Capítulo dezenove

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— Oh, Maêzinha, eu senti tanta a sua falta! — Abraço a minha mãe tão forte que ela quase morre sufocada

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— Oh, Maêzinha, eu senti tanta a sua falta! — Abraço a minha mãe tão forte que ela quase morre sufocada. — Não sei como passei esses dias sem você.

— Oh, Maria, eu também morri de saudades da minha única menininha linda. — Mamãe deixa as suas malas pesadas no chão para me abraçar com ainda mais força. Na nossa família o abraço é uma das formas mais lindas de se demonstrar o amor.

Agora é só festa. Os meus irmãos descem às escadas correndo como ninjas e cumprimentam a minha mãe com um abraço apertado também. Eu corro até o José, que está pegando as outras malas no carro, e o abraço tão forte que ele fica até sem ar. Eu sinto tanta saudade dele.

— Oh, pirralha, parece que você cresceu mesmo hein! — Ele bagunça levemente os meus cabelos e dá um beijo no topo da minha cabeça. Vai fazer quase onze meses que nós não nos vemos, e eu não sei lidar com a emoção ao vê-lo. — Está chorando? Não chora não, irmãzinha. — José ri alto, e me puxa para um abraço bem apertado enquanto bagunça os meus cabelos.

Estar com a minha família reunida é um desejo que eu tenho há meses. Eu não sei o que faria sem eles. Juro que eu não sei. Esses cinco maluquinhos são as únicas pessoas que eu sei que posso contar para sempre, até mesmo nos momentos mais difíceis. Além de Deus, é claro. Família é tudo.

— ZÉ! — Antônio grita e corre até o meu irmão para abraçá-lo. Marcos e Luiz fazem o mesmo. — Ocê cresceu para um caramba.

— Só fiquei mais gordo mesmo. — Ele brinca, e nós rimos. — Eu e a Mamãe estávamos morrendo de saudades de vocês. Então, me contem, como foi sobreviver cinco dias sem a nossa majestade?

— Uma doideira, ainda mais porque tivemos que preparar tudo sozinhos para a Festa Junina. — Digo com um sorriso.

— Acredita que a Maria Vitória está saindo com o Pedro? — Luiz reclama cruzando os braços. — Agora vê se pode!

— Ah, começou de novo. — Reviro os olhos. — Vocês não vão me deixar em paz nunca?

— O Pedrinho? Filho da Tia Carla que era amigo da mamãe? — José arregala os olhos. — Maria Vitória do céu, tu se deu bem hein. Não sei agora, mas na época o Pedro era bem concorrido pelas garotas da cidade.

— Ainda é. — Marcos cruza os braços fazendo cara feia. — Eca, eu juro que não consigo imaginar a Maria, uma pequena e inocente criança, beijando alguém, ainda mais essa pessoa sendo o Pedro.

— Pequena e inocente criança. — O Antônio gargalha. — Está mais para criança safadinha mesmo.

— Mas, você já perdeu o BVL, Maria? Pensei que o lance com Pedro era só mãos dadas. — O José arqueia a sua sobrancelha e me pergunta, dando brecha para todos os meus outros irmãos começarem a fazer várias perguntas também.

— CHEGA! Tem como pararem de fazer perguntas idiotas sobre a minha vida amorosa? — Peço, e logo depois eles ficam em silêncio. — Estamos todos reunidos depois de séculos, e tudo o que vocês têm a dizer é sobre a minha relação, que nem existe, com o Pedro? — Eu pergunto.

365 dias para se apaixonarWhere stories live. Discover now