Inesperada Paixão

Capitulo Vinte e Dois

Gabriel

Ouço o chuveiro sendo ligado e eu ainda estou aqui na cama da Lindsay tentando entender o que ela quis dizer com: "Você tem o coração forte?" Diaba, essa mulher ainda vai me enlouquecer, saio do meu transe e a acompanho no banho.
Ela quase me mata do coração hoje, a desgraçada da Melissa me ligou ameaçando a mim e a Lee, eu tentei ligar para saber se ela estava bem e quando não me atendeu, eu entrei em pânico, achei que aquela vadia havia feito algo de ruim para minha princesa. Se algo acontecer a ela por minha culpa, eu não me perdoaria nunca. Eu ainda não tive coragem de contar a ela sobre a ameaça da Melissa, ela vai sutar e eu não quero deixa-la preocupada. Eu vou fazer algo que ela vai odiar quando souber, mas será preciso, é para o seu bem, eu não vejo mais minha vida sem essa mulher, só de pensar que posso perdê-la, meu peito se contorce e uma dor aguda me atinge, me falta até o ar. e
Eu não sou mais nada sem essa mulher ao meu lado, é ela quem alegra meus dias, nem mesmo eu sabia que ficaria tão dependente de uma pessoa. Agora ela me vem com essa de cuidar de um Pub, ela poderia ficar mais exposta? Droga, eu ficarei lá para protegê-la de tudo e de todos, com uma ajudinha é claro.
Depois de tomarmos banho e comermos algo, deitamos agarradinhos, sondo para tirar mais informações sobre amanhã, mas a diaba não quer me contar nada, diz que amanhã eu tenho que me comportar, que merda isso quer dizer? Ela pega logo no sono e eu fico pensando em todas as coisas que estão acontecendo em nossas vidas. Hoje foi um dia de merda, só recebi noticias ruins, meu avô vai para casa, mas não porque está bem e sim porque eles não tem mais o que fazer por ele. Ele disse que quer passar seus últimos meses, ou dias em casa e não em um hospital gélido. Eu entendo meu avô, mas saber que falta tão pouco para não tê-lo mais em minha vida, me deixa cabisbaixo. Ele me proibiu de ficar triste, disse que quer que eu me lembre dele bem, eu ofereci para ficar em minha casa, depois de insistir muito, ele finalmente aceitou, uma boa noticia neste dia dos infernos. Eu mal tinha recebido a noticia sobre meu avô e meu telefone tocou, como eu estava meio aturdido, nem olhei quem era, atendi e me arrependi amargamente.

- Olá querido que bom que você me atendeu. Ouço a voz melosa da Melissa do outro lado da linha, respiro fundo, quando eu ia desligar ela fala. - Não desligue querido, eu sinto tanto sua falta, sei que não saímos todos os dias, mas pelo menos uma vez por semana você estava em cima de mim. Nojo, é isso que sinto de mim mesmo ao lembrar que realmente sai vezes demais com essa vadia.
- O que você quer Melissa? Falo ríspido.
- Nossa, quanta hostilidade.
- Não me provoque, fale logo, o que quer?
- Você.
- Eu já te falei e vou falar pela ultima vez, eu não quero você Melissa, eu amo a Lindsay, amo... você entendeu?
- Você não ama essa piranha, você não ama ninguém, se duvidar não tem nem coração. Essa mulher está me levando ao limite.
- Você não sabe nada sobre mim, me deixe em paz.
- Eu nuca te deixarei em paz, eu sei que você vai se cansar dessa sem sal e vai me procurar.
- Melissa, coloca uma coisa na sua cabeça, mesmo que a Lindsay não me queira mais, você seria a ultima mulher com quem eu ficaria.
- Ah é, então vamos ver o que você vai fazer quando sua queridinha não estiver mais entre nós. Meu coração perde uma batida.
- Você não é nem louca de se aproximar dela.
- Veremos. Ela desliga o telefone. Cretina, maldita hora que eu me envolvi com essa piranha.

Droga, só de lembrar-me da nossa conversa, meu sangue ferve, essa mulher não pode estar falando sério, não é? Que merda, ver minha princesa dormir em meus braços, serena, acalma um pouco meu coração, mas eu não posso ficar ao seu lado o dia inteiro.
Semana que vem será o coquetel de boas vindas ao novo presidente da empresa, será uma loucura e eu não terei muito tempo para ficar de olho nela, por isso irei contratar dois seguras, ela vai querer me matar, mas espero que ela entenda que eu só quero protegê-la. Quando o dia está quase amanhecendo meus olhos começam a pesar, eu me ajeito puxando a Lindsay para mais perto de mim e eu finalmente pego no sono. Acordo com dois olhos muito azuis me encarando, ela está sentada ao meu lado na cama, toda arrumada e cheirando muito bem, uma mistura de frutas frescas, com flores, não sei ao certo, só sei que é divino, ela sorri e tudo se ilumina.
- Bom dia príncipe. Sorrio ao ouvir o apelido.
- Bom dia diaba. Seu sorriso se alarga.
- Levante-se ou vamos nos atrasar hoje também.
- Sim senhora. Quando ela ia levantar-se eu a puxo contra meu corpo, ela da um grito e sorri.
- Não senhor, nem pensar, se você começar não vai querer parar, aí que chegaremos atrasados mesmo.
- Estraga prazeres.
- Depois eu te compenso amor. Ela beija a ponta do meu nariz e sai do meu aperto.
- Eu vou cobrar hein. Ela pisca e sai do quarto.
Eu me levanto e vou tomar banho, hoje estou exausto, meus olhos estão pesados e o cansaço da semana está todo em meus ombros. Hoje eu tenho o encontro dos com os rapazes, eu preciso lhes avisar que não irei, posso convida-los a ir ao tal pub, assim ficamos juntos e ainda fico de olho na minha diaba. De banho tomado eu coloco minhas roupas e sigo para cozinha para encontrar as meninas, estão todas à mesa conversando e tomando café, elas param de falar e me olham.
- Oi. Digo um tanto envergonhado.
- Senta aqui bonitão. A Jesse sugeri batendo a mão na cadeira ao seu lado, as meninas riem, deve ser por causa da cara que devo estar fazendo.
- Vem aqui amor. Ela sorri. - Jesse, pare de assustar meu namorado.
- Eu só queria tirar uma casquinha. Ela faz beicinho e todos nós damos risadas.
- Procure outro para fazer isso, esse é meu. Essa é minha diabinha.
Eu me sento entre a Lee e a Hanna, tomamos café e seguimos nossos caminhos. Eu deixo a Lee em frente à revista, eu saio somente depois de vê-la entrar, não quero descuidar da sua segurança. Assim que entro no escritório, cumprimento dona Rebeca e vou direto para minha sala, pego o telefone e ligo para o Dylan, ele conhece um cara que tem uma equipe de segurança, o telefone toca até cair na caixa postal, ligo mais uma vez, então resolvo ligar para o escritório.
- Escritório de arquitetura do senhor Roberts, bom dia.
- Bom dia senhorita Cortez.
- Bom dia senhor Clark, em que posso ajuda-lo?
- O Dylan está?
- O senhor Roberts está em uma reunião. Perfeito.
- Você pode pedir a ele que me ligue assim que possível? - É importante.
- Darei o recado.
- Obrigado.
Encerro a ligação e tento me concentrar em resolver os últimos detalhes para nossa partida a nova empresa, não tem quase nada o que fazer aqui, mas eu tenho que comparecer, eu ficarei só no período da manhã e na parte da tarde vou deixar a equipe de mudança fazer seu trabalho. Depois de mais ou menos duas horas o Dylan retorna minha ligação.
- Fala seu puto.
- E ai cara, tudo bem?
- Indo né e você?
- Eu preciso da sua ajuda.
- Para quê? Pergunta despreocupado.
- Você lembra-se daquele seu amigo que tem uma empresa de segurança?
- O George?
- Esse mesmo, você ainda tem o telefone dele?
-Tenho sim cara, mas por que você precisa de segurança?
- Na verdade é para a Lee.
- Por quê? Ele praticamente grita do outro lado da linha.
- Porque a vadia da Melissa, a está ameaçando.
- Como assim Brow?
- Aquela louca deu a entender que quer matar a Lee.
- Puta que pariu, aquela mulher é completamente maluca, mas você acha mesmo que ela seria capaz?
- Eu não duvido de ninguém.
- É verdade, ninguém sabe o que vai dentro do coração de cada um.
- Exatamente.
- Ok, eu estou te enviando o contato dele por mensagem.
- Obrigado.
- Não agradeça meu amigo. Quando eu ia desligar ele grita. - Ei, que horas você vai para casa do Brian?
- Putz, que bom que você tocou no assunto, a Lindsay vai tomar conta de um pub e com essa ameaça não quero deixa-la sozinha, então eu queria sugerir que fizéssemos à noite dos brothers lá, pode ser?
- Por mim tudo bem, liga para os bastardos, talvez não se oponham.
- Farei isso. Encerro a ligação e espero ele me mandar o número do cara, não demora muito e a mensagem chega, aqui contém todos os dados.