Capítulo vinte e três

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Eu estava morrendo de medo

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Eu estava morrendo de medo. A casa estava totalmente escura, e estava completamente sombria.

E para completar a desgraça?

Não tinha sinal.

Estávamos eu, Thalita e Pedro sentados na madeira empoeirada do chão da sala, enquanto Leonardo, Marcelo, Júlia, João e Arthur, estavam sentados num sofá que encontraram ali, debaixo de um lençol branco.

Diego estava sentado num banco, próximo à mesa da cozinha. Me encarando com aquele olhar do tipo, "vou-te-matar-agora-mesmo".

Talvez aquilo estivesse me dando mais medo do que a própria casa.

— Tudo bem, eu não quero me estressar com ninguém. — digo brincando com a luz da lanterna do meu celular, que refletia na parede — Mas Arthur, amigão... COMO VOCÊ NOS TROUXE PARA CÁ? — me levanto e vou até ele empurrando-o.

— Calma lá, projeto falsificado de "Pennywise". — ele se levanta também, segurando seu celular com a lanterna ligada. Todos os celulares estavam com as lanternas ligadas — Pelo menos eu tentei ajudar com o endereço, já você não fazia a mínima ideia.

— Tentou ajudar? Olha o lugar onde estamos agora. Isso é ajudar? — pergunto — Poxa vida, você merece um prêmio de melhor ajudante do ano. — bato palmas irônicas e ele vem até mim.

— É, pelo menos eu não arranjo confusão com o meu próprio vizinho. — ele cuspe as palavras à mim.

— Você poderia ter deixado eu ligar para alguém e ter pedido ajuda, mas não, tem que deixar o seu orgulho acima de tudo. — eu sabia que estava errada, mas eu estava com muita raiva por não ter conseguido chegar na festa e muito menos por não ter conseguido aproveitar a única chance que eu tinha de paz com o meu vizinho.

— Nossa, desculpa por ter tentado ajudar VOCÊ, com um problema que nem é meu. — ele diz dando ênfase no "você", se dirigindo à Diego, e saindo da minha frente, indo até a porta — Vou tentar abrir essa merda.

Sento no chão novamente e sinto meus olhos marejarem. Eu odiava brigar com os meus amigos. Ainda mais quando eu percebia, depois, que eles estavam certos.

Não que Arthur estivesse certo agora, mas tenho certeza que ele tentou dar o melhor dele.

Encaro Diego de volta, que desvia o olhar. Eu precisava pedir desculpas à ele. Levanto e me encosto na parede, levando as lágrimas de volta para dentro de mim.

Thalita deita sua cabeça no ombro de Pedro, e começa a cantarolar Treat You Better do Shawn Mendes. Logo, Pedro a acompanha, seguido por Júlia, João e Leonardo.

Marcelo vai até Arthur e tenta ajudá-lo com a porta. Era o momento perfeito, onde todos estavam distraídos, para eu pisar no meu orgulho e falar com Diego.

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