Capítulo vinte e cinco

2K 343 279
                                    

O medo era completamente visível em nossas faces

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

O medo era completamente visível em nossas faces. Até mesmo porque, não conhecíamos o dono daquela casa. Em nossa frente, víamos Thalita seguir um extenso corredor, de que não fazíamos ideia onde daria.

Antes que começássemos à seguir a loira, que já estava alguns passos à nossa frente, João encostou a porta de entrada na parede do corredor, e colocou um de seus tênis ali, prendendo-a, só para que ficasse aberta.

— O que foi? — ele pergunta, assim que atrai todos os nossos olhares à si — Eu volto para pegar depois, calma. 

Demos de ombros, e começamos a andar. Então, chegamos à um enorme quintal decorado com coisas "assustadoras". Tinham mesas de doces ali, assim como mesas de salgados. A decoração era impecável, se não fosse pelo vazio que aquele lugar continha.

Ali, também, o silêncio reinava. Começamos a nos entreolhar, e a nos perguntar, inaudívelmente, onde estavam as pessoas da festa.

A gente não pode ter entrado numa casa assombrada de novo.

E então, foi quando, de repente, mais de vinte pessoas surgiram de trás de coisas ou mesas, gritando "SURPRESA", bem em nossos ouvido, e estourando confetes, em cima de nossas cabeças.

— Aí gente, eu amo meu bairro.  Meu aniversário nem é hoje, obrigada por tudo galera, de verda...— Thalita começa a falar, mas logo para, quando vê a cara de indignação das pessoas ali.

— O QUÊ VOCÊS ESTÃO FAZENDO AQUI? QUEM SÃO VOCÊS? — uma mulher vestida de bruxa, com cabelos mal-pintados de branco com spray temporário, que aparentava ter quarenta anos, grita, fazendo com que eu me encolhesse atrás de Pedro.

— Atrapalhamos alguma coisa? — Arthur pergunta, coçando a nuca, enquanto a mulher, que explodia de ódio, batia os pés. 

— Ronaldo, avisa a Renata que a surpresa deu errado. — ela pede a um homem, que hesita no começo, mas assente, e vai para dentro da casa, sumindo do quintal — Vocês... Claro que atrapalharam! Como ousam invadir a casa de alguém? Quem são vocês, afinal?

— Moça, olha, nós somos meros estudantes, e estávamos indo para uma festa. Nós não sabiamos que a sua casa estava preparando uma festa surpresa para alguém, nos desculpem. Nos confundimos com o lugar. — Diego começa a falar.

— Os adolescentes de hoje não procuram mais saber onde estão  indo, e muito menos possuem algum pingo sequer de educação.  — uma outra mulher diz, baixo, mas com que nós conseguíssemos escutar — O futuro está perdido.

— Mas também, ? Vocês decidiram fazer uma festa de aniversário em pleno Halloween? Muitas casas estão fazendo festas hoje. E outra, dona, a senhora deixou a porta da sua casa destrancada... Como você queria que nós soubéssemos que isso aqui não era mais uma festa comum? — Júlia põe as mãos na cintura — Faça-me o favor! Deviam conhecer a cidade em que moram.

365 dias para se apaixonarWhere stories live. Discover now