A Origem da Sentinela Vermelha

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Sam chegou no apartamento de Steve e foi recebido por ele. Sam andou apenas alguns passos para achar uma garota ruiva, sentada no balcão da cozinha, tomando uma xícara de café. Ele se engasgou com o susto, e quase caiu para trás. A garota largou a xícara e encarou Sam com um olhar desconfiado.

—Hã... Steve? O que é isso? – Perguntou Sam, encarando a garota com o mesmo olhar desconfiado que ela tinha. – O que essa garota está fazendo aqui? Achei que tinha descoberto uma pista sobre aquele assunto.

—A garota é a pista, Sam. – Respondeu Steve, se lembrando de que não tinha apresentado os dois. – Aria, esse é o Sam. Sam, essa é a Aria.

Aria assentiu com a cabeça, cumprimentando Sam. Ele teria apertado a mão dela, mas devido as circunstâncias, preferiu imitar o gesto dela. Steve chamou Aria e Sam para irem para a sala, onde poderiam conversar melhor. Steve e Sam se sentaram no sofá. Aria se sentou em uma poltrona.

—Muito bem, todos aqui sabemos sobre aquele assunto. – Começou Steve. – Vamos lá, Aria. Conte o que você sabe sobre o Bucky.

—Como eu já disse, eu o conheci como o Soldado Invernal. – Aria disse, começando a contar sua história. – Eu fui capturada pela HIDRA quando tinha dezenove anos. Lá, minhas memórias foram apagadas e eu fui transformada em uma arma letal contra qualquer inimigo. Eu era chamada de Sentinela Vermelha, em homenagem ao experimento usado em mim. Eu não tinha mais vontade própria. Apenas vivia para seguir as ordens da HIDRA. Assim como Bucky.

—Espere um pouco. Projeto Sentinela Vermelha? – Disse Steve, parecendo confuso. – Não entendo. Natasha vazou todos os segredos da S.H.I.E.L.D, incluindo os da HIDRA. Por que não tinha nada sobre isso?

—Porque era um projeto ultra confidencial e superimportante. – Respondeu Aria, respirando fundo antes de continuar. – Era tão importante que não era algo para ser usado em qualquer um. Por isso eu... bem, foi por isso que eu nasci. Meu pai trabalhava para a HIDRA e projetou todas as minhas células e meus genes para serem compatíveis com o projeto. Mesmo antes de nascer eu já era prisioneira deles.

Steve notou que Aria falava com certa dificuldade. Ela abaixou o olhar e não conseguia parar de engolir seco. Ele olhou para Sam, de relance e viu que o amigo também notou a agonia de Aria. Os dois se entreolharam e voltaram a encarar a garota.

—Eu vivi uma vida normal até o dia em que eles me capturaram. Por mais que eu tente, sempre que eu penso nisso só consigo me lembrar das agulhas, das máquinas me segurando e a dor dos choques. – Continuou Aria. – Quando eu fugi e as sessões de lavagem cerebral pararam, eu finalmente descobri o que fizeram comigo.

—E o que eles fizeram? – Perguntou Steve, mantendo a expressão séria-preocupada.

—Despertaram a Sentinela Vermelha. – Respondeu Aria, com pesar. – Eles começaram a me injetar com um soro vermelho brilhoso, que aumentava minha força e velocidade. Enquanto eu estava sob o efeito desse soro, eu não conseguia fazer nada que não fosse seguir as ordens da HIDRA. E... vocês sabem o que eles mandam os subordinados fazerem, não é?

A expressão no rosto de Aria já dizia tudo. Matar era a resposta. E quando se tratava da HIDRA, não era simplesmente matar. Era matar à sangue frio. Steve sabia disso mais do que ninguém, depois de ver o estado de Bucky sob os efeitos da lavagem cerebral. Sob o domínio da HIDRA, Bucky era instável e perigoso, capaz de matar alguém com apenas um golpe. Ele sentiu um leve enjoo ao imaginar Aria naquele estado. O que a HIDRA era capaz de fazer com pessoas inocentes?

—É onde o Soldado Invernal, quer dizer, Bucky, entra nisso tudo. – Continuou Aria. – A HIDRA o colocou para ser meu parceiro de missões. Sozinhos já éramos muito perigosos. Dá pra imaginar o estrago que fazíamos juntos...

𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnesWhere stories live. Discover now