Datas comemorativas são feitas para serem comemoradas, certo?
Ou quem sabe, encontrar algum novo, ou velho, amor?
Segure firme, e, acompanhe um Carnaval eletrizante, uma doçura de Festa de Junina, um Halloween maluco, e um sonho de Natal, juntamen...
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É sexta-feira à noite. Sim, um dia depois do Halloween, e, eu estou viva.
Por incrível que pareça, eu cheguei em casa e não recebi nenhuma bronca dos meus pais. Eles simplesmente vieram me abraçar, e se desculpar por não terem chegado antes na cidade e terem ido me buscar na tal casa que eu havia ficado presa, assim que a mãe de Diego os avisou do incidente. O trânsito estava imenso devido à uma passeata de terror, na Anchieta.
Melissa veio empolgada falar comigo, e me perguntar sobre a experiência. Contei tudo meio por cima, para a baixinha. Ela não iria querer saber, literalmente, de tudo, que havia acontecido.
Mas, meus pais me fizeram um milhão de perguntas, sobre o motivo de eu estar ali e eu apenas contei que havia entrado na casa errada. Não coloquei a culpa em Arthur, e sim, no GPS.
Falando nele, eu precisava me desculpar.
Passei a tarde inteirinha de hoje arrumando a zona que a minha casa tinha ficado depois das meninas se arrumarem aqui. Isso seria meu "castigo", por causa de ontem.
Tinha sangue falso até no meu armário.
Agora, à noite, meus pais iriam sair com Melissa novamente. Não que eles me abandonassem demais, mas, nessa época, enquanto eu era convidada para ir em festas durante o feriado todo, eles tinham de encontrar festas para levar a minha irmã, o feriado todo.
Eu já tinha me acostumado.
Antes, a pequena ia comigo em algumas festas, mas eu comecei a pedir para ir sozinha. No começo meus pais desconfiaram, mas eu logo os convenci de que não fazia nada demais.
E não fazia mesmo.
Eu, e os meus amigos teríamos mais uma festa hoje. Melissa e meus pais viajariam, para a casa de um casal de amigos deles, que tinham uma filha, que era amiga da minha irmã, até segunda-feira.
Eles escreveram mais telefones do que eu poderia imaginar num post-it, e colaram na geladeira. Ficariam fora de casa até o final do feriado.
Me despedi deles, e os mesmos me fizeram prometer, agora, verificar três vezes o endereço do lugar onde eu iria, antes de ir. Prometi, e me desculpei pela falta de atenção da noite anterior.
Bem, eu pelo menos, esperava ter prometido certo.
Não sei nem como eles me deixaram continuar saindo. Talvez porque eles gostassem tanto do Halloween quanto eu, e talvez porque eles iriam viajar para a cidade do interior favorita deles e de Melissa.
Assim que eles saíram com o carro, e fizeram questão de buzinar, corri para o quarto me arrumar.
Hoje, a intenção não era ter uma super fantasia. Eu e o pessoal iríamos em uma festa de uma das casas da rua de Thalita, e o povo ali era totalmente "descolado". Ninguém usava fantasias. Estavam mais para roupas sexys sujas de sangue falso mesmo.
