Eu juro que a minha maior vontade nesse exato momento é de matar o Luís, vulgo meu melhor amigo.
— VÉI, COMO ASSIM VOCÊ ESQUECEU DE COMPRAR AS MINHAS BATATAS?! — Eu e mais alguns amigos tínhamos parado em um posto para abastecer o carro, e como o idiota do meu melhor amigo queria fazer xixi, eu pedi para ele comprar as minhas batatinhas.
— Oxe não grita! Eu não comprei porque só tinha um saco daquelas batatas. — Ele respondeu todo indignado por eu estar gritando com ele. Eu não tenho o costume de gritar, mas o Luís sempre consegue me tirar do sério.
— E por que você não comprou essa última? — Eu juro que queria tacar o jumento pela janela do carro, mas eu seria preso por assassinato ao melhor amigo.
— É porque quando fui pegar, uma menina muito gata apareceu, e disse que também queria uma batatinha, e eu como não sou burro nem nada falei "só te dou a batatinha se você me der seu número de celular" — Ele imita a voz da garota, em uma tentativa falha.
— Cadê a minha batatinha? — Eu estava tão indignado e com tanta fome que estava repensando sobre o assunto do assassinato.
— CONSEGUI O NÚMERO DELA!
— EU VOU TACAR VOCÊ DA JANELA! — Eu gritei tão alto que a cidade de Salvador inteira deveria ter escutado.
— O João tá retado hoje né? — Luís comentou com os nossos amigos no carro.
Todo ano eu e meus amigos vamos ao litoral de Salvador curtir o famoso carnaval, moramos mais para o interior, e como um dos nossos amigos tem uma casa perto da praia, estamos sempre aqui. Somos cinco, eu, o Luís Pereira, meu melhor amigo e o mais engraçado da galera, José, o pegador das novinhas, Léo, o santo do pau oco, e Gabriel, o amigo rico.
(...)
Chegamos na casa de praia do pai do Gabriel. O pai dele é tipo, muito rico mesmo, e sempre que pode está ajudando o nosso grupo com alguma coisa. Assim que entramos damos de cara com uma bagunça muito grande.
— QUE ZONA É ESSA? — Gabriel perguntou, e logo em seguida tacou as nossas malas no chão. Ele parece estar decepcionado.
— Acho que foi resultado da nossa resenha do ano passado! — Falei me jogando no sofá, e fechando os meus olhos de tanto sono. Dirigir mais de duas horas não é fácil pra ninguém.
— A gente vai arrumar isso agora mesmo! — O Léo disse, pegando uma vassoura não sei da onde. Ele tem essa mania estranha de limpeza.
— COMO ASSIM AGORA? E A PRAIA? O CARNAVAL? AS MENINAS? EU JÁ TAVA DE SUNGA POR BAIXO DA BERMUDA! — Luís Pereira falou todo desesperado se jogando no chão, que logo percebeu que estava sujo e levantou correndo.
— A GENTE VAI ARRUMAR ESSA BAGUNÇA TODA AGORA! — O Léo gritou, jogando panos molhados para cada um de nós. — E É BOM VOCÊS AJUDAREM, PORQUE SE NÃO EU NÃO VOU ARRANJAR MENINAS PARA VOCÊS NO CARNAVAL!
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365 dias para se apaixonar
Teen FictionDatas comemorativas são feitas para serem comemoradas, certo? Ou quem sabe, encontrar algum novo, ou velho, amor? Segure firme, e, acompanhe um Carnaval eletrizante, uma doçura de Festa de Junina, um Halloween maluco, e um sonho de Natal, juntamen...