Capítulo dezoito

1.8K 351 191
                                    

A primeira coisa que eu faço é roubar alguns salgados na mesa, e depois ir andando até o Marcos, que bebe ao lado dos seus outros amigos perto do bar no canto da sala

Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.

A primeira coisa que eu faço é roubar alguns salgados na mesa, e depois ir andando até o Marcos, que bebe ao lado dos seus outros amigos perto do bar no canto da sala. Eu paro ao seu lado e cutuco o seu ombro. Ele se vira pronto para dizer alguma coisa, mas assim que me vê arqueia levemente a sobrancelha e sorri. Ele está muito bêbado. Eu tenho a certeza disso porque se ele estivesse sóbrio nunca sorria na minha direção. Primeiro ele perguntaria o que eu estou fazendo aqui, e depois como eu cheguei aqui.

— Oi, irmãzinha! Eu estava morrendo de saudades. — Ele passa o seu braço pelo meu ombro. Os seus olhos estão caídos, e ele está cambaleando de um lado para o outro com sua garrafa de cerveja na mão. — Meninos, não se metam com a minha irmã. Eu sei que ela é irresistível, mas ninguém beijará ela hoje, okay? Manos não beijam as irmãs dos manos.

E é nesse exato momento que Pedro Carlos Henrique aparece atrás de nós com um sorriso no rosto. Ele arqueia sua sobrancelha assim que me vê, e logo em seguida passa seu braço pelo meu ombro, como o Marcos fez há poucos segundos. Ele despeja um leve beijo na minha bochecha e eu sinto o meu coração se esquentar.

— O que está fazendo aqui? — Ele me puxa para longe do meu irmão e dos seus amigos.

— Let, minha amiga, me arrastou pra cá. Entramos de penetra. — Dou de ombros. — Mas, por que você e todos os meus irmãos estão molhados? Vi a foto que o Thiago postou.

— Pulamos na piscina. — Ele ri.

— Por acaso você está bêbado, Pedro Carlos Henrique? — Cruzo os braços e faço uma expressão brava. Ele ri.

— Não. Tenho que dirigir, juro para você que não derramei um pingo de cerveja na minha boca. — Ele puxa o meu dedo mindinho e enrosca no seu em um juramento. Eu sorrio.

— Falando em dirigir...você pode nos dar uma carona pra casa? Eu vim de metrô com a minha amiga e...

— Tudo bem. — Ele diz, me interrompendo e sorrindo.

— Obrigada. — Sorrio de volto. — A festa está boa?

— Estava, antes de todo mundo começar a ficar bêbado. — Ele passa a mão pelos seus cabelos molhados. Eu fico caidinha. Droga, Pedro, por que tinha que ser tão bonito e atraente?

Ficamos em silêncio durante alguns segundos, sem saber o que fazer. Me surpreendo quando o Pedro puxa a minha cintura do nada e cola o seu corpo no meu. O meu corpo todinho fica arrepiado. Além de incrível, o desgraçado tem pegada. Ótimo. Só dificultou ainda mais a minha vida.

— Você quer dançar comigo? — Ele sussurra no meu ouvido com sua voz rouca que faz cócegas perto da minha orelha. Eu sorrio.

Faço um "sim" com a cabeça. Eu vejo um sorriso largo se formar pouco à pouco em seu rosto. Oh, Pedro, um mineiro assim me mata do coração.

365 dias para se apaixonarOnde as histórias ganham vida. Descobre agora