Hail Aria

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Praticamente todos se aglomeraram em volta de Aria após ela ter tomado o antídoto. Ela sentiu as bochechas queimarem por tantas pessoas estarem com os olhos voltados a ela. Nos primeiros momentos ela não sentiu nada estranho após o antídoto.

—E então, Aria? Está sentindo alguma diferença? – Perguntou Natasha.

—Não, nada que eu consiga notar... – Respondeu Aria, começando a se sentir tonta. – Espere aí...

Aria se levantou e colocou as mãos em sua barriga. Agora a sensação havia passado de tontura para enjoo. Os outros já começaram a se preocupar com o estado dela. Bucky principalmente.

—O que há de errado? – Bucky perguntou, afastando a multidão e pondo sua mão humana no ombro dela.

—Eu não sei, eu só estou com vontade de... – Aria não completou a frase. Ela se afastou de Bucky e procurou alguma lata de lixo por perto. Quando achou, tentou esconder o máximo possível para os outros não verem a cena.

—Banner, isso era para ser normal? – Steve perguntou, olhando a cena, confuso.

—O corpo dela ainda está se acostumando com a fórmula, então eu diria que é normal sim. – Bruce respondeu.

Steve assentiu, se lembrando de que também demorou para se acostumar com o soro do Super Soldado. Aria se levantou, disfarçadamente limpando a boca com o braço. Logo ela reparou que seu ombro baleado já não doía. Ela arrancou a tipoia e mexeu o braço, comprovando que estava curado.

—Não sei se vai me livrar do soro vermelho, mas já me fez um grande favor curando o meu braço. – Disse Aria, ainda mexendo o braço. – Só preciso ver mais uma coisa.

Aria saiu correndo e foi para a mesma sala de treinamentos onde estivera noite passada. Chegando lá, ela respirou fundo e encarou um manequim que simulava um adversário. Logo, ela já se via desferindo vários chutes e socos contra seu adversário imaginário. Por enquanto suas habilidades pareciam normais. Ela testou seus golpes acrobáticos, como utilizar de uma pirueta para pular em cima de seu "adversário" e prendê-lo com as pernas.

Ela levantou, respirando com um pouco de dificuldade, mas ainda sem ofegar, ou sequer suar. Ela olhou para trás e viu que estava sendo observada... por todos.

—Ok, é oficial. A desmemoriada está bem e aquele incidente no laboratório foi apenas um enjoo causado porque ela está... – Tony foi interrompido.

—Não se atreva a falar a palavra com "g"! – Natasha o repreendeu. – Não na frente dela...

—Aria, você está bem mesmo? – Bucky perguntou, se aproximando dela.

—Sim, só preciso de um teste final. – Ela respondeu, se virando para os outros. – Natasha, pode vir aqui?

A Viúva estranhou o chamado, mas foi mesmo assim.

—Isso vai parecer meio estranho, mas eu preciso que você bata em mim. – Disse Aria. – Preciso de um adversário forte o suficiente para dar conta do recado.

—Lady Amnésia, foi mal a interrupção mas, se fosse por isso então por que não pediu para o Capitão Músculos ou o fortão desmemoriado na sua frente pra te darem uma surra? – Perguntou Tony. – Sem querer ofender, mas os dois são mais fortes que a Romanoff.

—Valeu, Tony... – Disse Natasha, com sarcasmo.

—Porque nenhum dos dois iriam me bater com força total. – Respondeu Aria, ignorando todos os apelidinhos que Tony havia inventado. – Mas ela vai.

Aria e Natasha se encararam. O silêncio na sala marcava o clima de tensão. Havia também um certo clima de rivalidade.

—Nat... só pense nas coisas mais horríveis que eu já fiz a você. E mande ver. – Aria disse, encorajando a Viúva.

𝐎 𝐒𝐎𝐋𝐃𝐀𝐃𝐎 𝐄 𝐀 𝐒𝐄𝐍𝐓𝐈𝐍𝐄𝐋𝐀 | bucky barnesWhere stories live. Discover now