Capítulo vinte e seis

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A campainha da minha casa tocava insistentemente

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A campainha da minha casa tocava insistentemente. Eu estava prestes à gritar para o ser humano que estava do lado de fora parar, quando uma onda de paz passou por mim e eu relaxei.

Eu precisava manter a calma.

Vou até o andar de baixo e abro a porta, me dando a bela visão de uma Júlia desesperada.

— Você vai me ajudar e vai ser agora mesmo. — ela diz rapidamente.

― O que aconteceu? ― pergunto preocupada — Por que está tão desesperada?

— Tudo bem, antes, que horas são? — ela me pergunta.

— Três da tarde. Agora me diz o que aconteceu ou eu te tranco no banheiro. — ameaço e puxo minha amiga para dentro de casa.

— Ok, não tira sarro. — ela pede, assim que sentamos no sofá — Um garoto me chamou para sair.

— Sério? — grito entusiasmada e bato palminhas — Que bom! — rio — Quem?

— Leonardo, o amigo do Diego. — ela diz rapidamente e eu começo a rir.

— Aquele bocó? — pergunto. — Ele te chamou para onde?

— Cinema. Está passando uma sessão terror, em comemoração ao Halloween. Legal, né? — ela pergunta, mexendo no celular e eu continuo a rir — O que foi? É tão estranho assim, um garoto me chamar para sair?

— Não. Claro que não. — digo — É só que me surpreende ele não ter feito isso antes. Ele está, tipo, muito, na sua. — respondo.

— Sério? — ela suspira — Vou falar com ele sobre isso, hoje.

— Você vai no encontro? — pergunto, estranhando.

— Não sei de nenhum plano para hoje, você sabe? — nego — Então pronto, não quero ficar em casa, mesmo. E outra, ele até que é bem gatinho.

— Júlia! — repreendo e ela ri — Ele vai tentar te beijar, e quem sabe até mesmo te levar para o quar...

— Ele não vai tentar fazer nada. — ela me interrompe, irritada — E outra, se ele me beijar, eu vou agradecer, porque eu estava quase virando a própria Samara que vive no fundo do poço.

— Você? — ela assente e eu rio irônica — Você quase nunca* está na fossa. Já eu, nem sou mais vela, virei candelabro.

— Porque quer. — ela diz e eu cruzo os braços.

— Não é não. É que tipo, do que interessa chover na minha horta, se a planta que eu quero, não gosta da minha terra? — pergunto e ela bate palmas, indignada.

— Olha só... Toda filosófica. — ela sorri — Lispector, Maria Eduarda. Mas afinal, qual "planta" você quer? — ela pergunta e eu dou de ombros.

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