❍ veintitrés

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Não se diz qualquer coisa, garota!

ENCONTROS.

Me sinto uma traíra.

Kyara de fato estava se sentindo assim. Se fosse mencionar o fato de estar em cima do muro com os dois times que tinha tanto carinho, mas sempre teria um no qual teria uma admiração maior.

Mas você também gosta da Juventus, não vejo nada demais nisso. — Eve revirava os olhos por ela estar sendo dramática demais.

É mas... — pensou em algo para dizer. — Real Madrid sempre estará em primeiro lugar se tratando dos times da Europa.

Blá, blá, blá — murmurou enquanto prestava atenção no trânsito rumo ao estádio. Faria esse favor, pois não estava com o seu veículo em Turim ainda. E nem o traria, por ela ficaria apenas para tirar as fotos e voltar no primeiro vôo à New York. Sobretudo, se tratando de Eve, não deixou que fizesse essa besteira. — Anime-se, você vai encontrá-lo depois de meses!

Esse era o problema.

Não era a mesma coisa de simplesmente ouvir sua voz por telefone. Ou fazer chamadas de vídeo.

Era pessoalmente. E não tinha certeza se estava pronta para isso.

E bom, mesmo que não estivesse, teria de enfrentar esse obstáculo querendo ou não. Afinal, é trabalho.

Depois daqui, você vai pra onde? — preferiu mudar de assunto. Notando que não faltaria muito para chegarem ao destino dela.

Fiquei de mostrar um pouco mais a cidade para James. — respondeu naturalmente, a deixando complemente surpresa. — Fui obrigada, isso é inadmissível.

Kyara ficou perplexa ao ouvir tal afirmação. Se quer sabia que seu melhor amigo estava na cidade, quem dirá estar mais próximo da atriz. Mas, não dando tempo de enchê-la de perguntas sobre, o carro foi parando na medida que ficava mais próximo da chegada ao estádio.

Ficou confusa ao ver o que Eve estava fazendo, buzinando, para chamar a atenção de alguém. A garota por outro lado, não entendeu nada e a deixou sozinha no automóvel agradecendo pela carona que havia dado.

Reparou em como o passar dos meses o clima da cidade italiana também tinha mudado. O sol estava bem mais presente, as nuvens cobrindo o céu azul, e uma ventania razoavelmente agradável.

Caminhou até a entrada, mesmo que sua visão ainda não pudesse captar quem era as pessoas que estivesse do lado de fora, por conta da distância ainda.

Uma onda de insegurança a atingiu, como se a água salgada tivesse entrado em impacto com a areia da praia. Afundando no subsolo, igualmente era a sua tensão, que entrava cada vez mais em seu corpo na medida que chegava perto.

Queria recuar, sair correndo para o mais longe, se quer ter saído de New York.

Poderia estar sendo covarde mas era o indicado em não vê-lo. Seu coração se acostumaria com a idéia mais rapidamente se tratando do acordo.

Mas esse não era o plano do destino.

Claro, sempre tendo interferências do universo. Como essa de agora.

Reconhecia perfeitamente o seu olhar esverdeado que estava em poucos metros de distância. Percebeu que ele não tinha mudado muito, afinal, não foram mais que dois meses, entrando no terceiro em pouco tempo.

¿Qué hace esta hermosa mujer por aquí?

Ela nem sabia como responder adequadamente. Esboçou um sorriso sincero, sendo um pouco sem graça também. Pois que, sempre seria assim quando o visse, não importando o quanto tempo se conheciam. Seria como se fosse a primeira vez.

ClandestinoWhere stories live. Discover now