The First Time

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Aria ficou paralisada com a cena. Ela se esqueceu de piscar, de se mexer, até de respirar. Só conseguiu encarar o que havia à sua frente. Bucky Barnes estava realmente ali. Ela não conseguia acreditar.

—Você é a Aria? – A voz de Bucky pareceu a acordar do transe.

—Sou sim. – Ela respondeu, assentindo com a cabeça. Ela não conseguia parar de encará-lo. – E você é o Soldado, quero dizer James, quero dizer Bucky.

Ela se amaldiçoou várias vezes por estar atrapalhada daquele jeito. Ela apenas não conseguiu esconder o nervosismo diante dele. Em uma hora, ela estava atrás dele, e em outra, ele a encontra do nada. Era muita informação para ela processar de uma vez só. Ele também parecia estar nervoso, pois ficou sem saber o que dizer depois disso.

—Como foi que você me encontrou? – Aria perguntou, dando alguns passos em direção a ele. – E como se lembra de mim?

Ele continuava a encarando, com uma expressão confusa. Encontrá-la assim, fez desencadear vários flashes de uma só vez. Nenhum muito nítido, mas ela estava em todos. Pelo jeito, iria ser uma longa conversa. Isso se ele decidisse começar por algum lugar, pois o rosto dela pareceu ter o hipnotizado.

—Você vive nas minhas lembranças, nos meus sonhos. Toda vez que eu tento me lembrar do meu passado, você está lá. Eu precisava saber quem era aquela garota. – Respondeu Bucky.

Aria franziu a testa, em resposta. Então ele estava na mesma situação que ela. Ou quase isso. No caso dela, quase todas as memórias sumiram, menos ele.

—É igual a mim... – Sussurrou Aria. – Então... você se lembra de quem nós somos... e o que fizemos?

—Nós dois fomos as principais armas da HIDRA. Eu era o Soldado Invernal e você era a Sentinela Vermelha. Nunca falhamos no que fazíamos. – Respondeu Bucky.

—É isso. Mas eu sei que tem mais coisas. Você também vive nas minhas memórias... e nos meus sonhos. – Ela disse a última parte com um pouco de vergonha. – Eu não me lembro de tudo, mas acho que tínhamos algum tipo de ligação muito forte.

Ele continuou a encará-la, sem desviar o olhar uma única vez. As memórias estavam voltando aos poucos. Vários e vários flashes, que logo se tornariam peças de um quebra-cabeça de memórias. Quando ela disse que acha que eles tinham uma ligação muito forte, seu último sonho com ela lhe veio à cabeça. Seria aquela a ligação que ela se referia? Aquele sonho, onde ele provava seus lábios estava tão vivo que agora ele só conseguia pensar em beijá-la ali mesmo. A brisa batendo nos cabelos dela o provocava ainda mais. Ela era tão linda.

Ela também não conseguia desviar o olhar. Tinha medo de que fosse uma alucinação e que ele pudesse sumir a qualquer minuto. Agora que ela conseguia olhar para o rosto dele mais nitidamente, conseguiu uma memória importante de volta. O dia em que se conheceram.

Flashback

Ela estava deitada em uma sala parcialmente iluminada. Estava com muita dor na cabeça e no corpo. Estava ao mesmo tempo, muito confusa. Sua mente havia se perdido. Ela não se lembrava mais de quem era e de onde veio. Provavelmente estaria fazendo um escândalo se não estivesse com a sensação de que seu corpo pegava fogo. E então, a dor sumiu. A amnésia não importava mais. Ela apenas sentiu que precisava receber ordens.

Haviam várias pessoas na sala. A maioria a observava e fazia anotações. Havia um homem parado ao seu lado. Ele parecia esperar algo. De repente, a porta se abre e um grupo de pessoas entra na sala. Pareciam agentes, ou soldados, ela não sabia. Apenas viu homens armados com cara de poucos amigos.

—Dr. Vane. – Um dos "agentes" se pôs à frente. – E o experimento?

—Ainda está reagindo ao soro, mas vamos testar assim mesmo. – Respondeu o homem ao lado dela. – Sentinela?

Em resposta, ela se ergueu e ficou de pé, mantendo um olhar de raiva.

—Pronta para obedecer. – Ela respondeu.

—Ótimo. – O homem entregou uma arma na mão dela. – Mate aquele agente.

O homem apontou para um dos agentes que entrou na sala. Antes mesmo que o agente pudesse sacar sua própria arma, ela já havia atirado e acabado com ele. As pessoas que tomavam nota e os outros agentes aplaudiram.

𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnesWhere stories live. Discover now