Bucky e Aria: Fugitivos

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Bucky correu suas mãos pelo corpo de Aria, sentindo como ela estava quente. Sua mão biônica gelada causou um choque térmico, fazendo-a ficar arrepiada, algo que ele gostou muito. Ela se abaixou para beijá-lo novamente, quando de repente ele a segurou e se sentou, ficando de frente para ela.

—É melhor ir mais devagar... – Aria sussurrou. – Não quero cansá-lo depois de tudo o que houve...

—E deixar você fazer tudo sozinha? Nem pensar... – Bucky respondeu, tirando sua jaqueta e sua camisa.

Aria notou a cicatriz da recente cirurgia dele. Ainda nem estava completamente fechada. Como raios ele conseguiu enfrentar centenas de agentes nesse estado? Ah, é... ela havia esquecido do pequeno detalhe do soro do supersoldado. Mesmo assim, ela não iria arriscar.

—Não interessa. Ou é com calma, ou não vai acontecer mais nada! – O tom mandão dela voltou. Aria fez uma expressão emburrada e cruzou os braços, cobrindo os seios. Ela não sabia se estava parecendo séria, ou se estava engraçado.

Bucky a encarou com uma expressão confusa e irritada. Por que diabos Aria estava agindo daquele jeito agora? Quando eles queriam se amar, eles simplesmente se amavam. Sem complicações. E era exatamente isso que Bucky pretendia fazer. Amá-la sem complicações. Rapidamente, ele inverteu as posições, ficando por cima dela e a "prendendo", segurando seus dois braços.

—É calmo o suficiente? – Ele perguntou, se abaixando para tomar os lábios dela outra vez.

Como ele ainda a mantinha "presa", começou a descer os beijos lentamente, provocando-a. Primeiro no pescoço, depois descendo para os seios. Ele chupou e mordiscou cada um lentamente, para provocá-la ao máximo. Aria estava de olhos fechados e gemia baixinho com o toque. Ela lutou para se soltar, mas apenas fez com que Bucky a segurasse com mais força. Aquilo a estava deixando louca.

—Bucky, solte os meus braços. Isso está me agoniando! – Aria disse, quando Bucky a fez gemer novamente. Ela abriu os olhos e o viu a encarando com um olhar malvado. Um calafrio percorreu a espinha dela.

—Você disse que queria com calma. – Bucky respondeu. – Vamos ver até onde você aguenta sem implorar pelo meu jeito normal.

O jeito "normal" a que ele se referia era seu jeito bruto de sempre. Ele faria questão de provocar Aria até ela não aguentar mais e implorar para ele voltar ao normal. Quando percebeu que ela estava distraída demais com seu toque, aproveitou para largar os braços dela e usar suas mãos para tirar a calcinha que ela usava. Ele desceu a calcinha pelas pernas dela o mais lentamente possível, fazendo-a se arrepiar com o tecido passando por sua pele.

Depois disso, ele começou a estimulá-la com os dedos. Ela não percebeu, mas a cada momento que passava, suas pernas iam abrindo cada vez mais. Quando as pernas de Aria estavam abertas o suficiente, e Bucky sentiu seus dedos ficarem encharcados, ele aproveitou para introduzir um dedo nela.

Aria estremeceu com aquilo. Estremeceu ainda mais quando sentiu um segundo dedo. Para piorar, ele fazia tudo do jeito mais lento e sensual possível. Ela não sabia se teria forças para aguentar por muito mais tempo. Mas ela tinha que aguentar, para ambos não se cansarem muito. Porém, na situação em que ela estava, seria bastante difícil.

Bucky parou de estimulá-la, e ela emitiu um suspiro de protesto. Contudo, quando voltou a si e olhou para a frente, viu Bucky tirando suas próprias calças e arremessando-as para o mesmo lugar onde a camisola de Aria estava. Ele não perdeu tempo e já tirou a cueca junto com a calça. Será que ele estava prestes a acabar com o joguinho que ela havia começado?

—Aria, olhe para mim. – Bucky ordenou, e ela obedeceu imediatamente.

—Vai parar de me torturar? – Aria perguntou, um pouco ofegante. Aquilo arrancou um riso reprimido de Bucky.

—Eu sabia que você não iria aguentar. – Bucky voltou a ficar por cima de Aria, ficando a centímetros do rosto dela. – Mas se você quiser que eu pare... vai ter que implorar.

Aria conseguia sentir a extensão de Bucky a cutucando em baixo. Ele realmente queria ir até o fim com isso. Ela quase estava arrependida de ter dito para ele ir com calma. Uma das mãos dele segurava o rosto dela, enquanto a outra subia e descia sua coxa, apertando-a. Aria estava ao ponto de explodir. Mas ela só explodiu quando sentiu Bucky a provocar com a ponta de seu membro.

—Tudo bem, eu desisto! Apenas pare de me provocar e faça isso de uma vez! – Aria finalmente se rendeu. Bucky, com um sorriso de satisfação no rosto, atendeu ao pedido.

Ele finalmente a penetrou, enquanto tomou seus lábios novamente, em um beijo mais intenso. Os dois estavam tão grudados um no outro que qualquer um que os visse pensaria que é uma pessoa só. O ritmo começou lento. Era como se Bucky ainda estivesse tentando provocá-la, mesmo depois de ela ter implorado para ele parar. O jeito que ele a estava beijando era cheio de malícia, pois ele não parava de mordiscar os lábios dela.

Aria sentiu um fogo percorrer por seu corpo. Invertendo as posições, ela ficou por cima dele, não tirando seus olhos dele nenhuma vez. Agora ele iria ver o que acontece quando se provoca uma garota por muito tempo. Aria começou a rebolar em cima dele, tudo mantendo um olhar sexy. E quando ele tentava tocá-la, ela segurava seus pulsos, mantendo os braços dele longe de seu corpo.

Aria apenas não sabia que quando se tratava de provocações, Bucky não aguentava tanto tempo quanto ela. E quando ele não aguentasse mais, iria explodir pior do que ela. E, de fato, houve o momento em que Aria não conseguiu impedir as mãos de Bucky de tocarem seu corpo. Quando ele finalmente ultrapassou a barreira imposta por ela, percorreu suas mãos lentamente por todo o corpo dela. Apertando constantemente suas coxas e seios, ele subia e descia suas mãos constantemente.

Ele inverteu as posições novamente, jogando para o colchão e penetrando-a com mais velocidade. Os olhos dela ainda o encaravam. Os enormes azuis dela encaravam os azuis dele, em uma mistura de paixão, desejo, carinho e, mais do que tudo, amor.

—Você não precisa me torturar para me deixar maluco... – Bucky disse, roubando pequenos beijos dela. – Você já me deixa maluco sem fazer nada... minha... minha.

—E você acha que não me deixa maluca assim? – Aria perguntou, colocando os braços ao redor dele. – É só você que causa isso em mim... você é meu...

—E você é minha... para sempre minha... – Bucky respondeu, beijando-a intensamente.

Bucky estava perto de chegar ao ápice, e Aria não estava muito diferente. O clima ali estava extremamente intenso e quente. Ambos não paravam de ofegar. Bucky saiu de dentro de Aria e se estimulou até chegar ao ápice. Ela fez o mesmo. Bucky desabou na cama, puxando Aria para si e a beijando carinhosamente.

—Eu te amo tanto... – Ela disse, entre os beijos. – Senti sua falta...

—Também te amo... – Ele respondeu, acariciando as costas dela. – Não se preocupe... agora não vamos mais ficar separados.

—Bucky... – Aria o chamou, levantando seu rosto para encará-lo. – Eu não posso ficar aqui depois do que aconteceu. O que a HIDRA fez... me expondo para o mundo daquele jeito... com certeza alguém viu. E se eu for reconhecida, vou estar ferrada.

—É, eu sei... – Bucky respondeu, com um ar preocupado. – Eu também não posso ser reconhecido. Nós dois temos que ir embora de New York. Pelo menos por uns tempos.

—O que vamos falar para os outros? – Aria perguntou. – Eles não irão aceitar isso.

—Não vamos falar nada. – Bucky respondeu. – Nós vamos embora ainda hoje, escondidos. Eles irão entender o porquê de termos ido. Vamos pegar nossas coisas e partir em uma hora.

Aria sentiu um pesar no coração. Ela tinha que partir, isso era fato. Mas deixar seus amigos, os únicos amigos que ela tinha para trás, doía muito. Ela queria ao menos se despedir deles, mas sabia que se fizesse isso, eles a tentariam impedir. Principalmente Steve. Era de Steve quem ela mais sentiria falta. Bucky também, mas ele não admitiria isso em público. Ambos vestiram suas roupas e começaram a se preparar.

*~*

Aria desceu, de fininho, até a cozinha para pegar algo de comer que desse para eles carregarem nas sacolas. Ela esperava que Tony não se importasse se algumas barras de cereal e bolachas sumissem. Ela estranhou da sala estar vazia, mas logo pensou que eles poderiam estar fazendo coisas mais interessantes. Steve e Natasha, principalmente. Já Sam poderia ter procurado um cantinho privado para falar no telefone com Sharon. E Bruce e Tony ela não tinha ideia.

Ela estava se perguntando dos dois, quando passou pelo laboratório e viu a porta semiaberta. Ela olhou de relance e viu Bruce conversando com Tony. Bruce estava mostrando algo em seu tablet para Tony.

—A varredura nas imagens da TV que eu pedi ao J.A.R.V.I.S. para fazer não mostraram nada demais sobre os desmemoriados, ainda bem. As poucas imagens que eles tinham foram apagadas. – Tony disse.

—Ainda bem. Já temos muita coisa para lidar, não precisamos da interpol batendo na nossa porta atrás de vitimas de uma organização doente. – Bruce respondeu. – Ainda mais com isso. Se ela souber, vai entrar em pânico.

—Souber de que, Banner? – Tony perguntou.

—Aparentemente, depois dos exames que fiz nela para garantir que nada estava errado, descobri que a máquina não mudou apenas a cor do cabelo dela. – Bruce disse, apontando para o tablet. – As células dela se reagruparam para eliminar qualquer intruso que habitasse o corpo dela, sendo vivo ou artificial. Isso significa que todos os chips que a HIDRA implantou nela perderam o efeito.

—E isso indica que... – Tony deu uma brecha para Bruce continuar.

—Que ela vai ter que tomar muito cuidado, se não, daqui a pouco vai estar carregando um filho nos braços. – Bruce respondeu.

Os olhos de Aria lacrimejaram ao ouvir aquilo. Era sério mesmo? A esterilização foi anulada? Ela poderia ter filhos? Ela poderia ser mãe dos filhos de Bucky? A felicidade tomou conta dela, de modo que ela continuou andando, e sentia como se estivesse voando. Tanto é que ela voltou para o quarto e encontrou Bucky terminando de arrumar as coisas, a encarando com um olhar confuso.

—O que houve? Por que está tão feliz? – Bucky perguntou, indo até ela.

Aria pensou duas vezes se deveria contar ou não. Afinal, ela não sabia se Bucky queria ser pai. Por outro lado, ela teria que contar para ele saber que agora, todas as vezes que eles fossem se relacionar, teriam que se proteger. Mas ela podia contar outra hora.

—Nada não. Só estou feliz por estarmos juntos finalmente, sem interrupções. – Aria respondeu.

Bucky segurou o rosto dela e deu-lhe um beijo rápido. Apesar de estarem na condição de fugitivos, ele também estava feliz por estar com ela sem ninguém para atrapalhar. Os dois terminaram de arrumar suas coisas e vestiram roupas que disfarçavam suas aparências. Bucky usou luvas para esconder sua mão biônica e um boné para esconder parte de seu rosto. Aria usou seu antigo gorro e o casaco que escondia parte de seu rosto. Depois disso, desceram escondidos até a porta principal e desceram o elevador.

*~*

Horas mais tarde, todos estavam reunidos na sala, com a exceção de Bruce. Bem, isso até ele descer a escada e se juntar aos outros.

—Por acaso vocês viram a Aria e o Barnes? – Bruce perguntou.

—Devem estar se agarrando por aí. – Tony respondeu, sarcasticamente.

—Você não se cansa de ser um pervertido, não é? – Natasha deu um tapa no ombro de Tony. – Deixe eles, eles devem estar descansando no quarto.

—Não estão. Aliás, não estão em lugar nenhum. Foi por isso que eu vim perguntar. – Bruce respondeu.

—Ah, de novo não... eu estou cansado! Não aguento outra missão assim, logo de cara! – Sam reclamou.

Impaciente, Natasha se levantou e subiu até o quarto onde Aria estava sendo tratada. Steve foi com ela. Lá, apenas encontraram o quarto vazio, somente com os equipamentos. Porém, se aproximando mais, eles viram um papel, que parecia ter sido dobrado várias e várias vezes. Desdobrando, Natasha leu o que estava escrito em voz alta.

"Queridos Amigos,
Sinto muito em ter que partir assim, sem dar explicações, mas era preciso. Nós dois somos praticamente fugitivos e não podemos ser vistos nas ruas de New York por uns tempos. Na verdade, o Bucky até falou em sairmos dos Estados Unidos por uns tempos. Eu sei que vocês não queriam que fosse assim, nós também não. Só quero que entendam porque fizemos isso, e que soubessem que estamos bem. Não posso falar para onde vamos e, infelizmente, acho que também não vou poder entrar em contato. Pelo menos até a poeira abaixar. Enfim, eu nunca irei esquecer o que vocês fizeram por mim. Por nós dois. Eu agradeço muito, do fundo do meu coração. E um dia, voltarei para pagar essa dívida. Até lá, fiquem de olho em cada vulto vermelho que passar por vocês. Pode ser que seja eu." – Aria

Natasha abaixou o bilhete e encarou Steve, com uma expressão de "eu já sabia".

—Algum dia eu vou dar um tapa nessa garota. – Natasha disse, saindo do quarto.

—Cuidado. Se você não prestar atenção é ela quem pode dar um tapa em você. – Steve respondeu, brincando e saindo do quarto com Nat.

*~*

O navio havia zarpado da costa leste dos Estados Unidos já fazia um tempinho. Aria estava debruçada, olhando para o mar, esperando Bucky voltar da cabine. A essa altura, alguém já tinha dado falta deles e alguém já tinha encontrado o bilhete que ela escreveu enquanto Bucky não estava olhando. Estava distraída pensando nos amigos, quando sentiu Bucky a abraçar pela cintura.

—E então? Para onde vamos? – Aria perguntou.

—Vamos percorrer a Europa toda. Acho que tem uma parte do meu passado presa lá. – Bucky respondeu.

—Então não estamos só fugindo. Estamos indo atrás das suas memórias. – Aria indagou.

—Basicamente isso. – Bucky respondeu, beijando-a na testa. Ela retribuiu abraçando-o por inteiro.

—É estranho... me lembro que era exatamente isso que eu queria fazer quando resolvi ir atrás de você. Recuperar suas memórias... mas aí, a HIDRA apareceu e estragou tudo. – Aria disse, com pesar.

—Não, eles só tentaram, mas não conseguiram estragar. Se tivessem estragado, eu não estaria aqui com você. – Bucky respondeu, consolando-a.

—É... bem feito para eles. – Aria disse, mais animada. – Ninguém consegue nos separar.

Bucky sorriu de leve, enquanto Aria recostava a cabeça em seu peito. O que eles viam era apenas o mar iluminado pelo sol e o vento batendo em seus rostos. Aquele momento parecia tão perfeito que Bucky teve medo de qualquer coisa vir e estragar. Por isso, ele resolveu perguntar algo que já estava preso em si há algum tempo, antes que algo ou alguém os pudessem interromper.

—Aria... eu sei que pode ser meio cedo para isso... ou não, se pensar que estamos juntos há mais de 10 anos, mas... – Bucky a soltou para pegar em sua mão. – Aria, você quer se casar comigo?

Aria arregalou os olhos com a proposta. Sua cabeça explodiu. Ela pensou em 1001 respostas para aquele pedido, mas no fundo, sabia que só uma era apropriada.

—Mas como assim? Nós acabamos de fugir! Não dá para casar assim desse jeito, eu quero dizer... – Aria parou de tagarelar para dar a resposta certa. – Eu quero dizer... sim. Sim, eu aceito casar com você, James Buchanan Barnes.

Aria estava com lágrimas nos olhos. Ela praticamente pulou no pescoço de Bucky e o beijou. Bucky não tinha um anel, mas isso não importava no momento. O que importava era que eles tinham um ao outro, e estavam completamente apaixonados. E nada, nem ninguém, conseguiria separá-los.


Continua

𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnesWhere stories live. Discover now