Capítulo vinte e sete

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Minha casa estava com velas e lanternas

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Minha casa estava com velas e lanternas. Milhares delas. Pelo menos, o breu havia passado, e agora, tudo estava mais claro de se enxergar, mesmo com o forte cheiro da parafina sendo derretida, subindo aos nossos narizes.

Estávamos todos sentados numa rodinha, com uma garrafa PET com água dentro, e com uma lanterna, no meio dela.

— Eu odeio esse jogo. — Arthur põe as mãos na cintura e fecha a cara.

— Qual é, só por que você teve que ligar para a sua mãe, bêbado, ano passado? — pergunto.

— Você teve mesmo que fazer isso? — Marcelo pergunta rindo, e Arthur me mostra o dedo do meio, por ter contado o seu "desafio", feito na festa de aniversário de Charlie, um colega da nossa sala, no ano passado — O que você falou para ela?

— Não lembro. Agora será que podemos começar? — ele pergunta.

— Eu lemb...— começo, e Arthur me olha com um olhar assustadoramente reprovador, me fazendo colocar a vontade de explanar meu amigo, para dentro — Quer dizer, vamos começar de uma vez.

— Pergunta. — Marcelo aponta para a tampa da garrafa — Responde. — aponta para a "bunda" da garrafa.

— Não tem bebida, Maria? Para quem não quiser cumprir os desafios? — João pergunta.

— Não. — ele suspira — Alcoólico.

— Tem na minha casa. — Diego alega, e eu pude ver o brilho nos olhos de João. — Posso ir buscar umas cervejas, meus pais e minha irmã saíram.

— Pode mesmo? Não vai fazer falta? — Arthur pergunta e ele nega — Por mim, é mais que apoiado.

— Por mim também. — João e Pedro dizem em uníssono — Pelo o resto também, você pode ir pegar? — João completa, apressado e Diego, levanta.

Meu amigo era, mais apaixonado por cerveja, que por Laís.

— Posso, mas alguém precisa ir comigo. — ele diz e cruza os braços — Maria Eduarda, você vem?

— Por que eu? — pergunto manhosa — Como vou deixar a minha casa nas mãos destes delinquentes? — completo.

— Primeiro: você conhece a minha casa como ninguém. Sabe muito bem onde fica cada coisa. — Diego começa.

— Eu não conheço? — Marcelo pergunta.

— Não tanto quanto ela, acredite. — o moreno bufa e eu apenas rio.

— E quanto à minha casa? — pergunto.

— Eu não sou delinquente, eu cuido para você. — Thalita responde e levanta — Pode ir.

— Ok...— assinto, no final — Mas vamos logo, não quero demorar. — digo de antemão e ele assente, me puxando para ficar de pé — Quebrem alguma coisa, seus panacas, e eu quebro vocês, um por um. — aviso meus amigos e eles me encaram assustados, assentindo.

365 dias para se apaixonarWhere stories live. Discover now