãos suam, o caminho me parece mais longo e para piorar minha agonia pegamos um pouco de transito, mas enfim chegamos. A galeria está lotada e todos os presentes elogiam o trabalho dela, eu a procuro em meio a tantas pessoas e finalmente eu coloco meus olhos nela, meu coração perde uma batida, ela está usando um vestido longo vermelho que delineia suas curvas perfeitamente, na parte da frente tem um decote generoso. Ela conversa com duas mulheres elegantes e seu olhar vem de encontro ao meu, seus olhos azuis me queimam tamanha a intensidade de seu olhar, ela responde algo para uma das mulheres que sorri e as mulheres se retiram e ela vem de encontro a mim.
- Oi. Eu arrisco.
- O que você faz aqui Gabriel? Ouvi-la me chamar pelo meu nome me deixa triste, eu gosto quando ela me chama de Gabe ou de amor, ou até de senhor Clark como costuma fazer de forma brincalhona, mas talvez nunca mais eu a ouça me chamar assim. 
- Eu vim ver sua exposição e saber como você está?
- Eu estou ótima não vê? Ela está sendo ríspida.
- Não me trate assim Lee. Ela sorri amargamente.
- Você quer que eu o trate como? Ela pende o pescoço para o lado aguardando minha resposta.
- Eu sei que não sou digno do seu amor, eu lhe pedi que tivesse paciência comigo, eu sempre soube que faria merda, sei que essa foi das grandes, mas me perdoe, eu não sei mais viver sem você. Ela engole em seco e eu sei que ela ainda me ama, está magoada, porém me ama.
- Aqui não é lugar para falarmos disso. Ela olha ao redor para ver se alguém nos ouve.
- Isso quer dizer que podemos conversar depois daqui? Pergunto esperançoso.
- Não foi isso que eu disse. Minha esperança se desfaz.
- Me dá mais uma chance Lee, eu prometo ser o melhor dos homens. Ela parece ponderar meu pedido.
- Quando a exposição acabar conversamos ok? Meu sorriso deve estar igual ao do Cheshire, ou até maior.
- Certo. Ela é chamada por um senhor e eu fico a observando de longe.
- E ai cara. Henry me abraça e sorri. - Eu pensei que não viria.
- Oi brother, eu não perderia isso por nada.
- Cara ela tem talento. Ele diz apontando para uma tela onde tem a imagem de uma linda borboleta em cima de uma rosa.
- Ela é realmente ótima.
- Oi Gabe! Jack me cumprimenta exageradamente como sempre. - Oi querido. Ele deposita dois beijos na bochecha do Henry um de cada lado. - Há quanto tempo meu rapaz, você está ainda mais belo. 
- Oi Jack, não assuste o menino. Henry conhece a forma exagerada do nosso amigo, mas faz tempo que não o vê.
- Não se preocupe comigo, eu estou habituado com seu jeito extravagante. Ele pisca e sorri para o Jack.
- Acho que ele agora é meu favorito. Finjo espanto e levo um das minhas mãos ao peito.
- Assim você magoa meus sentimentos. Ele solta uma gargalhada gostosa.
- Ah querido com uma mulher como aquela você não precisa de mais nada, até eu me tornaria homem se ela me quisesse. Eu olho para ela sorrindo de algo que um jovem lhe diz, eu fico com inveja do rapaz que conseguiu lhe arrancar um sorriso gostoso dos lábios e eu só a fiz sofrer.
- Você está certo meu amigo, ela é uma mulher maravilhosa.
- E ainda tem um talento absurdo, já vendemos quase todas as obras.
- Caralho! Exclama Henry. - Então me deixe ver quais ainda restam, prometi a minha mãe um dos trabalhos da Lee, ai de mim se chegar à sua casa e disser que não consegui nenhum. Henry mal termina de falar e sai em disparada.
- Querido, fique a vontade, eu tenho que falar com umas pessoas. Ele beija minha bochecha e se vai me deixando sozinho mais uma vez.
Eu continuo olhando as obras e admirando a artista de longe, meu humor muda assim que vejo o Andrew chegar acompanhado das meninas, cada uma delas abraça a Lee e o desgraçado faz o mesmo, ela o abraça com carinho e isso me irrita. E para foder o restante da noite o ex dela chega à galeria, o sorriso que ela direciona a ele me mata por dentro, quando eu cheguei não ganhei nenhum sorrisinho, merda. Uma senhora que parece muito com a Lee se aproxima dela, eu acredito ser sua mãe, logo em seguida um senhor a abraça, eu a vejo limpar uma lagrima que eu acredito ser de alegria, e eu aqui olhando tudo de longe porque sou um estupido.
A exposição está no fim e a minha ansiedade cresce a cada minuto, em breve estaremos conversando e quem sabe ela me dá uma segunda chance, eu estou pedindo a todos os santos para que isso se torne realidade. Price entra na galeria e está branco como papel, assim que me vê se aproxima ofegante.
- O que houve? Pergunto indo ao seu encontro.
- A senhorita Williams foi sequestrada. Eu acho que não ouvi direito.
- O quê? Pergunto para ter certeza de que escutei certo.
- É isso senhor, um carro veio pelos fundos e a pegou. Quando foi que ela saiu e por quê?
- Você não deveria a estar protegendo? Pergunto perplexo.
- Senhor foi tudo muito rápido, o Black e seus seguranças estão perseguindo o carro agora.
- Merda. Passo minhas mãos pelos cabelos e os puxo com força. - Vamos atrás deles então, eu não vou conseguir ficar aqui parado enquanto sei lá quem está com minha mulher.
- Ok senhor. Sigo para a porta de saída e sou barrado pela Hanna.
- O que está acontecendo Gabe?
- Por que está me perguntando isso? Será que ela percebeu alguma coisa?
- Porque a Isa saiu para atender um telefonema e logo em seguida ela ligou para a Lee pedindo para ela ir lá fora pelos fundos, até agora nenhuma das duas voltou e você parece preocupado. Merda dupla, eles sequestraram a Isa também?
- Eu não sei ainda o que está acontecendo, mas eu te peço que não alarde ninguém sobre isso.
- Então está realmente acontecendo alguma coisa. Ela arregala seus olhos e me encara.
- Hanna eu acabei de saber pelo meu segurança que a Lee foi sequestrada, mas eu não sabia que a Isa e ela estavam juntas. Ela coloca a mão na boca claramente chocada.
- Meu Deus Gabe.
- Hanna eu preciso ir, depois nós nos falamos ok, lembre-se, não alarde a noticia, eu prometo que eu irei trazê-las de volta ou não me chamo Gabriel Clark. Saindo com essa convicção eu me encontro com o Price que me aguarda com o carro ligado.
- Senhor, o Black me informou que está perseguindo o carro na quinta avenida e a senhorita Williams está nas mãos de três bandidos.
- Merda! Isso só pode ser coisa da Melissa, aquela desgraçada me ameaçou e cumpriu. -Em que carro eles a levaram? Pergunto na intenção de saber por que cargas d’água eles ainda não alcançaram essa merda de carro, é a porra de uma Ferrari?
- Em um furgão, senhor. Ele só pode estar brincando comigo? Price continua dirigindo em alta velocidade, na tentativa de alcançar esses filhos da puta.
- A porra de um furgão? Eu coço minha cabeça, indignado, como eles não alcançaram a merda da Van? - Puta que pariu, por que eles ainda não pegaram minha mulher? Minha raiva é tamanha que eu mataria alguém com as próprias mãos.
- Eu não sei senhor, mas eu farei de tudo para trazê-la de volta. Ele fala claramente inconformado.
Price finalmente entra na quinta avenida, muitos carros circulam por aqui completamente alheios a perseguição que está ocorrendo neste exato momento. Nós já infligimos umas cem regras de trânsitos e eu estou pouco me importando com isso, na verdade eu só quero saber onde minha diaba está e se está bem. Nós seguimos exatamente as coordenadas que o Black nos passa, mas parece que não vamos alcança-los nunca. Eu não sei colocar em palavras o tamanho da minha aflição, estou aqui de mãos atadas dentro desse carro, enquanto a minha princesa foi raptada e está nas mãos daquela maluca da Melissa, quando eu colocar minhas mãos nela, ela vai se arrepender de ter nascido.
- Senhor, o Black e os outros os perderam de vista. Eu sinto seu ressentimento e a minha frustração só aumenta.
- Como assim os perderam de vista? E agora como eu vou encontrar a Lee?
- Eles estão ali senhor. Eu vejo três carros parrado na saída da rodovia, Price para o carro ao lado do carro do Black e eu desço apressado.
- O que aconteceu? Eu os questiono querendo saber como eles perderem a pessoa mais importante da minha vida, Logan se pronuncia.
- Desculpe senhor, eles estavam fortemente armados e nós ficamos com medo de atirar e acertar a senhorita Williams, eles estavam e um furgão preto e com os vidros pintados, não dava para ver nada lá dentro, um dos nossos foi atingido. Eu olho para o rapaz sentado no banco de trás demonstrando muita dor e segurando seu ombro, sua camisa está manchada de vermelho, eu aceno para um dos rapazes levarem ele ao hospital, assim que eles saem o Logan completa. - Eu sei que nossa obrigação era tomar conta dela, mas foi tudo tão rápido senhor.
- Eu realmente estou muito interessado em saber como isso aconteceu? Black se aproxima envergonhado e relata.
- Nós estávamos lá fora enquanto a festa rolava dentro da galeria, não tinha nada de suspeito, de onde eu estava dava para ver a senhorita Williams, eu vi quando ela saiu com o telefone nas mãos, eu a segui até os fundos do estabelecimento e ela já estava sendo jogada no furgão quando cheguei lá, corri até eles e fui recebido a balas, vocês não ouviram porque eles estavam usando silenciador, os caras são profissionais.
- Você conseguiu ver o rosto de alguém? Estou desesperado por qualquer informação que realmente seja util.
- Eles estavam encapuzados. Caralho, a filha da puta não está para brincadeiras, eu vou matar a Melissa.
- A placa? Eles me olham como se eu fosse um idiota.
- Isso foi à primeira coisa que verificamos senhor, mas a placa é fria. Logan me responde incomodado. - Eu só não derrubei aquele furgão por medo dele capotar e algo acontecer à senhorita Williams. Eu entendo o lado dele, mas estou de mãos atadas.
- E por que os perderam de vista? Essa é a pergunta que não quer calar.
- Eu não sei se vocês passaram por um acidente as umas três quadras atrás, mas eles atiram em um carro que capotou causando um congestionamento impedindo nossa passagem, contornamos o caos o mais rápido possível, mas foi tarde demais, sinto muito. Eu puxo meus cabelos, exasperado, que merda eu faço agora? Só de pensar em perder minha princesa meu coração sangra e eu sei que sou o único culpado dessa merda toda.
- Eu não quero que sinta muito, eu quero que a encontre. Minha garganta está fechada, parece ter uma bola aqui dentro me impedindo de respirar.
- O senhor quer que nós chamemos a policia? Eu balanço a cabeça em negativa.
- Não, eu não sei o que ela vai fazer, se quer me assustar ou se vai pedir algo em troca, na verdade eu estou em um completo escuro. Respiro fundo e olho para todos os meus seguras e me pergunto como fui incapaz de protegê-la? - Peter, me leve de volta para a galeria e vocês procurem pistas, tente de algum jeito encontra-la.
- Sim senhor. Eles respondem em uníssimo.
Eu entro em um dos carros com o Peter ao volante, nós seguimos para a galeria, enquanto os outros planejam uma forma de encontra-la. Eu realmente não sei o que dizer aos pais dela, nos nem fomos apresentados, afinal a Lee e eu não estamos mais juntos, por mais uma burrada minha é claro, eu fui idiota o bastante para não confiar nela e estragar o que tínhamos. Eu sou tão egoísta, que ao invés de deixa-la livre para não ter que passar por essas merdas, eu a quis ao meu lado, não fui forte o suficiente para ficar longe, na verdade essa hipótese nem passou pela minha cabeça, ficar longe dela não é uma opção.
- Chegamos senhor. Peter me tira dos meus devaneios e eu respiro fundo antes de enfrentar a todos.
- Obrigado, me aguarde aqui. Ele assente e eu saio do carro.
Na porta de entrada realmente dá para ver quem está lá dentro, eu vejo todos que a amam, aflitos sem nenhuma novidade, eu não sei o que dizer a eles, o que eu falo. “Ei gente a Lee e a Isa foram sequestradas e a culpa é minha”. Eles vão me matar na mesma hora e com toda razão, merda, se eu estivesse no lugar deles eu me mataria, a Hanna me vê e vem de encontro a mim na porta.
- Oi Gabe alguma novidade? Ela dispara assim que eu passo pela porta adentro.
- Infelizmente não. Seus olhos se enchem de lágrimas e ela se joga em meus braços quase caindo e me levando junto, eu não esperava por isso.
- Quem fez isso Gabe? Ela pergunta entre um soluço e outro.
- Foi a Melissa. Ela desencosta do meu peito e olha em meus olhos. - Nós precisamos avisar a todos do ocorrido, mas eu prefiro que seja na minha casa ou no apartamento de vocês. Ela assente e se afasta.
- Eu vou avisa-los. Minha vez de afirma com um gesto.
Hanna se aproxima de todos e fala alguma coisa, não consigo ouvir o que ela diz, eu estou um pouco distante, mas as pessoas parecem preocupadas agora, Jesse me olha como se quisesse me matar e eu não a culpo, eu mereço seu desprezo, a única coisa que não me agrada nem um pouco é esse ex-namorado da Lindsay estar aqui, e ainda tem seu primo à tira colo, até o Henry está presente.
- Gabe, esses são os pais da Lee, senhor e senhora Williams. Eles não compreendem o que se passa e me olham confusos.
- Eu sou Gabriel Clark. Aperto a mão do senhor Williams e aceno com a cabeça a elegante senhora a minha frente.
- O que está havendo? O pai dela me questiona.
- Eu prefiro conversar com vocês em outro lugar. Eles não me parecem contentes, mas acabam cedendo.
Todos nós nos encaminhamos para os carros e vamos para o apartamento das meninas, eles preferiram assim, Hanna e Henry vieram em meu carro, ela não parou de chorar em momento nenhum, eu sei bem o que ela está sentindo, minha vontade é chorar como um bebê, mas eu preciso ser forte nesse momento, pela Lee, por suas amigas, por seus pais e por mim, Henry tenta consola-la, sem muito êxito. Assim que adentramos o apartamento e todos estão devidamente acomodados, eu relato todo o corrido desde as ameaças da Melissa, a contratação dos seguranças e a parte do sequestro.
- Como você pode ter certeza que foi mesmo essa mulher? O ex enxerido pergunta.
- Por que é a única ameaça que pairava sobre nossas cabeças, mas a única coisa que eu não entendi até agora é por que levaram a Isa também. Digo sem vontade alguma de respondê-lo, a mãe da Lee só chora e as meninas tentam mantê-la calma.
- E por que você ainda não chamou a policia? O senhor Williams pergunta exasperado.
- Eu não sei o que eles querem e como eu já lhes contei, eles estavam fortemente armados, se quisessem fazer algum mal a elas o teriam feito.
- Ele tem um ponto. O primo da Lindsay se pronuncia pela primeira vez.
- Nisso você tem toda razão, mas eu ainda acho que é melhor chamar a policia, eles sabem lidar com esse tipo de situação. O pai dela está desesperado assim como todos, mas tenta se mostrar forte, o homem é incrível, o pouco que conheci me mostrou o quanto a Lee se parece com ele.
- A culpa disso tudo é sua. A senhora Williams me olha com muita raiva e aponta seu dedo em minha cara, o que eu posso dizer em minha defesa? Eu sou mesmo o responsável por tudo isso, meu coração está em pedaços e eu nem tenho quem culpar além de mim mesmo.
- Eu sinto muito. Digo olhando em seus olhos azuis como os da Lee, elas são tão parecidas.
- Pare já com isso Débora, o rapaz está fazendo de tudo para encontrar nossas filhas, você não vê o quanto ele está sofrendo, tenha compaixão mulher. O senhor Williams é realmente um grande homem, mas eu não posso deixa-lo me defender, não quando eu mesmo me sinto responsável por essa merda toda.
- Obrigado senhor Williams, mas ela tem toda razão... Ele me corta antes que eu complete minha frase.
- Meu rapaz, primeiro, me chame de Paul. Eu assinto e aguardo. - Segundo, a culpa não é sua, não se martirize, se a moça com quem você saía antes de conhecer minha filha é louca a culpa não é sua, você contratou seguranças para protegê-la, isso mostra o quanto você se importa com ela e para mim esse assunto está encerrado. Ele finaliza olhando para sua esposa que se encolhe com seu olhar.
- Ficar aqui discutindo não nos levará a nada. O tal ex fala, agora eu tenho que concordar com ele.
- Nisso ele está certo, o que podemos fazer? Jesse fala pela primeira vez.
- Meus seguranças estão procurando por elas, estão entrando em contato com pessoas que possam ajudar a encontrar rastros que a Melissa possa ter deixado, ela pode ter contratado pessoas para fazer o serviço, mas ela não é tão esperta assim e eu estou contando com isso.
- Isso já um começo meu filho, eu vou falar com uns conhecidos meus aqui de Nova York e nós vamos encontra-las. O Paul se afasta com o celular nas mãos e fica em um canto da sala, a Jesse vem até mim.
- Ei bonitão, me desculpe por ser tão fria com você, mas eu precisava culpar alguém por essa merda. Eu assinto. - Mas você me deu um ponto. Eu fico curioso, essa baixinha é terrível.
- E qual seria? Ela me puxa para outro canto da sala.
- Se fosse sua ex maluca que levou a Lee, por que ela levaria a Isa?
- Isso não se encaixa para mim. Ela dá de ombros.
- Nem para mim, por isso eu vou falar com uns caras barra pesada, eles frequentam meu estúdio, eu vou descobrir onde elas estão ou eu não me chamo Jessica Fisher.
- Olha lá no que você vai se meter ruivinha, eu não quero que se enfie em enrascada, já basta as duas não acha?
- Pode ficar tranquilo bonitão, eu sei muito bem entrar e sair dos lugares, eu vim do gueto, não sou patricinha e nem nunca fui. Seu olhar fica ainda mais triste e pela primeira vez eu fico curioso para saber da sua história, mas agora não é hora para isso, temos coisas mais importantes.
- Se você diz, mas tome cuidado ok?
- Farei isso. Ela sorri, mas é um sorriso triste.
- Eu vou te colocar em contato com meus seguranças, ai você se junta a eles e vê o que conseguem com esse pessoal. Eu pego meu celular e ligo para o Logan.
- Logan falando.
- Sou eu, alguma novidade?
- Nada ainda senhor, mas eu prometo que vamos encontrá-la.
- Eu acredito nisso. Respiro fundo. - Eu quero que você venha até o apartamento da Lindsay, pegue a Jesse e a leve onde ela tem que ir, eu quero que a proteja, ela irá conversar com uns caras para tentar encontrar a Lee, os caras são barra pesada, então tenha cuidado.
- Em dez minutos eu passo ai.
- Ok. Eu encerro a ligação com mais esperanças, a campainha é tocada várias vezes e ninguém foi anunciado, agora a porta é esmurrada, quando a Hanna a abri o Brian entra que nem um furacão.
- Onde ela está? Ele está horrível.
- Wow, fica calmo ai. Jesse coloca a mão em seu peito o fazendo parar e ele me encara.
- O que aconteceu Gabe? Ele parece desesperado.
- Eu vou te explicar meu amigo. Eu sei que ele está sofrendo tanto quanto eu, afinal o amor da sua vida também foi sequestrado e nós nem sabemos por quê. - Uns caras vieram até a galeria e levaram a Isa e a Lee, eu acredito que isso é coisa da Melissa.
- Aquela vadia. Ele esbraveja.
- É meu amigo, mas nós não entendemos por que ela levou a Isa. Isso está me deixando muito intrigado.
- Realmente isso não faz sentido nenhum Gabe. Ele coça a nuca.
- Eu sei. Henry se junta a nós.
- Obrigado por me avisar Brother.
- Que isso cara. Henry abraça seu irmão.
Estamos todos aqui no apartamento da Lindsay, o Logan veio buscar a ruivinha e não a nenhuma novidade sobre o assunto, eu chego a acreditar que realmente deveríamos chamar a policia, já se passaram tantas horas e nada da Melissa entrar em contato, isso está me deixando maluco. Aqui ninguém fala, ninguém come, ninguém se mexe, na verdade estamos parecendo estatuas, cada um está absorto em seus pensamentos, eu acredito que tentando achar uma maneira dessa merda acabar bem. Meu telefone toca e todos me olham com expectativa, na tela aparece que a ligação é de um numero privado, com certeza deve ser a porra de um celular descartável, eu peço para que todos façam silencio colocando meu dedo indicador nos lábios e todos assentem.
- Alô. Eu ouço uma respiração como a daquele dia em que chegaram as fotos, então me vem à cabeça que só pode ser a mesma pessoa.
- Senhor Clark é um prazer falar com você, vejo que fez a coisa certa e não chamou a policia, bom menino. A voz está distorcida e não dá para identificar de quem se trata, na verdade não dá para saber nem se é homem ou mulher e para falar a verdade eu estou pouco me fodendo para quem seja, eu só quero que me devolvam as meninas.
- Quem está falando? Eu sei que minha pergunta é ridícula, mas eu estou desesperado.
- Isso não é importante. Eu posso sentir que a pessoa do outro da linha está sorrindo, se mostrando feliz em me atormentar.
- O que você quer, é dinheiro? Sua gargalhada faz com que meu corpo inteiro se gele.
- Você acha mesmo que tudo gira em torno do dinheiro não é? Sua voz se torna firme e gélida, isso me assusta um pouco, essa pessoa me odeia.
- Melissa é você? Eu me arisco em perguntar. - Se for você que estiver fazendo... Antes que eu termine minha frase a pessoa me corta.
- Cala boca Clark, a Melissa está comigo, mas ela nunca teria sido tão esperta meu caro, Mel é só mais uma peça nesse tabuleiro. Se a Melissa está com ele, quem será que está fazendo essa merda?
- Como elas estão? Meu coração sangra só de imaginar que alguém fez algum mal a elas por minha causa.
- Sua namorada é muito bonitinha não é? Ele não me responde e me provoca sempre que pode, filho da puta. - Tenho tantas coisas em mente para fazer com ela e sua amiga. Sua risada é maquiavélica.
- Deixe-as em paz. Meu odio é tanto que se eu pegar essa pessoa eu a mato com minhas próprias mãos.
- Por que você acha que pode me exigir alguma coisa? Sua calma me deixa mais nervoso, eu temo pela vida delas.
- O que você quer? Pergunto com medo da resposta.
- Vingança.
A ligação é encerrada assim que essa palavra adentra meus ouvidos me atingindo de forma esmagadora. “Vingança”, Mas por quê? Eu fico encarando o celular como se ele fosse um alien, quem me odeia tanto a esse ponto de se juntar a Melissa para uma vingança contra mim? E a pergunta que não quer calar, por que a Isa foi levada?
- Fala homem, o que disseram? Brian me tira dos meus devaneios.
- Eu não faço à mínima ideia de quem seja, a voz estava distorcida e a pessoa me disse que está fazendo isso por vingança, disse também que Melissa o está ajudando. Todos me olham tentando entender o que está havendo, mas eu estou tão confuso quanto eles.
- E agora Brow? Henry pergunta.
- Eu vou ligar para o Logan, ver onde ele está com a ruivinha e entregar a ele meu celular quem sabe ele consiga rastrear a ligação, apesar de achar que o telefone é descartável.
- Gabriel, se você permitir eu posse pedir para meus amigos dar uma olhada. O senhor Williams se pronuncia depois de horas em silencio, seus amigos já estão nos ajudando, e toda a ajuda é muito bem vinda.
- Sem problema algum. Ele assente e vem até mim.
- Eu preciso de um carro emprestado. Ele pede encabulado.
- Pegue o meu. O Brian lhe entrega as chaves.
- Eu acho que eu devo ir junto, se caso eles ligarem novamente.
- Verdade. Paul concorda comigo.
- Seus amigos estarão acordados às três e meia da madrugada? Pergunto olhando o relógio.
- Eles estão trabalhando para encontrar pistas das minhas meninas. Eu assinto e pego minhas coisas que estão em cima da mesa da sala.
- Vamos o mais depressa possível, cada minuto é precioso. Paul vai até sua esposa que está calada há muito tempo, graças a Deus o Henry e o Brian são médicos e eles podem socorrê-la se algo acontecer, tomará a Deus que nada mais de ruim aconteça.
Paul e eu vamos de carro para o centro de Manhattan, as ruas como sempre estão movimentadas mesmo de madrugada, afinal está é a cidade que nunca dorme. Ele estaciona em frente a um prédio e descemos do carro depressa, como Paul disse cada minuto é crucial. Ele toca a campainha e a porta se abre, passamos por uma portaria muito bem arrumada e seguimos para os fundos do prédio onde há uma sala. Paul me apresenta, a sala é equipada com vários computadores e os três homens que acabei de conhecer estão manuseando-os com muita facilidade, o lugar é impressionante, todo equipado com tecnologia de ultima geração, em algumas telas tem as imagens do trafego de Manhattan, um rapaz olha atentamente as imagens, nelas dá para ver o furgão preto e os meus seguranças o perseguindo, eles disparam muitos tiros acertando carros aleatórios e meus seguranças, Logan aparece sentado na janela da BMW atirando contra o furgão, ele poderia ter capotado o carro com facilidade, mas o medo de ferir a Lee o impediu, esses filhos da puta causaram um grande estrago por onde passaram.
- Senhor Williams, nós conseguimos ver pelas imagens a região em que eles pararam, o bairro é grande, mas não há câmeras lá. Um dos rapazes o informa.
- Bob, qual é o nome do bairro? O rapaz mexe no computador freneticamente e indica pelo mapa.
- Aqui senhor, “The Bronx”, é fora de Manhattan, mas não é tão longe daqui, é um condado muito populoso e um dos mais perigosos de Nova York.
- Certo Bob. Ele aperta o ombro do rapaz que volta a digitar rapidamente no computador. - Gabriel entregue seu celular para o Stefan. Eu lhe entrego meu celular e ele conecta em um aparelho moderno que eu não faço a mínima ideia da sua utilidade.
- Isso aqui vai me mostrar o ID do celular que te ligou, mesmo que ele seja descartável eu consigo rastrear se a ligação veio do Bronx. Ele deve ter lido minha mente ou minha cara denunciou que eu estava perdido.
- Isso é muito bom. Paul diz empolgado assim como eu, ele continua mexendo em um computador e seus dedos digitam tão rápido que ele termina de escrever o as palavras nem aparassem na tela.
- Achei. Ele diz empolgado. - Realmente veio do Bronx, eu não consigo achar o lugar exato, mas já é uma confirmação de que estamos indo pelo caminho certo.
- Ah que bom cara. Eu estou mais esperançoso do que nunca.
- Obrigada Stefan, nós precisamos ir. Paul lhe dá um abraço. - Diga ao seu pai que eu nunca terei como pagar pela ajuda.
- Não se preocupe com isso senhor Williams, o senhor já nos fez muito, isso é o mínimo que nós poderíamos fazer por você.
- Não diga bobagens garoto. Paul sorri e Stefan o segue, mostrando o quanto admira o pai da Lee, eu também já o admiro muito.
Eu passo tudo que descobrimos para o Logan, ele me diz que a ruivinha conseguiu umas pistas com os maus encarados, nós vamos juntar todas as pistas e sair à procura das meninas. Quando chegamos ao apartamento da Lee, todos estão a nossa espera, Hanna, Henry, Brian, senhora Williams, Andrew, Jesse, Logan, Peter, Price, Black e o idiota do Daniel, mas neste momento pouco me importa quem está aqui,  o importante é que todos ajudem a encontra-las, o mais rápido possível. Meu celular toca mais uma vez, olho na tela e não reconheço o número, todos me olham com expectativas.
- Alô. Olho em meu relógio e já são seis e meia da manhã.
- Olá senhor Clark, como tem passado? A voz distorcida mais uma vez zomba da minha cara por ele estar por cima, ele irá conhecer minha ira quando eu colocar minhas mãos nele.
- Fala o que você quer de uma vez. Ele gargalha, zombando da minha agonia.
- Quanta hostilidade, tem alguém aqui querendo falar com você. Ele faz uma pausa. - Mas agora não sei se farei essa gentileza. O desgraçado está mesmo se divertindo com isso, sua voz é tão calma que me dá arrepios.
- Me deixe falar com ela, por favor. Eu implorarei se for preciso, assim eu consigo saber se ela está bem e se maltrataram ela e a Isa.
- Gabe... A voz da Lee preenche meus ouvidos e meus olhos se enchem de lagrimas, meu coração parece estar sendo esmagado.
- Lee meu amor, você está bem? - Eles te machucaram? Eu a ouço chorar e minha agonia se intensifica.
- Eu estou bem, mas eles vão nos matar Gabe, nos ajude. Ouço o barulho de uma bofetada. - Ai. Ela grita e meu ódio agora é astronômico.
- Seu filho da puta, escute bem o que eu vou te falar, quando eu colocar minhas mãos em você, irá se arrepender te ter nascido. Minha respiração fica pesada e minhas mãos estão fechadas em punho, esse desgraçado não perde por esperar.
- Ficou nervosinho é? Ele gargalha mais uma vez. - Seu amigo também está estressado, mas ele não pode fazer nada. Do que ele está falando? - Não é mesmo Ethan?
- Eth? Ele também pegou o Ethan? Merda.

Inesperada PaixãoOnde histórias criam vida. Descubra agora