Capitulo Vinte e Sete.

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Lindsay.

A semana transcorreu bem, hoje é sábado e eu passei meu dia tirando fotos com as meninas e meu primo, meu dia não poderia ter sido melhor, almoçamos juntos e eu ri muito, eu havia me esquecido de como o Andrew é divertido. Agora estou aqui, me arrumando para acompanhar o Gabe em um coquetel em sua empresa, ele será apresentado formalmente a todos os empresários importantes do seu ramo.
- Posso entrar? Pergunta Isa colocando sua cabeça porta adentro.
- Claro. Ela entra e fecha a porta atrás de si.
- Você está linda. Sorri, mas não atinge seus olhos.
- Obrigada, mas o que houve, por que este olhar triste?
- Uau, me conhece tão bem assim?
- Tem dúvidas? Ela nega com um balançar de cabeça. - E então? Ela respira fundo.
- Eu estou tão confusa.
- Em relação a quê?
- O Brian. Ela coloca suas mãos em seu rosto o cobrindo.
- Ei, não fique assim, quer conversar? Eu pego em sua mão e a levo até minha cama para sentarmos.
- Ah Lee, eu o amo.
- Me conte algo novo. Digo sorrindo.
- Engraçadinha. Ela me mostra a língua e eu solto uma gargalhada, ela acaba me acompanhando.
- Quantos anos nós temos mesmo?
- Cinco. Ela responde malcriada
- Tenho que concordar. Eu coloco uma mexa dos seus cabelos atrás da sua orelha. - Agora brincadeiras a parte, me conte o que está te deixando inquieta?
- Eu. Ela afirma.
- Oi? Pergunto um tanto confusa.
- Eu não consigo confiar nele, eu sei que faz muitos anos, mas ainda assim não consigo.
- Você vai precisar de ajuda Isa, isso não pode continuar assim, o cara não fez nada e você já sabe disso.
- Eu sei, mas é mais forte que eu, você já viu o cara, ele parece à porra de uma escultura de tão lindo. Sorrio.
- Mas ai o cara não tem culpa de ser tão bonito né.
- Eu sei, mas eu sou muito ciumenta, eu não estou sabendo lidar com tantas enfermeiras, médicas e mães babando por ele. Meu sorriso se amplia.
- Eu posso imaginar o que está passando, mas não pode colocar o cara em uma redoma de vidro e guardar em casa.
- Isso não séria uma má ideia.
- Claro que seria. Ela sorri. - Mas, por que você não aceita logo esse pedido de namoro?
- Por medo.
- E não é pior ter o cara solto para quem quiser pegar? Ela arregala os olhos.
- Você tem razão, eu não gosto nem de imaginar ele com outra.
- Então pega o que é seu, amiga. Ela enxuga uma lágrima solitária e sorri.
- Você está certa, agora não vou mais tomar seu tempo.
- Você merece ser feliz, lembre-se sempre disso.
- Farei isso.
- Ótimo. Beijo seus cabelos e volto à frente do espelho, para continuar a me maquiar. - Onde estão as meninas e o Andrew? Eu a olho através do espelho.
- A Hanna já saiu, ela foi se encontrar com o Liam, o Andrew e a Jesse estão na sala conversando.
- Eu não sei não, mas esses dois vão acabar entrando em combustão, se é que já não entraram. Isa sorri.
- Não tenho dúvidas.
- Estou pronta.
- Está lindíssima. Ela pega em minha mão e me faz da uma voltinha.
- São seus olhos.
- Ah claro. Ela revira os olhos para mim. - O Gabe terá um pequeno infarto quando te vê.
- Acha que exagerei? Eu me refiro ao vestido que escolhi, ele é longo e preto com brilho, é frente único, seu decote na parte da frente não é nada comportado, na parte detrás é completamente aberto até um pouco acima da minha cintura, tendo uma fenda que vai até minha coxa direita, o modelo é muito lindo, mas me deixa muito exposta.
- Claro que não, está perfeita.
- Então eu já vou. Eu pego minha bolsa e minha echarpe, me encaminho para porta com a Isa em meu encalce, ao passar por seu quarto dou um beijo em sua bochecha e me encaminho para fora do apartamento. Assim que saio do elevador seu Rodrigues se levanta e assobia, fico vermelha.
- Com todo respeito senhorita Williams, você está lindíssima.
- Obrigada. Ele sorri e abre a porta para mim, avisto os meus seguranças me esperando encostados em um dos carros do Gabe, até que eles são bem bonitos.
- Senhorita Willians. Black com sua cara de mau me cumprimenta.
- Boa noite rapazes. Price sorri de lado e acena com a cabeça, ele abre a porta pra mim. - Obrigada. Ele fecha a mesma e se senta no banco da frente ao lado de Black que está ao volante.
No caminho para a empresa meu telefone toca, vejo rosto da minha mãe piscar na tela, eu amo minha mãe, mas a minha paciência para suas futilidades esgotou há muito tempo, eu posso imaginar por que ela está me ligando, com certeza meu primo deve ter comentado com ela sobre o Gabe, eu sei que já deveria ter falado dele para os meus pais, mas está tudo indo tão bem entre nós, que eu tenho receio que ela estrague tudo, respiro fundo e atendo.
- Oi mãe. Falo impaciente.
- Olha como fala com sua mãe mocinha. Reviro meus olhos.
- Não tenho mais cinco anos mãe. Digo encabulada, por saber que os rapazes estão ouvindo tudo, não vou me acostumar com isso nunca.
- Pare de reclamar da menina e fale logo porque ligou. Ouço meu pai mais ao fundo.
- Está bem. Posso vê-la revirar os olhos para ele, sorrio. - Lindsay, você está namorando e não nos contou nada? Eu sabia que era para isso que ela estava me ligando.
- Estou mamãe, e antes que comece com o sermão, eu não achei que era a hora de apresenta-lo.
- E eu posso sabe por quê? Haja paciência.
- Porque eu não quis, satisfeita? Ela bufa do outro lado da linha, eu ouço uns barulhos estranhos.
- Querida?
- Oi papai. Digo sorrindo.
- Oi meu anjo, desculpe sua mãe, você sabe como ela é. Ele sempre querendo camuflar as ações de mamãe.
- Desculpe papai, eu não queria te esconder nada, mas você conhece a mamãe. Posso vê-lo sorrir discretamente para que minha mãe não veja.
- Eu te entendo querida, mas quando nos apresentará o rapaz?
- Em breve.
- Ótimo.
- Pai, eu tenho outra novidade.
- Qual querida? Prendo a respiração e solto de uma vez.
- Eu vou expor minhas fotos. O telefone fica mudo, eu chego a acreditar que a ligação caiu. - Papai, ainda está ai?
- Sim, desculpe, eu fiquei emocionado.
- Eu vou enviar o convite, era uma surpresa, mas já que ligou.
- Estou tão orgulhoso meu anjo. Meus olhos se enchem d’água.
- Obrigada, agora tenho que desligar.
- Tudo bem querida, mas marque logo para conhecermos o rapaz, quero saber quem roubou o coração da minha menina. Sorrio.
- Pode deixar papai, dê um beijo na mamãe.
- Beijo dado, até meu anjo.
- Até.
Encerro a ligação e espero o Black estacionar o carro para que eu possa descer. O Price desce e abre à porta para mim, me entrega sua mão direita para que eu saia do carro como um verdadeiro cavalheiro, depois de ajeitar meu vestido olho para o prédio a minha frente, tem muito movimento para um sábado á noite, mas eu sei bem o motivo de tanta agitação. Eu vou até um rapaz que está parado na entrada e informo meu nome, ele me cumprimenta e me guia até o que eu acredito ser o salão de festas, eu não estava errada, assim que outro rapaz abre uma porta dupla vermelha eu adento o ambiente ruidoso, pelo lado de fora não se ouve nada até às portas serem abertas, eu passo pela porta e elas se fecham logo em seguida. Eu procuro pelo Gabe no salão entre tantas pessoas bem vestidas que conversam animadamente, alguns olhares se direcionam a mim e fico envergonhada, aonde esse homem se meteu? Ando um pouco mais e nada de ver meu namorado em meio á tantas pessoas, paro no bar.
- Boa noite, um Dry Martini, por favor. O garçom levanta seu olhar para mim e sorri, um sorriso lindo, o cara é bem bonito, eu retribuo.
- Boa noite bela dama. Ele mexe em algumas coisas e me entrega minha bebida.
- Obrigada. Eu dou um gole na bebida e fecho meus olhos me deliciando com sabor.
- O que uma bela moça faz sozinha em um evento chato como este? Eu abro meus olhos e contemplo o rosto do rapaz que aguarda minha resposta pacientemente, eu olho ao redor e vejo muitos senhores com mulheres lindas a tira colo, então me passa pela cabeça que acha que sou como elas.
- Oh não, eu não estou sozinha, estou procurando meu namorado.
- Ele é no mínimo louco, para deixar uma deusa como você sozinha. Quando eu ia responde vejo a feição do rapaz mudar e uma mão segurar minha cintura, não o vejo, mas posso sentir seu perfume invadir meus sentidos.
- Tudo bem aqui amor? Olho para ele e sorrio..
- Melhor agora. Ele me prende entre o balcão e seu corpo e me beija de um jeito possessivo. - Uau. Eu digo assim que nossos lábios se desgrudam, ele me deixa sem folego.
- Porra Lee, este vestido não deixa muito para imaginação. Ele fala ao pé do meu ouvido com a voz aveludada, minha calcinha alaga na mesma hora. - Você está linda.
- Obrigada amor. Ele acaricia meu rosto e olha feio para o rapaz que continua parado no mesmo lugar.
- Me sirva uma dose de uísque, por favor. O rapaz pega a garrafa e servi meu namorado sem dizer nenhuma palavra. - Obrigado.
- Por onde você andou?
- Eu estava na presidência, eu fui deixar alguns papeis no escritório, desculpe por não estar aqui quando chegou.
- Está tudo bem.
- Vamos, eu quero te apresentar algumas pessoas.
- Claro. Coloco meu copo no balcão e cumprimento o rapaz com um aceno, ele sorri para mim e seu sorriso morre assim que coloca seus olhos no Gabe.
Andamos por todo o salão, o Gabe me apresenta para várias pessoas, o jantar é servido e as pessoas continuam conversando sobre trabalho, eu tenho que concordar com o rapaz que serve as bebidas, estes eventos são um porre. Enfim à noite chegou ao fim, depois de nos despedimos de todos, seguimos para o carro, o Gabe me apresenta seus novos seguranças, eu estou cansada, meu pés estão me matando, assim que entro no carro tiro meus saltos e gemo de satisfação.
- Cansada amor?
- Muito. Massageio meus pés e ele pega meu pé esquerdo e aperta, fazendo mais gemidos saírem da minha boca. - Isso está divino. Fecho meus olhos para apreciar a sensação.
- Evento chato não é? Abro um dos olhos e o encaro.
- Sendo sincera... Ele sorri de lado daquele jeito que me afeta. - Chato é apelido carinhoso. Ele solta uma gargalhada gostosa e eu o acompanho.
- Desculpe por te colocar nesta roubada.
- Ei, relaxa, eu estava em sua companhia. Mesmo que ele mal teve tempo para mim, ele se desdobrou para conseguir dar atenção a todos os presentes, sempre tão prestativo.
- Era a mesma coisa de não estar, aqueles homens pareciam abutres. Gemo alto quando ele aperta o peito do meu pé com um pouco mais de força, aliviando a tensão causada por minhas sandálias, eu olho o seu segurança no banco da frente e meu rosto esquenta, eu devo estar vermelha, droga.
- Pare já com isso, eu te acompanharia onde você quisesse. Eu tento disfarçar.
- Ah é. Ele fala se aproximando mais. - Eu vou cobrar isso senhorita Williams. Sorrio e ele me beija.
- Aqui não amor. Sussurro em seus lábios, ele encosta sua boca próxima ao meu ouvido.
- Esse vestido está me matando. Sorrio satisfeita, não sou a única afetada aqui.
- Em casa você o tira... Ele sorri com aquele olhar predador e minha calcinha alaga, eu junto minhas pernas tentando em vão apaziguar meu desejo.
- Minha vontade era arranca-lo assim que coloquei meus olhos em você. Sua mão direita passa pela minha perna onde está à fenda do vestido, seguro sua mão antes que ele alcance minha boceta necessitada por atenção.
- Gabe. Eu o repreendo, olhando para o seu segurança que parece alheio a tudo.
- Relaxa amor, o Logan não está prestando atenção na gente. Ele pega minha mão que segurava a sua e puxa minha calcinha de lado, colocando dois dedos dentro de mim, mordo meu lábio para não gemer. -Tão pronta. Ele sussurra no meu ouvido, puta que pariu, eu estou mesmo deixando que ele faça isto comigo dentro de um carro, com seu segurança a centímetros de nós? Esse homem me deixa maluca.
- Amor... Sussurro em seu ouvido.
- Porra Lee, minha calça vai explodir. Eu levo minha mão até sua ereção e ele fecha os olhos, o carro para e percebo que chegamos, graças a Deus. Nós nos ajeitamos e o Gabe sai, ele me ajuda a descer do carro, com minha sandália nas mãos e os pés descalços eu vou até aporta de entrada e aguardo o Gabe falar com os seguranças, caramba são tantos.
- Boa noite rapazes.
- Boa noite. Eles me respondem em uníssono.
Entro de mãos dadas com o Gabe e ele me leva direto para o seu quarto, assim que fecha a porta me prende entre ela e seu corpo, amassa minha boca com a sua em um beijo duro, sua perna se infiltra no meio das minhas e ele roça sua coxa na minha pélvis, gemo em sua boca.
- Você está gostosa pra caralho com esta roupa. Ele diz assim que nossas bocas se desgrudam.
- Você também não está nada mal. Ele sorri e segura meus cabelos da nuca para ergue mais meu rosto em direção a ele.
- Eu quase me tornei um assassino hoje. Eu olho para ele confusa.
- Por quê?
- Por que todos os homens daquele lugar queriam o que é meu. Ele roça mais uma vez sua coxa na minha parte intima.
- Eu sou só sua. Falo manhosa.
- Minha. 
Ele me vira de frente para porta, abre meu vestido e o deixa cair como uma poça sobre meus pés, ele me vira para encara-lo, percorre seu olhar por todo meu corpo coberto apenas pela calcinha vermelha de renda, sorri satisfeito e ataca minha boca mais uma vez, me tirando todo ar dos pulmões. Suas mãos estão por todas as partes, passeia vagarosamente por meus seios e os aperta de leve, tirando um gemido do fundo da garganta, ele desce sua mão até minha bunda e aperta minha carne, se afasta de mim mais uma vez e arranca toda sua roupa, eu fico admirando cada gesto, nunca vi um homem tão glorioso. Eu me aproximo dele como se um imã me puxasse ao seu encontro e passo meus dedos por seu abdômen durinho, eu olho para sua ereção e minha boca saliva para sentir seu gosto e antes mesmo que ele possa perceber eu estou de joelhos acariciando seu mastro grande e grosso, sem demora o coloco na boca.
- Caralho, que boquinha gostosa.
Ele segura meus cabelos para me guiar, eu o chupo com vontade, sinto seu pré-sêmen na minha língua e me delicio com seu sabor, mas antes que ele goze, ele me puxa pelo braço e me beija, seu beijo é suave e cheio de promessas não ditas, seu corpo força o meu a dar alguns passos até que eu sinto a cama em minhas pernas, ele me deposita sobre ela com delicadeza e retira minha calcinha levando até seu nariz e inalando meu cheiro, isso de certa forma é tão excitante para mim.
- Eu amo tudo em você diaba.
- E eu em você. Sussurro com a voz rouca.
Ele se ajoelha na beirada da cama e pega minhas pernas colocando em seu ombro, eu sinto sua língua passar por meus grandes lábios em uma tortura lenta, evitando propositalmente meu pontinho sensível, seguro seus cabelos e os puxo trazendo-o para mais perto, eu o sinto sorri, sua barba bem feita roça meu clitóris, eu gemo, quase entrando em combustão com o simples toque. Dois de seus dedos me invadem sem aviso prévio e no mesmo instante sua boca chupa meu necessitado pontinho que clamava por atenção, não demora muito e eu atinjo um orgasmo intenso, chamando pelo Gabriel em total êxtase. Ele me olha satisfeito e vem até minha boca beijando-me com urgência, sinto meu gosto em seus lábios, ele pega seu mastro e passa pela minha entrada escorregadia de cima para baixo e de baixo para cima, me deixando maluca para senti-lo dentro de mim, me preenchendo por completo como só ele sabe fazer.
- Amor... Choramingo e flexiono meu quadril na expectativa de sentir sem membro me invadir.
- Me fala o que você quer cachorra? Ele me provoca.
- Você.
- Você quer meu pau enterrado nessa bocetinha gostosa, quer?
- Quero. Ele chupa meu seio esquerdo me deixando ainda mais lubrificada.
Ele coloca a cabeça espessa do seu pau na minha vagina e eu me inclino em sua direção para obter mais dele, mas ele se retira e entra mais uma vez só com a cabecinha, porra, ele está me matando aqui, esse filho da puta adora me torturar.
- Me fode amor. Imploro, quase em desespero.
Sem mais demora ele me invade de uma vez, arrancando um gemido de nós dois, a sensação de preenchimento é divina, abro mais minhas pernas para que ele entre mais fundo, seus movimentos começam devagar e vão aumentando, os músculos dos seus braços estão esticados por causa do esforço, os deixando maiores, sua estrutura grande me excita ao extremo. Sua boca alcança a minha e abafa os meus gemidos, sinto meu ventre se contrair com a chegada de mais um orgasmo, o Gabe morde meu pescoço e é o meu fim, atinjo outo orgasmo e o do dele vem logo em seguida. 
- Gostosa pra caralho. Ele fala ainda dentro de mim.
- Você tem que parar de me torturar. Um sorriso surge em seu rosto iluminando todo o quarto.
- Assim fica tudo mais emocionante. Ele beija o canto da minha boca e se retira de dentro de mim, me deixando um vazio.
- Você adora me torturar não é mesmo?  Apoio meu corpo em meus cotovelos e o encaro.
- Não tenha dúvidas quanto há isso. Pisca para mim. - Vem delicia, vamos tomar banho, antes que eu me enterre em você de novo e não deixe você dormir.
- Não seria má ideia. Ele vem até mim e enlaça minha cintura.
- Não me provoque diaba. Meu Deus... O pior é que não é provação, eu ficaria transando com ele à noite inteira.
- Promessas... Ele estreita seus olhos, sabendo que agora eu o desafiei.
Ele me pega no colo e eu solto um grito em surpresa, vamos para o banheiro e tomamos um banho gostoso depois de fazermos amor em todos os cantos do cômodo. Mais que saciada eu me deito ao seu lado usando uma de suas camisetas, ele me puxa para o seu peito e alisa meus cabelos com carinho.
- Amor, a Mariza nos convidou para um almoço em sua casa amanhã, acabou que eu não consegui te falar antes.
- Será um prazer.
- Perfeito.
Ele beija minha testa e continua alisando meus cabelos, eu me recordo que meus pais querem conhece-lo, mas falarei com ele só amanhã sobre isso, meus olhos começam a pesar e por mais que eu queira de permanecer acordada, os carinhos direcionados a mim e todo o esforço físico me deixam mole, o sono acaba falando mais alto e eu adormeço.
O Gabe eu passamos uma boa parte da manhã no jardim com seu avô, o seu enfermeiro permaneceu ao lado dele o tempo todo, seu nome é Luke, eu acho, mas isso não vem ao caso, tirei algumas fotos com meu celular para ter de recordação. A conversa com o “vovô” como ele gosta que eu o chame, é sempre tão descontraia, ele é uma pessoa maravilhosa, eu realmente não entendo como pode passar tanto tempo longe do seu neto querido, é nítido o amor que eles têm um pelo outro. Eu estou me arrumando para ir ao almoço na casa dos Collins, o Gabe já está pronto e eu só estou terminando de me maquiar.
- Uau. Ele fala com o ombro encostado no batente a porta do banheiro.
- Idem. Ele está belíssimo com uma calça social preta e suéter bege, o homem não precisa de muito não é mesmo?
- Podemos?
- Eu posso falar com você entes? Aliso minha calça jeans, para espantar o nervosismo, na verdade, por que estou nervosa mesmo? Ahh, porque minha mãe é uma maluca de carteirinha e eu não quero espantar o homem. Merda.
- Claro. Ele pega minha mão e eu o acompanho até a cama, eu me sento nela e ele em uma poltrona que fica ao lado. - Está me deixando nervoso. Ele diz olhando em meus olhos.
- Não precisa ficar. Eu acho, lá vai. - Meus pais querem te conhecer. Ele respira claramente aliviado, o que ele pensou que eu dizer?
- É só isso. Sorri.
- Só isso? Pergunto incrédula. Ele me encara com se tivessem crescido duas cabeças no meu pescoço.
- O que tem demais nisso?
- Minha mãe né Gabe. Coloco minhas mãos no rosto frustrada.
- Ei, nada do que ela faça ou diga mudará o que sinto por você. Ele pega minhas mãos e me encara. - Eu te amo Lindsay Williams, nada vai mudar isso.
- Eu também te amo. Ele me puxa para seu colo e cola sua boca na minha.
- Agora vamos, porque não gosto de me atrasar.
- Sim senhor.
Saímos do seu quarto e passamos no do vovô para nos despedirmos, ao sair pela porta avisto seus seguranças a nossa espera, merda, às vezes eu esqueço que temos que andar com eles a tira colo. Nós os cumprimentamos e entramos no carro do Gabe na parte traseira, Peter é quem irá dirigindo nosso carro, Logan, Black e Price seguirão nosso carro. O trajeto até a casa dos Collins não é longo, eu não sei se foi porque nós conversamos o trajeto todo, ou se é perto mesmo. Assim que o carro para em frente uma belíssima residência, vejo os portões se abrirem e nossos carros passarem por eles.
- Que lugar lindo!
- Muito bonito mesmo. O Gabe me ajuda a descer do carro e eu vejo o senhor e a senhora Collins vir ao nosso encontro.
- Lindsay querida, que bom vê-la aqui. Mariza me abraça pegando-me de surpresa, mas seu abraço é muito bem vindo.
- Olá senhora Collins, é muito bom estar aqui.
- Oh querida, me chame de Mariza. Fico encabulada e sorrio.
- Mariza. Ela sorri e seu marido me da um abraço de urso.
- Olá minha querida. Sorrio retribuindo seu abraço.
- Oi senhor Collins. Ele coloca sua mão em frente ao meu rosto em um pedido de silêncio.
- Gustavo, só Gustavo.
- Tudo bem. Ele sorri e eu me derreto por este homem, além de lindo é muito simpático, como não me apaixonar?
- Devolva minha namorada, por favor. Gabe fala sorrindo e o Gustavo o acompanha.
- Toda sua. Ele enlaça minha cintura e caminhamos para dentro da propriedade.
- Eu achei que vocês tinham espantado ela da porta de entrada. Henry vem até mim e beija minha bochecha.
- Oi. Sorrio para ele.
- Oi Lee, tudo bem? Ele pisca e fica ainda mais bonito.
- Muito bem e você?
- Melhor agora.
- Já chega desta intimidade com a minha namorada seu idiota.
- Calma Gabe, sou seu amigo.
- Esse é o problema. O Henry solta uma gargalhada gostosa e o Brian vem ao nosso encontro.
- Oi Lindsay, não liga para esses idiotas.
- Eu já estou acostumada. Ele sorri. Jesus, que genética boa.
- Que beber alguma coisa?
- Claro. Deixo o Gabe e o Henry discutindo e sigo o Brian até um bar no canto da espaçosa sala, enquanto ele me serve eu olho o lugar. A casa é muito grande e bonita, eu achava que minha mãe gostava de ostentar, aqui dentro cabe duas da minha casa, a sala onde estamos é de frente para um lindo jardim, onde tem uma churrasqueira de canto e uma enorme piscina que não será usada tão cedo, afinal o inverno está chegando e aqui em Nova York é muito frio.
- Aqui está. Ele me entrega um copo todo elaborado, com canudo e um pedaço de abacaxi na borda, sorrio.
- O que é isso? Questiono divertida.
- Piña Colada.
- Ahhhh... Bebo um pouco do liquido e gemo em satisfação. - Está uma delicia obrigada.
- Está tentando conquistar minha namorada com seus drinks? Gabe pergunta atrás de mim, o sorriso que o Brian direciona a ele é de tirar o folego de qualquer mulher. Jesus, esses homens deveriam ser proibidos.
- Eu não faria isso meu amigo, até porque sua namorada é completamente apaixonada por você, só não entendi o motivo ainda. Ele ergue uma sobrancelha e continua sorrindo com deboche. Sinto a mão do Gabe passar por minha cintura de forma possessiva.
- Porque eu sou incrível. Sinto seu sorriso próximo ao meu pescoço e meu corpo se arrepia todo.
- Parem de atormentar a moça, assim ela nunca mais virá a está casa. Mariza os repreende.
- Não se preocupe quanto a isso, eu já me acostumei com os rapazes se amando. Pisco para ela que sorri lindamente para mim.
- Se você me garante, está tudo bem então. Ela passa seu braço no do Gabe. - Querido você pode me ajudar por um instante?
- Claro. Ele pisca e me joga um beijo, e eles vão em direção do que eu acredito ser a cozinha.
- Como a Isa está? O Brian pergunta desviando minha atenção da Mariza e do Gabe conversando alegremente enquanto atravessam a sala ao seu destino.
- Bem. Ele me encara como se quisesse me perguntar algo mais, passa suas mãos pelo rosto frustrado.
- Ela está me deixando maluco. Olho para ele entendendo exatamente o que ele quer dizer, a Isa sabe ser bem ruim quando ela quer.
- Eu sinto muito. Pego sua mão que agora está sobre o balcão e aperto de leve, seus lindos olhos verdes se encontram com os meus e lá eu consigo enxergar seu sofrimento.
- Não sinta, eu sei que um dia ela vai aceitar meu amor. Ele sorri, mas não atinge seus olhos. - Nem que eu tenha que fazê-la aceitar a força. Sorrio e ele me acompanha.
- Eu não quero me intrometer na relação de vocês, eu só te peço que tenha paciência, vai dar tudo certo.
- Obrigado Lee.
- Ei Lee, larga esse chato e vem conversar com o mais bonito da família. Henry pisca e seu irmão revira os olhos, eu fico cada vez mais chocada com tanta beleza em uma família só.
- Pode ir até lá, eu já te alcanço. Com um leve balançar de cabeça eu assinto e sigo para a mesa onde Henry se encontra.
- E ai gata, o Gabe me contou que você irá expor suas fotos. Meu sorriso se amplia com a pequena menção da minha exposição.
- É verdade, estou ansiosa.
- Eu tenho certeza que será um sucesso, pela forma que o Gabe descreveu, seu trabalho é incrível. Meu coração apaixonado dá um salto no peito.
- Ele é um tanto exagerado.
- Não sou não. Olho para o meu namorado parado atrás de mim. - Seu trabalho é incrível não se menospreze.
- Se o senhor diz. Ele coloca sua mão em meu ombro e aperta de leve.
- Se não fosse tão boa você não iria expô-las.
- Você tem um ponto.
- Eu sempre tenho. Ele senta-se ao meu lado e logo em seguida o senhor Gustavo e o Brian se juntam a nós.
Começamos uma conversa sobre as travessuras dos rapazes quando crianças, esses meninos aprontaram muito, meu Deus. Mariza se junta a nós e a conversa fluiu para vários outros assuntos, o Gabe o Brian saíram da mesa para fazer mais drinks, ele é ótimo com as bebidas. Ouço passos e posso imaginar que teremos mais pessoas para o almoço, me viro para ver de quem se trata e uma moça muito bonita acompanhada de uma senhora elegante adentra a sala, vindo em nossa direção. Todos nós nos levantamos para recebê-las, Mariza está sorrindo lindamente e Gustavo vai de encontro a elas com os braços abertos.
- Minha irmã! Ele fala e a abraça.
- Olá querido, como está velho. Ela segura seu rosto com as duas mãos e sorriem, eles se parecem tanto.
- Não diga isso mulher, eu ficarei traumatizado. Ela joga a cabeça para trás e solta uma gargalhada gostosa.
- Isso não é verdade tio, você continua um gato. Ela pisca para ele e o abraça.
- Obrigado Vanessa, Ele olha feio para sua irmã. - Está vendo, eu sou um gato. Eu tenho que concordar com ela, o coroa é mesmo muito lindo, uau.
- Oi tia Mariza. A moça a abraça.
- Olá querida. Vanessa olha para onde o Gabriel e o Brian estão, abre um sorriso maior ainda.
- Gabe! Ela corre e se joga nos braços dele. -Ai meu Deus, ninguém me disse estaria aqui. Ele a abraça meio sem jeito e meu ciúme está em um nível astronômico, ranço me define neste momento.
- Oi Vanessa, tudo bem? Pergunta sem graça.
- Eu estou bem e você? - Há quanto tempo hein?
- Eu estou bem, agora me deixa eu te apresentar minha namorada. Ela fica perplexa. - Vem aqui amor. Eu saio do meu transe e ando a passos receosos em direção a eles.
- Uau, eu estou viva para ver este dia, em que Gabriel Clark está namorando.
- Você não é nada sutil não é mesmo priminha. Brian intervém.
- Oh, me desculpe, é um prazer conhece-la... Ela estende sua mão e eu a pego a contra gosto.
- Lindsay Willians.
- Vanessa Mitchell.
- Ei Nessa, você chegou. Henry aparece sei lá de onde e diminui a tensão.
- Oi priminho. Ele a abraça e a gira no ar, pelo jeito todos gostam dela, meu domingo começou a ficar uma merda.
- Lee?
- Oi. Encarro meu namorado e seu semblante parece preocupado.
- Está tudo bem? Claro que não seu idiota.
- Tudo. Eu lhe dou um sorriso amarelo.
- Isso não me parece ser verdade. Sério gênio? Eu reviro meus olhos mentalmente.
- Está tudo bem Gabe. Ele me puxa para seus braços e deposita um beijo nos meus lábios.
- Eu te amo senhorita Williams. Droga de homem fofo, como ficar com raiva? Na verdade nem tenho esse direito, não sei se tiveram algo no passado, mas a forma como ela se jogou em seus braços me diz muita coisa.
- Eu também te amo senhor Clark. Ele sorri de lado do jeito que me afeta mais do que deveria.
Mariza vem nos avisar que o almoço está servido, nós nos encaminhamos para a grande sala. Está tudo magnificamente arrumado, à mesa é enorme e tem dois vasos depositados de forma elegante em cada ponta. Gustavo se senta na cabeceira e sua esposa ao seu lado direito, sua irmã Helena que me foi apresentada a pouco, sentou-se ao seu lado esquerdo, Brian ao lado da mãe e Henry ao lado da tia, Vanessa a atirada ao lado do Brian e eu ao lado do Henry e o Gabe ao meu lado quase de frente para a oferecida.
Nosso almoço de domingo poderia ter sido melhor se a tal de Vanessa não tivesse aparecido, a desgraçada me alfinetou o almoço inteiro, com lembranças da infância deles, só faltou falar em alto e bom som que transou com o Gabe, eu estou furiosa e me segurando para não pular no pescoço desta zinha. Eu sabia que não seria fácil namorar alguém como ele, um homem lindo, rico e que comeu metade da cidade e arredores, quantas mais irão aparecer? Mas o que eu posso fazer se me apaixonei por este homem cretino e lindo?
Depois de nos despedirmos de todos os presentes, o Gustavo e a Mariza pedem mil perdões pela atitude da sobrinha, seguimos para o carro e nossos seguranças vieram na nossa cola, o Gabe avisou que iremos para a minha casa e que ele irá dirigindo, eu queria ir para casa dele na verdade, mas não posso me ausentar tanto assim, meu primo está em casa e não posso ser uma anfitriã tão relapsa. Eu vou o caminho todo em silencio,  remoendo cada palavra proferida por aquela mulher estonteantemente linda, acho que isso que me incomodou mais, além do fato de ela querer meu namorado, piranha.
- Você está quieta demais. Ele alisa meu rosto com as costas da mão.
- Só pensativa. Ele para em um farol vermelho e me encara com suas sobrancelhas arqueadas.
- Posso saber em que tanto pensa?
- Você quer mesmo saber? Pergunto ficando nervosa, mais que droga, eu não posso nem tentar me acalmar sozinha.
- Sim eu quero. Ele diz convicto.
- Pois bem. Digo inconformada. - A prima do Brian me tirou do sério e não ter a certeza de que você transou com ela está me matando aos poucos, na verdade eu nem sei se quero mesmo saber disso. Digo isso sem nem ao menos respirar, minhas palavras saem desesperadas de minha boca e lagrimas começam a molhar meu rosto sem a minha permissão.
- Fica calma. Ele para o carro em um acostamento e me encara, mas eu não levanto minha cabeça, pois não consigo encara-lo, eu sei que não tenho direito de ter ciúme por uma coisa que aconteceu no passado, mas meu lado inseguro grita nesse momento, a mulher é uma deusa, alias, a louca da Melissa também é lindíssima, será que são todas assim? Eu não gosto nem de pensar. Seu telefone toca e ele me pede licença com um simples levantar de mão.
- Alô. Ele escuta o que a pessoa do outro lado tem a falar. - Está tudo bem Logan, já vamos sair. Eu permaneço de cabeça baixa.
- Amor olha pra mim. Eu não me mexo e ele segura meu queixo para poder me olhar nos olhos. - Se quiser conversar sobre isso por mim tudo bem, eu só quero que se lembre que eu escolhi você.
- Eu sei Gabe, me desculpe. Eu estou envergonhada pela cena de ciúme, mas vamos combinar, se fosse outra teria pulado no pescoço dela ali na mesa mesmo, mulher odiosa.
- Não precisa se desculpar, eu te entendo, a Vanessa não facilitou em nada as coisas.
- Com certeza que não. Ele sorri e limpa meu rosto molhado pelas lagrimas.
- Você não precisa se preocupar com nada, eu sou só seu.
- Acho bom. Ele sorri de lado, causando reações incendiarias no meu corpo.
- Você fica linda enciumada.
- Não fico nada. Faço beicinho.
- Você é linda de qualquer jeito diabinha. Ele beija meus lábios. -Agora vamos, senão seremos preços por atentado ao pudor, minha vontade é arrancar suas roupas aqui mesmo, você está gostosa pra caralho. Meu rosto fica ruborizado, acho que ele nem se dá conta disso, liga o carro e seguimos para minha casa, com nossos seguranças a tira colo.
Por mais que eu saiba que ele me ama, eu não consigo ser uma mulher segura de mim, acho que a atitude da minha mãe ainda reflete em mim mais do que eu gostaria. Ao chegar à minha casa, nós encontramos Isa, Jesse e o Andrew no sofá da sala, com um balde de pipoca e uma garrafa de vinho na mesa de centro da sala,  quase vazia, meu primo está sentado no meio das duas com um sorriso de satisfação estampado no rosto, todos nos encaram.
- Boa tarde! Digo sorrindo.
- Boa tarde. Eles respondem em uníssono.
- O que vocês estão aprontando?
- Vendo um filme. Jesse responde e bate sua mão no sofá para eu e o Gabe os acompanhe e não atrapalhe. Olho para o Gabe e ele dá de ombros, nós nos sentamos, roubamos o balde de pipoca e assistimos ao filme com eles, sei que assim como eu o Gabe não está à-vontade com a presença do meu primo, nosso fim de tarde e começo de noite não será fácil.
Meu primo não está facilitando, assim como aquela Vanessa fez hoje mais cedo, volta e meia ele solta uma perola, eu tento ao máximo apaziguar a situação, mas sinto a tensão no ar, até as meninas estão tentando ajudar, o corpo do Gabe está tenso atrás de mim aqui no sofá, isso não vai dar certo, seja o que deus quiser

Inesperada PaixãoWhere stories live. Discover now