- Não vai me responder?- pergunto dando três passos para trás, me desvencilhando dele e colocando as mãos na minha cintura.
Ele olha para mim com uma feição meio cética e abre um sorrisinho preguiçoso.
-Bom! Quem deveria me responder primeiro era você.
-É mesmo? Por que? - perguntei desafiadora, olhando torto para ele. Gatinho mais abusado....ops garotinho abusado .
-Porque eu estou na minha casa. - ele diz tirando uma mecha rebelde que estava atrapalhando a minha visão.
-Você por acaso é o pai da Mirela? - perguntei cruzando os braços.
- ele me olhou incrédulo por um instante e riu.-Não. Sou o irmão mais velho dela.-ele diz me fazendo segurar a língua na boca.- E você o que faz aqui?
-Estava procurando o banheiro... quer dizer estava saindo do banheiro. - digo dando de ombros.- E acabei me perdendo. Sua casa é bem grande.
Não só a casa na verdade. - penso olhando para ele. Eita, poxa.
-Se perdeu. Sei.- ele diz dando um sorrisinho. Rolo os olhos e empurro ele para o lado, o tirando de meu caminho. Respiro fundo e saio na frente caminhando sei lá para onde. Eu só sei que precisava me afastar dele naquele momento. A ansiedade já tava batendo forte aqui.
-Ei abusada.- ele me chama e eu olho para ele. - É para o lado de lá.
Ele diz e aponta para o lado por onde eu vim.
Resmunguei um obrigada e sai batendo o pé. Estou estressada. Não sei porquê, mas estou.
Quando estou quase em frente a porta rosa do quarto da Mirela, eu a encontro saindo do mesmo.-Que demora. Pensei que tivesse se perdido. - Ela diz risonha e eu me seguro para não rolar os olhos. Afinal ela foi tão legal comigo.
-A sua casa é grande, mas não é para tanto. - digo dando de ombros. Ela sorri e pega na minha mão me arrastando.
-Vamos descer, tenho que arrumar a árvore antes que o papai chegue de viagem.
Balanço a cabeça concordando com a mesma e desço, logo atrás dela.
De volta ao andar de baixo, encontramos Diego entertido com um joguinho no celular. Nunca vi garotos tão viciados em jogos quanto ele e o irmão. E nós seus pés estava um cachorro de pelagem branca, e só para constatar o bicho era enorme. Não demorou quase nada e o cachorro saiu balançando o rabo por um corredor e Diego foi atrás tentando pegar o bicho pela coleira.
Olhei em volta observando o estado da sala, estava cheia de caixas com bolas, festões e enfeites de Natal de diversos tipos. A carcaça da árvore já estava montada, mas a mesma era tão grande que com toda certeza demoraria muito para montar aquela coisa.
-Quer ajuda? - perguntei meio sem jeito para Mirela. Doida para que ela dissesse que não. Mas a garota foi tão gente boa comigo, que não custava nada ajudar.
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365 dias para se apaixonar
Teen FictionDatas comemorativas são feitas para serem comemoradas, certo? Ou quem sabe, encontrar algum novo, ou velho, amor? Segure firme, e, acompanhe um Carnaval eletrizante, uma doçura de Festa de Junina, um Halloween maluco, e um sonho de Natal, juntamen...