Capítulo trinta e oito

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No dia seguinte acordei, fiz minhas higienes matinais e não demorei à sair do quarto

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No dia seguinte acordei, fiz minhas higienes matinais e não demorei à sair do quarto. A cama da Lorena estava vazia, e toda bem arrumada. O que devia significar que a mesma já devia estar acordada há um bom tempo. Quando cheguei na mesa do café da manhã, todos já estavam, incluindo a minha tia e meus novos amigos. Mas tinha algo de estranho e diferente no ar.

Pela primeira vez durante todos esses dias aqui em Porto Alegre, foi como se eu estivesse sozinha naquele cômodo, ninguém falava nada e o silêncio ocupava a décima cadeira na mesa.

Até tia Ester que costumava ser falante e alegre, estava com uma feição pensativa e até um pouco chateada. Acho que é por conta do trabalho, que estava todo em suas costas. Os gêmeos já comentaram algo do tipo. Nisso ela é muito semelhante a minha mãe. Não é atoa que são irmãs gêmeas.

Olhei para o Rodrigo, e o mesmo parecia estar até um pouco absorto ao que estava acontecendo ali. Chutei ele por baixo da mesa e o mesmo me olhou sem entender muita coisa.

"Aconteceu algo aqui? " – Balbuciei  para que ele lesse meus lábios.

Não porque alguém ali prestaria a mínima atenção na nossa conversa, até porque estavam todos tão calados, que quase tenho certeza de que se eu falasse em voz alta ninguém escutaria.

Mas porque tem momentos que eu prefiro apenas evitar certos constrangimentos.
Ele nega e dá de ombros, me fazendo suspirar baixo.

Com toda certeza, esse é o pior café da manhã de todos os tempos. E olhe que eu já passei muitos sozinha, cercada de empregados, enquanto minha amada mãe voava por algum continente por aí.
Resumindo a situação, os gêmeos mal se encaravam, enquanto a Lorena parecia absorta a qualquer coisa e apenas mexia em seu celular, ao mesmo tempo em que sussurrava coisas no ouvido do Thiago fazendo o mesmo ficar vermelho. E a Mirela estava com cara de poucos amigos, e brincava com seu iogurte de morango. Só pela Mirela estar com a boca fechada, já era sinal suficiente de que algo estava no ar.

Quando todos acabaram de comer, simplesmente saíram um por um como se nada estivesse acontecendo. Sobrando apenas eu, e o Rodrigo e a Mirela que logo se despediram de mim. E foram para casa. Porque o pai deles tinha chegado a poucos dias de viagem, e eles mal pararam em casa.

Me levantei da mesa e fui para a cozinha onde a tia Ester, estava arrumando os prantos junto com a  Maria, uma senhora que era meio que a empregada da casa. Mas era tão gente boa e gentil, que parecia mais da família, do que qualquer outra coisa.

-Oi, Malu, quer alguma coisa? – A minha tia pergunta ao se dar conta da minha presença. Balanço a cabeça negando totalmente. -Certeza?

-Sim.- respondo. E a mesma me lança um sorriso amarelo, terminando de empilhar os pratos.

-Tia? - chamo, e a mesma volta para mim.

- Sim? - Pergunta curiosa.

-Está acontecendo algo? A senhora se sente bem? Pois parece um pouco cansada. – ela me olha de lado e suspira.

365 dias para se apaixonarWhere stories live. Discover now