Capitulo Vinte e Cinco

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Lindsay

Algumas horas antes...

Meu celular não para de tocar, minha mãe me liga incessantemente, está me dando nos nervos, eu não quero ter que ouvir suas lamentações sobre eu ainda não ter um namorado e todo o resto sobre como me vestir ou me portar, eu tenho namorado só que ela não sabe. Deus me livre ela estragar minha relação com o Gabe, já me basta o que ela fez com o Daniel, quase morri naquela época de tanta tristeza e o que sinto pelo Gabe é muito maior do que poderia imaginar sentir por alguém na vida algum dia. Eu acredito que o único amor maior será o que terei por meus filhos, quando os tiver é claro, eu não tenho pressa quanto a isso. Atendo o telefone a contra gosto, só porque o Gabriel insistiu muito, minha mãe não tem nada melhor para fazer do que encher-me o saco?
- Alô. Digo me afastando um pouco do Gabe.
- Nossa Lindsay, quanta demora em atender este telefone, parece que não quer falar mais comigo, isso é tão você não é? Reviro os olhos pelo seu drama.
- Eu sei mãe, estava ocupada.
- Para sua mãe você sempre está, como eu sofro. Minha vontade é dar um bom chega para lá nela, mas não o faço, acabamos de nos reconciliar, não quero brigar agora, ainda mais na frente do Gabriel, que me olha atentamente.
- Desculpe, mas fala o que a senhora tem de tão importante para me falar? Ouço sua respiração e posso vê-la sorrir ao telefone, meu coração gela, ai vem coisa.
- Então querida, sabe seu primo Andrew? Que tipo de pergunta é essa? Mas antes mesmo que eu possa responder ela continua. - Ele está indo para Nova York a trabalho, sua tia me ligou avisando, ai eu ofereci para ele passar o tempo que quiser no seu apartamento, ele é tão grande e espaçoso, não se importa não é? Acho que meus olhos vão sair pulando pelo chão de tanto que os arregalo, chegou a doer.
- EU. NÃO. ACREDITO. Eu berro ao telefone.
- Nossa Lindsay, ele é seu primo.
- Você não tem o direito, merda, você tinha que falar comigo primeiro. Eu passo minha mão por meus cabelos, nervosa. - Eu sei que ele é meu primo, mesmo assim você tinha que avisar. Que merda ela tem na cabeça? Agora meu primo vai ficar em casa sei lá por quanto tempo, isso não vai dar certo.
- Você não vai deixa-lo ficar Lee?
- Você já fez a merda não é? Esbravejo.
- Não fale assim comigo. Ignoro sua repreenda.
- Quanto tempo? Pergunto com medo da resposta.
- Só por um mês. Eu fecho a cara, ela só pode estar brincando não é?
- A porra de um mês? Não acredito que ela fez essa merda, tenho certeza que ela fez isso para que ele dê em cima de mim, ela tem essa vontade maluca de me unir a ele e qualquer outro que ela ache digno, ninguém merece.
- Um mês passará rapidamente querida, Andrew é um excelente rapaz, você vai adorar tê-lo ai, ele chega amanhã às dez da manhã, busque-o no aeroporto. Adorar é o caralho, eu ainda não falei do Gabe para minha família, isso não vai dar certo e para piorar ainda tenho que busca-lo, merda.
- Ok. Eu encerro a ligação.
Conto o que está acontecendo para o Gabe e ele aceita numa boa, quero só ver o que ele dirá quando conhecer o Andrew, o cara é legal, não posso negar, sempre fomos muito próximos, já tive uma quedinha por ele, ok, uma enorme queda, mas como ele é mais velho, nem olhava para mim. Também, a ultima vez que nos encontramos eu tinha treze anos e ele dezoito, eu era uma menina mirrada e ele um adolescente muito bonito, com todas as meninas aos seus pés, o que ele iria querer com uma franguinha? Do jeito que o Gabe é ciumento isso não vai dá certo, o cara era lindo na adolescência, imaginem agora, estou ferrada, espero realmente que meu namorado seja compreensivo.
No domingo de manhã, tomo café com o Gabe e seguimos para o meu apartamento, depois para o aeroporto, esperamos o voo chegar, que atrasou mais de meia hora, o Gabe vai buscar água para nós. Eu avisto um homem alto, muito bonito vindo em minha direção, assim que ele sorri, eu sei de quem se trata, Andrew. Aquelas covinhas são inconfundíveis, o cara está mais gato, merda, ele tinha que ser tão bonito? Meu namorado não vai gostar nem um pouco disso.
- Lindsay? Ele questiona divertido e me agarra, levantando-me no colo e girando comigo, me apertando, seu cheiro invade minhas narinas, ele cheira tão bem, eu senti sua falta e nem havia me dado conta disso. Eu me sinto desconfortável e logo ele me coloca no chão. - Uau prima, você está mais bonita, como isso é possível? Fico vermelha com seu elogio, nem sabia que ele me achava bonita.
- Pare de ser besta Andrew, como foi à viagem? Eu tento mudar de assunto, me sentindo muito desconfortável.
- Ótima, a Florida não é muito longe daqui afinal.
- Fico feliz. Eu sinto a presença do Gabe e me viro para ver se estou certa, ou para procura-lo, afinal, ele está demorando, assim que me viro o vejo vindo em minha direção.
- Oi amor, você demorou. Eu o abraço.
- Me desculpe. Ele sorri, lembro-me que meu primo está aqui e os apresento.
- Ah, Andrew, este é meu namorado Gabriel Clark, Gabe, este é meu primo Andrew Cooper. Eles apertam as mãos, meu primo parece surpreso.
- Sua mãe não me disse que estava namorando. Ele dispara. Merda, tantas coisas a dizer e ele vai falar logo isso.
- É porque ela não sabe. Olho para o Gabe que me encara sem entender nada, isso já começou mal, meu namorado não parece nada satisfeito.
- Ah.
- Vamos? Eu me apresso em dizer para que as coisas fiquem mais leves, se é que isso é possível.
Depois que o Gabe nos deixa na porta do meu prédio e se vai, eu percebi que a merda está feita, mesmo de longe e sem saber,  minha mãe ferrou com meu namoro, quem diria que não contar a ela também poderia acabar fodendo tudo? Ele está claramente chateado e com toda razão do mundo, eu fui uma idiota, deveria ter contado que eu tenho um namorado, que ele é maravilhoso e que nada que ela fizer irá mudar isso. Apesar de eu achar que ela vai gostar dele, ele é um homem muito rico, ela acha isso uma qualidade, para mim não significa nada, dinheiro trás o pior lado das pessoas.
Andrew e eu subimos para o meu apartamento, mas não antes de eu apresenta-lo ao seu Rodrigues, afinal, vai ficar um mês e eu não ficarei de baba e nem as meninas. Chegando ao apartamento, as meninas estão na sala conversando, posso ouvir suas vozes do corredor, quando abro a porta seus rostos me encaram.
- Boa tarde, meus amores. Digo passando pela porta e dando passagem ao meu primo sexy.
- Oi. Ele as cumprimenta assim que entra. A cara delas é impagável, eu seguro o riso, quando eu vim até aqui falar sobre o quarto não disse que ele era gato, mas também não sabia que estaria assim tão bonito, eu previa.
- Olá bonitão. Jesse pisca para ele. - Você não disse que seu primo é uma delicia. Reviro meus olhos e sorrio.
- Cala a boca Jesse. Meu primo sorri de lado e pisca para ela, a Jesse abre um sorriso maior ainda e se levanta,
- Muito prazer, eu sou Jesse. Ela beija seu rosto.
- O prazer é todo meu. Meu primo olha para as meninas que estão de boca aberta.
- Estas são, Isa e Hanna. Elas parecem acordar e se levantam para cumprimenta-lo.
- Oi. Hanna fala tímida e te estende à mão, ele pega e deposita um beijo nas costas da mão dela, suas bochechas coram no mesmo instante, até ela está afetada por tanto charme.
- Olá. Isa fala firme, mostrando não estar afetada, mas eu sei que ela está.
- Oi. Ele beija a mão dela também.
- Agora que todos se conhecem eu vou te mostrar o quarto, você pode tomar um banho e vir para almoçarmos ok?
- Mas é claro, priminha. Pisca para mim e me segue até o quarto de Hanna.
- Esse é o quarto em que você vai ficar.
- Obrigado.
- Te espero para o almoço. Sigo para a sala e vejo as meninas paradas no mesmo lugar cochichando.
- O que foi? Questiono.
- Puta que pariu Lee, o cara é um Deus grego, mulher, por que não disse isso antes? Começo a rir, ela só pode estar brincando não é?
- Eu nem sabia que ele viria, têm anos que não o via, eu não sabia que ele estaria tão bonito.
- Você está sendo modesta amiga, o cara é lindíssimo. Hanna fala de boca aberta.
- Até tu brutos? Pergunto sorrindo.
- Cara, só uma cega para não ver. Todas nós rimos do comentário dela.
- É Lindsay, eu terei que concordar com as meninas, o cara é muito gostoso.
- Eu não disse que não era gente, eu sei que ele é uma tentação, comportem-se, principalmente você Jesse.
- Eu? Pergunta fingindo inocência.
- Para cima de moá? Ergo uma sobrancelha.
- Estraga prazeres. Sorrio.
- Vamos colocar a mesa.
- Amiga, eu não consigo me concentrar em nada sabendo que aquele homem maravilhoso se encontra pelado e molhado no quarto ao lado.
- Jesse! Balanço a cabeça em negativa
- Ótimo, agora eu vou ficar com está cena em minha memoria e a visão é realmente linda. Isa fala toda melosa.
- Ai meu Deus, vocês são todas umas taradas.
- Ei, eu não disse nada. Solto uma gargalhada e ela fica sem entender.
- Hanna, nem precisa né, sua cara diz tudo. Ela sorri timidamente.
- Certo, o cara é muito lindo, o que posso fazer?
- Calem a boca. Falo indo para a cozinha pegar os pratos para por a mesa.
Nosso domingo foi bem divertido, meu primo nos contou varias histórias sobre suas viagens, falou também o quanto é apaixonado por sua profissão, nós tomamos umas quatro garrafas de vinho e fomos dormir. Em minha cama está Hanna e eu, ela dorme o sono dos justos enquanto eu estou aqui com o meu coração oprimido, penso em como vou falar com o Gabe, ele está realmente chateado comigo, eu não liguei e nem mandei mensagem, quero lhe dar espaço e pensar em como contar a ele meus medos. Eu demoro muito a pegar no sono, quando consigo o dia está quase amanhecendo, o Eddie Vedder grita em plenos pulmões e eu só tenho vontade de jogar à merda do celular longe, droga, eu devo estar um lixo.
- Bom dia Lee. Hanna fala sonolenta.
- Bom dia meu anjo.
Eu me levanto e vou até o banheiro, preciso urgentemente de um banho. Eu tiro meu pijama, entro no boxe e ligo o chuveiro, deixando que a água caia por meu corpo, passo shampoo nos cabelos e o condicionador, pego a buchinha e esfrego meu corpo, quando me dou por satisfeita desligo o chuveiro e vou até meu closet procurar por uma roupa. Depois de escolher uma calça jeans, camisa social preta e um casaco azul, vou até meu quarto e me visto, Hanna entra em meu banheiro sem dizer nada, eu vou até à cozinha pegar café, minha salvação diária.
- Bom dia Isa. Beijo seu rosto e vou até a cafeteira.
- Bom dia Lee, não dormiu bem?
- Está tão na cara assim? Faço uma careta.
- Só as olheiras que te denunciam. Ela sorri. - Você parece uma panda.
- Ótimo. Ironizo.
- Algum problema? Ela pergunta preocupada.
- Nada demais, eu te conto depois pode ser?
- Claro, quando você quiser. Ouço passos e me viro para ver quem é.
- Bom dia! Meu primo exclama, está lindo em uma calça jeans e suéter branco, uau.
- Bom dia Andrew. Ele sorri e deposita um beijo em meu rosto, seu perfume é mesmo maravilhoso.
- Bom dia Isa. Ele beija seu rosto também e ela fica vermelha.
- Bom dia. Ela responde assim que se recupera da beleza estonteante do meu primo.
-Eita porra, minhas manhãs serão ótimas. A Jesse entra na cozinha de bom humor.
- Para tudo... Eu falo com descrença. - Quem é você e onde está minha amiga? A Isa começa a rir e meu primo nos olha sem entender nada.
- Essa pessoa de bom humor não poder ser minha amiga, ela é a pessoa mais mal humorada que eu conheço a essa hora da manhã.
- Fique quieta Lindsay Williams. Começo a rir e meu primo me acompanha.
- Eu vou amar passar esse mês aqui. Eu balanço a cabeça e limpo uma lágrima que escorre do meu rosto de tanto rir.
- Assim eu espero. Responde a Jesse com malicia.
- Gente, eu fui, precisa de carona? Pergunto ao meu primo.
- Não Lee, eu vou sair só mais tarde.
- Ok. Sorrio para ele e a Hanna adentra a cozinha.
- Bom dia! Ela pega uma caneca para colocar café.
- Bom dia meu anjo. Respondo indo até ela. -E tchau. Beijo seu rosto, olho para Isa e a chamo. - Você vem?
- Hoje não, vou direto para o fórum, nos falamos mais tarde. Reviro os olhos, essas meninas vão deixar o Andrew maluco.
Saio do meu AP e sigo o corredor até o elevador, aperto o botão e aguardo ele parar em meu andar, às portas se abrem e lá dentro tem um casal se beijando, quando sentem minha precisa se ajeitam e sorriem cumplices. O Gabe invade meus pensamentos no mesmo instante, droga, eu estou com tanta saudade, mas não quero invadir seu espaço e para completar hoje é seu primeiro dia na empresa, eu acredito que será um longo dia. Saio do elevador no subsolo e entro no meu carro, sigo pelas ruas de Manhattan como sempre congestionadas, ligo o som para me distrair do transito, a musica do “Coldplay, Yellow”, começa a tocar, eu adoro essa banda, começo a cantar em plenos pulmões e antes mesmo que eu note, estou entrando no prédio da revista.
Meu dia passa como um borrão, eu faço tudo no automático, eu apresentei meu projeto e todos gostaram, fiquei feliz porque meu trabalho duro deu resultado. Almocei com a Julie, ela está com seus cabelos diferentes hoje, quando eu a vi, fiquei impressionada, está ainda mais linda. Quando nós voltávamos do almoço, eu noto a presença de um cara mal encarado do outro lado da rua, o cara parece um armário, mas não dou muita importância. Minha tarde se arrasta, meus pensamentos estão com o Gabe e em o quanto ele está chateado, ele me mandou mensagem na parte da manhã, depois disso nenhum sinal de vida. Eu preciso vê-lo, assim que sair daqui vou direto para sua casa, mando mensagem para minhas amigas avisando que irei ver o Gabe e peço para que elas não façam nenhuma besteira. Saio do trabalho e sigo para a casa do dele, ele ainda não chegou, dou um beijo na Bah e fico com seu avô no quarto durante uma hora mais, ou menos, me despeço dele e da enfermeira oferecida, e vou até o quarto do Gabe para espera-lo, tomo um banho e pego uma camiseta dele, me deito em sua cama e adormeço enquanto o espero.
Eu sinto o cheiro do Gabe, isso me desperta, claro que o fato dele estar beijando minha nuca e causando arrepios por todo meu corpo também ajuda. Eu abro os meus olhos e sorrio, eu me viro para ele e seus olhos negros estão fixos em mim, enfio meu rosto em seu pescoço, eu inalo seu cheiro, ele cheira a limpeza, que se mistura ao cheiro natural do Gabe, melhor perfume não há.
- Senti sua falta. Falo com o rosto ainda em seu pescoço, sinto ele se arrepiar.
- Eu também.
- Está chateado comigo ainda? Pergunto temendo a resposta.
- Um pouco. Droga.
- Amor, eu posso explicar. Eu me afasto do seu pescoço e olho em seus olhos.
- Sou todo ouvido. Respiro fundo.
- Gabe, eu não contei de você para minha mãe, porque eu não quero que ela estrague isso aqui. Aponto para nós dois. - Você é muito importante para mim, não quero que aconteça com você o que houve com o Daniel. Meus olhos estão cheios de lágrimas.
- Ei, isso nunca vai acontecer amor, eu não sou esse cara ai. Ele limpa uma lágrima teimosa que rola por meu rosto. - Eu nunca faria com você o que aquele idiota fez, saiba que você também é muito importante para mim.
- Eu senti tanto sua falta, eu estava com medo de você está muito chateado comigo. Ele sorri.
- Ontem eu realmente estava, mas eu pensei direito e imaginei que você tivesse algum motivo para isso. Ele é realmente muito fofo, como não amar?
- Obrigada, você é tão maravilhoso.
- Não, você me faz ser uma pessoa melhor.
- Não amor, você sempre foi essa pessoa, só não se deu conta disso ainda.
- Eu preciso te contar uma coisa. Fico preocupada quando ele faz uma careta.
- Tenho até medo quando você fala isso.
- Desta vez é para ter mesmo Lee. Ele se senta me levando junto com ele.
- O que houve?
- A Melissa ameaçou você. Vejo tristeza passar por seu olhar.
- O quê? Aquela vaca não pode estar falando sério.
- Ela me ligou uns dias atrás, disse claramente que quer extinguir você. Eu arregalo os olhos sem acreditar no que estou ouvindo.
- Você só pode estar brincando?
- Bem que eu gostaria amor.
- Se tem alguns dias, por que não me contou antes?
- Eu tive medo da sua reação. Ele abaixa a cabeça e eu levanto seu rosto, segurando seu queixo para que possa me olhar nos olhos.
- Ela que venha. Falo convicta de que se ela tentar eu acabo com ela primeiro, mas a verdade, é que eu estou me borrando aqui, medo me define neste momento, mas não quero que ele se preocupe.
- Você está ficando maluca? Pergunta alterando um pouco a voz. - Nós não sabemos do que ela é capaz Lee, se algo acontecer a você, eu nem sei o que seria de mim. Ele realmente está preocupado.
- Ei, nada vai me acontecer. Acaricio seu rosto.
- Não mesmo, isso é a segunda coisa que eu quero te contar. Ergo uma sobrancelha.
- Estou ouvindo.
- Contratei dois seguranças para você. Eu olho para ele incrédula.
- Como é que é? Ele não pode estar falando sério.
- É amor, assim que eu soube, eu contratei dois caras para virarem sua sombra, não posso correr o risco dela lhe fazer algum mal. Respiro fundo não gostando nem um pouco desta conversa, é ai que eu me recordo do cara que eu vi na frente da revista hoje.
- Eu acho que vi um armário me olhando na frente da revista, achei que era paranoia minha, mas já vi que não é, droga, não quero ter que andar com duas sobras na minha cola.
- Isso vai acabar logo, eu pretendo colocar uns investigadores na cola daquela maluca e saber o que ela está aprontando.
- Cara, ela gosta mesmo de você não é? Ele faz uma careta.
- Ela não gosta nem dela mesma. Dou de ombros, sem acreditar muito, afinal, a mulher quer me matar para ter ele para ela, credo. - Agora chega deste assunto chato e vem aqui, eu estou morrendo de saudade da minha diabinha.
Antes mesmo que eu possa falar alguma coisa sua boca gruda na minha e sua língua pede passagem, arrancando um gemido sofrido da minha garganta, senti tanta falta do seu gosto, ele enfia sua mão direita nos meus cabelos na região da nuca e puxa de leve, inclinando minha cabeça para ter mais acesso a minha boca. Eu elevo meu corpo sem desgrudar nossas bocas e monto em seu colo, sinto sua ereção no meu sexo necessitado, suas mãos passeiam pelo meu corpo por baixo da camiseta, deixando caricias sutis que me causam arrepios, me envolvendo cada vez mais. Eu roço minha pélvis em sua ereção a procura de atrito e ele geme em minha boca, seguro seus cabelos e puxo de leve, sentindo a maciez em cada fio que escorre por meus dedos, suas mãos descem até minha bunda, ele aperta minha carne com força e devora minha boca de forma brutal, mas tão gostosa. Ele retira minha camiseta e sorri satisfeito com o que ele vê, eu estou só de calcinha no seu colo, ele admira meu corpo como sempre faz e agarra meus seios com força, eu gemo jogando a cabeça para trás assim que sua boca chupa meu seio esquerdo, eu seguro seu cabelo com um pouco mais e força e ele responde com uma mordida de leve no bico do meu peito já endurecido.
- Você me deixa maluco sabia?
Ele fala entre um beijo e outro no meu pescoço, eu arranho suas costas, louca para senti-lo dentro de mim. Ele muda nossas posições com um leve movimento e logo estou embaixo dele, sua mão se infiltra por dentro da minha calcinha enquanto ele morde meu lábio inferior e me encara com aqueles olhos negros e profundos, desliza seus dedos por minhas dobras e eu gemo.
- Sempre tão pronta.
Seus dedos escorregam para dentro de mim e eu grito com sua invasão, ele sorri satisfeito e me fode com os dedos enquanto chupa e morde meu ombro e pescoço, estou quase gozando quando ele para.
- Gabe. Choramingo, ele leva os dedos a boca e os chupa, um som de satisfação sai da sua garganta.
- Adoro sentir seu gosto diaba.
Ele retira minha calcinha com cuidado, seus olhos sempre grudados aos meus, seus dedos percorrem o caminho que a calcinha fez, deixando rastros quentes por toda minha pele até chegar a minha entrada novamente, ele se enfia no meio das minhas pernas e inala meu cheiro, sua língua passa por meus lábios, eu fecho os olhos, sentindo sua língua passar para cima e para baixo, me deixando completamente louca de desejo. Seus dedos abrem minhas dobras e sua boca chupa meu clitóris, dois dedos me invadem, eu gemo, meu orgasmo se aproxima e ele aumenta a pressão no meu pontinho, não demoro muito e gozo na sua boca, clamando seu nome, ele continua me chupando até que meus espasmos diminuam.
Ele fica de pé e passa sua língua por seus lábios, retira sua cueca boxe e segura seu pau, alisando-o enquanto me encara, ele continua com esta tortura por um tempo, me deixando completamente ensandecida, seu rosto me mostra o quanto ele me deseja, isso me excita de uma forma visceral, estou louca para senti-lo.
- Vem amor. Eu o chamo, ele sorri de lado e continua alisando seu membro.
- O que você quer diaba? Pergunta olhando para o seu membro duro em sua mão.
- Eu quero você, aqui dentro de mim, agora. Falo manhosa.
- Você quer que eu te foda? Suas palavras chulas, por mais incrível que possa parecer, me deixam excitada, eu levo minha mão direita até meu clitóris e faço movimentos circulares. - Porra Lee. Ele vem até mim e pega minha mão, me privando de me tocar, ele eleva meu braço acima da minha cabeça, prende meu corpo embaixo do dele e me beija.
- Me fode. Suplico remexendo meu quadril, sinto a cabeça rechonchuda do seu pau na minha entrada, ele me invade sem nenhuma delicadeza, eu gemo alto.
- Apertada pra caralho.
Ele fica de joelhos na cama e eu passo minhas pernas por sua cintura, meu tronco permanece apoiado na cama, suas mãos vêm de encontro com minha cintura e ele me fode assim, duro, intenso, forte, intimo e exigente. Seus movimentos começam devagar, mas bruto, seu ritmo vai aumentando, eu remexo meu quadril na mesma velocidade que a dele, ele fecha seus olhos e me aperta com suas mãos grandes, quando os abre estão com um brilho diferente.
- Caralho Lee, está tentando me matar? Ele sorri e suas palavras refletem diretamente no meu clitóris.
Ele solta uma mão da minha cintura e leva ao meu pontinho, massageando em movimentos circulares, não demora muito para eu atingir meu segundo orgasmo, gritando seu nome e logo em seguida ele atinge o seu. Ele se retira de dentro de mim devagar e me puxa para os seus braços.
- Caralho diabinha, hoje você estava incrivelmente safada. Eu fico constrangida e com as bochechas ardendo.
- Gabe!
- Ei, não tenha vergonha, eu amei cada segundo, nunca te vi tão solta e tão linda.
- Eu sou tímida, às vezes.
- Eu sei e saber que comigo você se solta, deixa-me honrado. Sorrio para ele que acaricia meu rosto com as costas da mão.
- Você coloca meu lado devassa para fora. Ele da uma gargalhada gostosa e eu o acompanho.
- Fico muito feliz em saber. Ele pisca e se levanta. - Vem, vamos tomar banho. Eu aceito a mão que ele me estende e me levanto.
Depois que tomamos banho e fazermos amor embaixo do chuveiro, dormimos agarradinhos, não tem nenhum lugar no mundo onde eu me sinta mais acolhida do que em seus braços, sentindo seu cheiro, ouvindo sua respiração, sentindo o calor do seu corpo colado ao meu, aqui em seus braços eu sei que estou segura.   
De manhã tomamos café com o avô do Gabe, ele já está perambulando pela casa inteira, sempre de bom humor,  ele nem parece estar doente, ao me recordar que a qualquer momento ele pode nos deixar, meu coração fica em frangalhos. O Gabe e eu, saímos para o trabalho depois de uma manhã muito agradável na companhia do seu avô, ele é realmente uma figura. Ver a interação dos dois é muito bom, triste é saber que eles passaram tanto tempo longe um do outro. Parando o carro próximo a revista, ele retira o sinto me encara.
- O quê?  Pergunto retirando o meu.
- Estou apreciando a vista. Sorrio.
- Você é muito teimoso sabia? Ele ergue uma sobrancelha.
- A é, e eu posso saber por quê?
- Porque não me deixou vir com meu carro. Cruzo os braços e faço beicinho.
- Se você tivesse vindo com seu carro, você não ganharia isso. Ele fala se aproximando dos meus lábios, passa seu indicador pelo lábio inferior e cola sua boca na minha. Seu beijo é calmo, sua língua explora cada canto da minha boca numa dança gostosa, eu me deixo levar por seu beijo delicioso.
- Você tem um ponto. Eu falo assim que nossas bocas se separam.
- Se você quiser posso te mostrar vários outros. Ele coloca sua mão em meus cabelos e puxa de leva.
- Nada disso mocinho, ou seremos presos por atentado ao pudor. Ele solta uma gargalhada gostosa e eu o acompanho.
- Verdade amor. Deposita mais um beijo e sai do carro vindo abrir a porta para mim.
- Obrigada. Pego sua mão e desço do carro com sua ajuda.
- Estarei sempre à disposição. Ele pisca. - Amor, tem um coquetel nesse sábado na empresa e gostaria que me acompanha-se.
- Claro. Ele sorri.
- Eu não sei a que horas eu vou sair da empresa, aquilo está uma loucura total, mas eu vou pedir ao Black que pegue você aqui, ou você prefere que ele pegue seu carro? Pondero um pouco.
- Que ele traga meu carro, por favor.
- Como queira. Quando ele ia me beijar novamente o celular dele toca, ele olha o visor. - É o Jack. Sorrio.
- Alô. Ele sorri, provavelmente o Jack disse alguma besteira.
- Claro que sim. Seu rosto se ilumina, deve ser boas notícias.
- Ela está aqui ao meu lado. Ele olha em meus olhos. - Eu avisarei, até. Ele fica me encarando por um tempo muito longo para mim.
- Fala logo homem.
- A sua exposição foi marcada para daqui três semanas.
- Ai meu Deus... - Três semanas?
- Foi o que eu disse amor. Ele debocha.
- Pare de ser bobo, eu sei que foi o que você disse. Ele sorri e me abraça.
- Precisamos comemorar. Eu aceno com a cabeça, de repente minha voz some, meu sonho está realmente acontecendo, mal posso acreditar.
Depois de nos despedirmos e vou para a revista ainda atônita, quem diria que Lindsay Williams iria expor em uma galeria famosa de New York? Passo pela recepção e cumprimento a Julie, eu estou achando ela um tanto diferente esses dias, no almoço eu irei conversar com ela.
Quando saio da revista no fim do dia meu carro está estacionado na vaga direciona a mim, eu nem tive o prazer de conhecer meus guarda costas, surreal falar isso, quem diária que eu iria precisar de um, um dia. Ligo meu carro e saio pelas ruas movimentadas de Manhattan, vejo um carro me seguindo, deve ser o segurança, eu acho que nunca vou me acostumar com isto.
- Boa noite meninas. Digo assim que cruzo à porta de entrada.
- Boa noite. Elas respondem em uníssono. Eu coloco minha bolsa na poltrona e me jogo no sofá ao lado da Isa.
- Tudo bem por aqui?
- Tudo Lee.
- Cadê a Jesse?
- Ela ainda não chegou.
- E o Andrew?
- No quarto. Hanna é quem responde se levantando e indo até a cozinha pegar um copo d’agua, ela volta a se sentar no sofá.
- Gente eu tenho uma novidade. Falo empolgada.
- Conta. Hanna se pronuncia.
- Eu vou expor minhas fotos. Elas sorriem.
- Não brinca amiga. Isa se levanta e me da um braço de urso, ela sempre soube do meu sonho.
- Eu falo sério, será daqui três semanas. Hanna também me abraça me parabenizando.
- Parabéns Lee, você merece, será um sucesso, você vai ver.
- Tomara mesmo. Elas voltam a se sentar. -Por que estão assim cabisbaixas? Pergunto preocupada, afinal as duas estão quietas demais, diante de uma noticia dessas deveriam estar eufóricas por mim, elas não são assim, ai tem.
- Pensando na vida Lee. Isa responde sem ânimo.
- Você está bem com o Brian? Afinal não conversamos ainda sobre isso.
- Nós estamos indo com calma, eu estou meio paranoica.
- Amiga, lembra o que você me disse? Ela me olha nos olhos. - Nada de sabotar sua felicidade, eu te ouvi e estou muito feliz.
- Eu sei, falar é fácil, isso é mais forte do que eu.
- Eu sei o que você está sentindo, mas tente mudar está situação amiga, senão o tempo passará e você se arrependerá de não ter feito o que o seu coração pede, pede não, implora. Ela sorri.
- Você está certa, eu vou trabalhar isso.
- Assim que se fala. Olho para Hanna de cabeça baixa, sem dizer uma única palavra. -E você meu anjo, como está de verdade? Ela ergue seu olhar para mim.
- Eu estou bem. Arqueio uma sobrancelha.
- Não minta para mim.
- Por que você tem que me decifrar tão bem?
- Por que eu te conheço e te amo, quero o melhor para você.
- Eu também te amo Lee, mas eu não quero conversar agora.
- Tudo bem, eu respeito, você já sabe, caso precise conversar estarei aqui.
- E eu também. Isa se pronuncia.
- Eu sei meninas, obrigada. 
- Boa noite! Meu primo aparece na sala com um sorriso nos lábios, mostrando suas covinhas sexys, o cara é de parar o transito, Jesus.
- Boa noite Andrew.
- Chegou faz tempo? Ele me questiona.
- Não muito. Sorrio. - Agora me conta o que você tem feito? Ele vem até a poltrona próxima a mim e senta-se nela.
- Tenho tido algumas reuniões e palestras, nessa sexta-feira terá a feira do livro, estou ansioso para isso.
- Eu posso imaginar. Ele sorri. - Você já conhecia New York?
- Sim, eu venho para cá a cada três anos, esta é a terceira vez, mas está sendo a melhor de todas.
- A é, eu posso saber por quê? Jesse pergunta assim que abre à porta, meu primo alarga seu sorriso.
- Porque eu tenho à companhia de quatro lindas mulheres, não me sinto sozinho como das ouras vezes.
- Impossível um cara lindo como você ficar sozinho, só se quiser. Jesse e suas sutilezas.
- Obrigado Jesse, mas não é bem assim.
- É sim, eu me recordo quando erámos mais jovens, você tinha uma fila de meninas atrás de você.
- Acredito que também se recorde que nunca fiquei com nenhuma delas.
- Que eu tenha visto, não. Agora parando para pensar, é verdade, nunca o vi com nenhuma das oferecidas da cidade.
- E por que isso? Jesse questiona.
- Porque sou seletivo. Ele pisca para ela que se derrete toda, meu Deus, reviro os olhos.
- Que tipo de mulher faz seu tipo? Isa enfim abre sua boca para entrar na conversa.
- Todas, desde que eu sinta atração por ela.
- Diga que eu estou nesta lista. Jesse se oferece, minha amiga é mesmo maluca.
- Você faz parte da lista de qualquer homem. Ele pisca para ela.
- Ai. Meu. Deus... Ela se abana. - Assim eu me apaixono. Rimos do seu comentário.
- Meu Deus, digo eu Jesse, se controla. Ela sorri lindamente.
- Estou controlada amiga, caso contrario eu já teria pulado no pescoço dele.
- Ok, eu vou tomar banho, este papo já deu. Meu primo sorri.
- Que isso Lee, agora que está ficando divertido, Ele fala olhando para Jesse.
- Com certeza. Ela concorda.
- Então continuem vocês, eu volto já. Eu me levanto e saio da sala, minha amiga vai acabar na cama como Andrew, disso eu não tenho dúvidas.
Assim que entro em meu quarto meu celular começa a tocar, eu o pego e olho no visor para ver quem está me ligando, à foto da minha mãe aparece na tela, eu bufo em desagrado, eu aposto que ela já falou com meu primo e sabe que eu estou namorando, não quero lidar com ela agora, silencio meu telefone e começo a tirar minhas roupas, eu entro no banheiro, ligo o chuveiro e adentro o boxe, deixando que a água caia sobre meu corpo, relaxando meus músculos tensos, hoje foi um dia agradável e não quero termina-lo com uma discussão com a dona encrenca. Minha mãe sabe ser bem desagradável quando ela quer, eu a amo mais que tudo nessa vida, ela e meu pai são tudo para mim, mas lidar com ela nunca foi uma missão fácil, ela sempre quis impor seu ponto de vista e esquece que as pessoas têm opiniões próprias e adversas as dela. Saio do banho enrolada em uma toalha, pego um pijama confortável e nada escandaloso, afinal temos um homem em casa, e que homem, diga-se de passagem, eu namoro gente, não fiquei cega. Claro que meu primo não me interessa mais, eu tenho tudo que preciso com o meu Deus de Ébano, ele é lindo, gostoso e me ama, o que eu posso querer mais? De volta à sala com um pijama de calça larga e uma camiseta de manga comprida, eu me jogo no sofá onde eles ainda continuam a conversa animadamente. Meu celular toca novamente, eu ia reclamar, mas um sorriso toma conta do meu rosto quando eu vejo de quem se trata, a foto do Gabe piscando na minha tela, me deixa imensamente feliz, como eu amo este homem.

Inesperada PaixãoWhere stories live. Discover now